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Ibovespa dispara e fecha a semana a 126 mil pontos; entenda o que levou a bolsa para o azul

26 abr 2024, 17:17 - atualizado em 26 abr 2024, 17:39
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Ibovespa fecha em alta de 1,51% nesta sexta (26) (Imagem: Facebook/B3)

O Ibovespa subiu nesta sexta (26), com o mercado mais otimista e tomando mais risco, refletindo o IPCA 15. Além disso, as ações da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3;PETR4) também ajudam a impulsionar o IBOV. 

O índice fechou em alta de 1,51%, a 126.526,27 pontos, acumulando uma alta de 1,12% ao longo da semana. 

Nas maiores altas do dia, Azul (AZUL4) saiu da onda negativa, subindo 5,97%. Outro destaque positivo é a Hypera (HYPE3) que terá a divulgação de resultados do 1T24 após o pregão. Dessa forma, a companhia fechou com uma alta de 5,16%. 

Na ponta negativa, a Casas Bahia (BHIA3) tombou 1,45% refletindo as expectativas negativas de resultados. Além desta empresa, o Pão de Açúcar (PCAR3) liderou as baixas do dia, com queda de 2,47%.

Apesar disso, segundo Pedro Marinho Coutinho, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital, o que vale é observar o mercado tomando risco e mostrando uma recuperação desses ativos ligados ao cenário interno, principalmente.

Na minha visão, a gente tem uma perspectiva de recuperação aqui para a Bolsa”, ressaltou. “O que vale observar daqui para frente é a questão do juro americano e o reflexo disso ao redor do mundo”.

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Dados impulsionam Ibovespa

Mais cedo, o IPCA-15, principal termômetro para medir a alta dos preços aqui, subiu 0,21% em abril — apontando para uma desaceleração em relação à alta de 0,36% apurada em março.

“Veio bem melhor que o esperado, isso favoreceu a curva de juros. O mercado estava precificando um corte de 0,25 ponto percentual. E já aumentou a probabilidade de ter um corte de 0,5 de novo”, explica Renato Nobile, gestor e analista da Buena Vista.

Um novo Copom está previsto para ocorrer 7 e 8 de maio.

Já a inflação nos Estados Unidos aumentou moderadamente em março. O índice PCE de preços subiu 0,3% no mês passado, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira. Os dados de fevereiro não foram revisados e mostram um aumento de 0,3% do PCE. Lembrando que o dado é o favorito do FED para avaliar a inflação.

“O movimento de alta (das bolsas) se confirmou com o PCE, que veio quase em linha com as expectativas. Apesar de não ser uma notícia que anima o mercado, ajuda a corrigir o stress de ontem. Depois dos dados de ontem, os investidores ficaram receosos com o PCE hoje”, observa Bruno Komura, da Potenza.

*Com Renan Dantas

Estagiária de Redação
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
marcela.malafaia@moneytimes.com.br
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.