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Repercute de BBDC4, derrocada de ALPA4: Veja o que mexeu com o Ibovespa (IBOV) nesta sexta

10 fev 2023, 18:24 - atualizado em 10 fev 2023, 18:36
Ibovespa
Ibovespa fecha a semana com perdas acumuladas (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) termina a semana com um pregão mais fraco. Em dia esvaziado de indicadores econômicos, tanto no Brasil quanto no exterior, o índice fechou em alta de 0,07%, a 108.078,27 pontos.

Na semana, o Ibovespa acumulou desvalorização, com investidores monitorando a relação de altos e baixos entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Banco Central.

Lula fez críticas à condução dos juros do país por parte da autoridade monetária e chegou a mostrar descontentamento com o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto.

A queda de braço entre o BC e o governo atual carregou os mercados com uma volatilidade adicional. O Ibovespa não escapou, encerrando a semana com perdas acumuladas de 0,41%.

Com a repercussão das falas de Lula, Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, enfatizou que não existe qualquer intenção do governo para mudar a lei que dá autonomia ao BC. Padilha também negou que haja pressão sobre qualquer mandato da autoridade monetária.

Pesou ainda a possibilidade de o BC revisar para cima as metas de inflação, alterando de 3,25% para 3,5%, segundo informações do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles.

No fim da semana, outra notícia repercutiu: a ex-presidente Dilma Rousseff no Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), mais conhecido como Banco do Brics.

Os países que compõem o grupo – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – aceitaram a indicação do Brasil de colocar Dilma para assumir o NBD.

Segundo Lauro Jardim, colunista d’O Globo, o governo acertou com o atual presidente da instituição, Marcos Troyjo, sua saída do cargo ainda neste mês. O plano é que Dilma esteja na nova cadeira, que fica em Xangai, antes da visita de Lula à China, entre março e abril.

Bradesco sob estresse

As ações do Bradesco (BBDC4) foram o grande destaque do dia, embora não tenham liderado as quedas do Ibovespa.

Os papéis do banco derreteram 8,19% após a companhia divulgar que lucrou apenas R$ 1,6 bilhão no quarto trimestre de 2022, valor bem abaixo do consenso do mercado. O lucro do Bradesco foi enxugado devido a 100% de provisionamento do caso da Americanas.

Liderando as perdas do índice, a Alpargatas (ALPA4) despencou mais de 18%, também reflexo de resultados fracos. A companhia reportou prejuízo de R$ 21 milhões.

As aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) caíram forte depois que o Fitch rebaixou o rating de crédito das empresas.

Destaque positivo do pregão, a TIM (TIMS3) avançou 4,44%. O mercado recebeu bem os números trimestrais da operadora de telecomunicações, que mostrou crescimento em receita e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

Petrobras (PETR3;PETR4) subiu, seguindo o avanço do petróleo. Já as ações da Vale (VALE3) recuaram quase 2%.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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