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De olho no rali: Ibovespa (IBOV) goleia nesta terça (6) e engata 4ª sessão seguida no azul

06 jun 2023, 17:24 - atualizado em 06 jun 2023, 17:35
Ibovespa
Ibovespa engata sequência de altas e está próximo de quebrar barreira que pode levá-lo até os 130 mil pontos (Imagem: Patricia Monteiro/Bloomberg)

O Ibovespa (IBOV) engatou sua quarta sessão de alta nesta terça-feira (6), desta vez apoiado tanto por Vale (VALE3) e quanto por Petrobras (PETR4), duas ações de peso relevante para o índice.

Na contramão do desempenho fraco em Wall Street, o Ibovespa encerrou o pregão com valorização de 1,7%, a 114.610,10 pontos. Esse é o maior patamar desde novembro de 2022.

No Brasil, foi divulgado o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), que registrou o maior recuo desde abril de 1947, quando caiu 2,59%. Os dados, da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostram que o indicador recuou 2,33% em maio.

O resultado foi puxado pela deflação dos preços de diesel e grandes commodities ao produtor.

Os números da FGV saíram um dia antes do aguardo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com a expectativa do mercado para a desaceleração da inflação.

Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, destaca que os dados do IGP-DI se somam a outros que mostram ventos favoráveis para a proximidade da queda da Selic no Brasil.

“Tivemos o Boletim Focus nessa semana também projetando uma inflação mais baixa e dados do PIB na semana passada muito melhores que o esperado e que animaram os investidores”, acrescenta.

Nos Estados Unidos, investidores seguem avaliando os próximos passos que o Federal Reserve (Fed), banco central do país, dará em relação aos juros. Há expectativa de manutenção das taxas na próxima reunião de política monetária, embora o cenário ainda esteja nebuloso.

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Rali da Bolsa?

Analistas do Bank of America (BofA) seguem “overweight” com o Brasil, que acompanha uma recuperação de ações do consumo discricionário, embalados pela perspectiva de proximidade de queda dos juros.

Segundo o BofA, uma Selic menor no Brasil já faz parte da narrativa do consenso, mas há mais chão pela frente.

“Apesar do movimento [rali recente], o Brasil continua negociando a valuations atrativos (Ibovespa excluindo commodities com desconto em torno de 10% em relação aos níveis históricos), e achamos isso mais atrativo que o México neste momento”, afirma a instituição, em relatório publicado nesta terça-feira (6).

Enquanto isso, o Itaú BBA alerta que o Ibovespa está perto de romper a resistência que pode levá-lo entre 121 mil e 130 mil pontos.

Na avaliação dos analistas, as chances de o índice continuar o movimento de subida são boas. Primeiro, o Ibovespa precisa enfrentar a forte barreira em 114,9 mil pontos.

“Caso consiga superar essa região, poderemos ver o índice ganhar mais tração para cima e os próximos objetivo estão em 121,6 mil pontos e 131,2 mil pontos”, afirmam.

Altas e baixas

A Vale (VALE3) reportou ganhos após receber suporte dos preços do minério de ferro. A Petrobras (PETR4) subiu 2,11% no pregão, apesar de uma sessão mais fraca para o petróleo. Os mercados ainda digerem o anúncio de corte de produção da Arábia Saudita.

As aéreas dispararam hoje, com o Citi elevando a recomendação para os ADRs das companhias, além dos preços-alvo, com o da Azul (AZUL4) indo de US$ 17 para US$ 20,5, enquanto o da Gol (GOLL4) foi de US$ 6,75 para US$ 7,75.

Na outra ponta, a Cielo (CIEL3) caiu 2,54% depois que analistas do JPMorgan cortaram a recomendação para a ação de “overweight” para “neutra” e reduziram preço-alvo para dezembro de 2023 de R$ 8 para R$ 6.

As empresas do varejo alimentício lideraram as altas, com Assaí (ASAI3) subindo 14,7%. De acordo com o Pipeline, bancos têm sondado o mercado para um potencial block trade da participação de mais de 11% do grupo Casino na companhia.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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