Mercados

Ibovespa: O combo que fez índice perder os 125 mil pontos

16 abr 2024, 17:16 - atualizado em 16 abr 2024, 17:26
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Ibovespa fecha em baixa de 0,75% nesta terça-feira (16) (Imagem: REUTERS/Jason Reed)

O Ibovespa fechou em queda nesta terça (16), com mercado refletindo o receio de que o Federal Reserve não derrube os juros em breve. 

O índice fechou em baixa de 0,75%, a 124.388,62 pontos, perdendo a marca dos 125 mil pontos.

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Nas maiores altas do pregão, Eztec (EZTC3) subiu 2,97%, após dados operacionais sólidos. Além disso, MRV (MRVE3) teve uma alta de 2,34%, apesar dos dados operacionais não terem sido bem recebidos pelo mercado.

Na ponta negativa, Assai (ASAI3), Alpargatas (ALPA4) e Hapvida (HAPV3) tiveram baixa performance, com quedas de 5,32%, 5,05% e 3,49%, respectivamente.  As quedas refletem a questão fiscal, de acordo com Pedro Marinho Coutinho, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital.

As mineradoras também sofrem com baixas nesta terça, após queda nos contratos futuros do minério de ferro. A Vale (VALE3) operou com queda de 0,89%, já a CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) com respectivamente -1,53% e -2,57%

Ibovespa: Combo Brasil/EUA

Referente aos juros dos Estados Unidos, Pedro Marinho Coutinho, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital, ressalta que o “mercado está de olho e com receio de que o FED venha com um discurso mais hawkish em relação a essa questão dos cortes”. 

“Mercado já especula a manutenção e tem um grande receio de que o FED tenha que aumentar juros ao longo do tempo para que essa inflação tenha convergência para os 2%”, destaca. “Isso é um receio bem grande”.

Por outro lado, o Banco Central Europeu tem previsão para cortes de juros em junho.

Além disso, outros bancos centrais iniciam o ciclo de cortes, afirma o planejador financeiro.

“De fato, as preocupações com a questão fiscal é o que pega no momento. A gente tem um dólar muito forte frente às moedas emergentes, o real está sofrendo bastante, e não se sabe quanto isso vai pegar nos preços”.

Por fim, Coutinho ressalta que a curva de juros brasileira passa por um estresse devido aos próximos movimentos do Copom. O mercado especula “o que o Copom vai fazer, essa mudança de meta, questão fiscal, tudo isso tem mexido bastante”.

Também há estresse na curva americana com todas essas instabilidades. Isso mexe com o mundo inteiro”, adiciona.

Mais cedo, Jerome Powell, discursou no “The Washington Forum on the Canadian Economy”.

Ao abordar a economia dos EUA, Jerome Powell afirmou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) precisará ter mais confiança nos dados econômicos do país para começar as reduções.

Agora, o mercado aguarda as próximas falas e decisões de Powell, além de próximos dados que o mercado possa apresentar.

Acho que todos os presidentes dos bancos centrais estão de olho no que pode acontecer, não só o nosso, mas como todos ao redor do mundo e qualquer mudança um pouco mais forte de caminho pelo FED ou qualquer estouro de guerra”.

Estagiária de Redação
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
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