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Ibovespa: O dado que jogou índice na lona nesta quarta-feira

10 abr 2024, 17:15 - atualizado em 10 abr 2024, 17:25
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Ibovespa fecha em baixa de 1,41% nesta quarta (10) após resultados do CPI (Imagem: REUTERS/Elizabeth Frantz/File Photo)

O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira (10), com mercado de mau humor com projeções pessimistas após o CPI nos Estados Unidos. Apesar do IPCA ter sido melhor que a expectativa, isso não foi o suficiente para segurar o IBOV

O índice fechou em baixa de 1,41%, a 128.053,74 pontos.

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Entre as altas do dia, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) seguem no radar, com os investidores otimistas quanto ao pagamento dos dividendos extraordinários, ainda não definido. O papel fechou o dia em alta de 2,22% para ações preferenciais e 3,02% para ordinárias. 

Além disso, outra petrolífera que se beneficiou durante o pregão foi a PetroRecôncavo (RECV3). A companhia fechou em alta de 1,70% em correção técnica após quedas ao longo do mês.

Na ponta negativa, a CSN Mineração (CMIN3) esteve nas maiores baixas, despencando 6,08%. A queda reflete a recomendação de venda por parte do BofA com alvo em R$ 5.

Além disso, as empresas sensíveis aos juros e ligadas ao consumo, Azul (AZUL4) e Petz (PETZ3), operaram em quedas de 6,93% e 6,19%, respectivamente.

De acordo com Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, essas ações acabam sentindo essa aversão a risco de forma mais intensa.

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Ibovespa: CPI x IPCA

O dia foi corrido para o mercado financeiro, com o IPCA aqui no Brasil e o CPI nos Estados Unidos. Em relação aos dados norte-americanos, o CPI veio acima do esperado até para os mais pessimistas.

“Na minha visão, isso ligou o modo ‘risk-off’ no mercado, derrubando a bolsa americana e aqui foi junto”, afirmou Fernandes.

“Às probabilidades de corte de juros em junho também despencaram, com agentes do mercado acreditando que o primeiro corte pode vir somente em julho, mas há apostas de que pode vir somente em novembro”.

Apesar disso, IPCA trouxe boas notícias, com o índice apurando uma variação mensal em março de +0,16% (+0,25% do consenso), e variação anual de +3,93% (+4,01% consenso).

“Um destaque negativo foi a inflação de serviços que voltou a subir, e isso pode sim voltar a pressionar a inflação, algo que o Banco Central vem batendo na tecla, e que pode impactar no ritmo de cortes da Selic ao longo do ano”, completou.

De acordo com Fernandes, isso pode alterar as perspectivas do mercado de um corte de -0,50% em junho para -0,25%.

Estagiária de Redação
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
marcela.malafaia@moneytimes.com.br
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.