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Ibovespa (IBOV): Commodities voltam a pesar, e índice fecha em queda de mais de 1%

23 jun 2022, 17:10 - atualizado em 23 jun 2022, 18:20
Ibovespa futuro, Mercados, Ações
Ibovespa volta a cair forte, pressionado por ações do setor de commodities (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) firmou uma trajetória de baixa na tarde desta quinta-feira (23) e não se recuperou mais.

Mais distante dos 100 mil pontos, o índice de referência da B3 (B3SA3) teve uma desvalorização de 1,45%, a 98.080,34 pontos.

Ações de empresas de commodities voltaram a puxar o Ibovespa para baixo. Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3;PETR4), duas empresas de grande peso no índice, recuaram na sessão do dia por temores renovados de uma recessão. A mineradora caiu mais de 3% hoje, enquanto a petroleira viu seus papéis ordinários e preferenciais perderem 2,12% e 1,85%, respectivamente.

A preocupação com a recuperação da maior potência mundial marcou um dia de queda para as treasuries yields. O recuo na curva de juros acabou impulsionando as ações de tecnologia, tanto que Locaweb (LWSA3) disparou 9%.

As declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), para o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, também influenciaram o desempenho dos mercados.

Por aqui, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fez alguns comentários sobre as metas de inflação no país.

Notícias que movimentaram o Ibovespa hoje

Juros nos EUA

Respondendo a uma pergunta na Câmara dos Deputados dos EUA, Powell disse que o comprometimento do banco central norte-americano com o controle da inflação no país, que está em seu maior nível em mais de 40 anos, é “incondicional”.

A autoridade do Fed destacou, no entanto, que o comprometimento em estabilizar os preços também vem com o risco de desemprego mais alto.

Powell já tinha dado uma declaração parecida ao Comitê Bancário do Senado.

Em discurso mais tranquilizador, Powell afirmou que o Fed está “fortemente comprometido” em reduzir a inflação. Ontem, ele também sinalizou que aumentos contínuos nas taxas de juros dos Estados Unidos serão apropriados, mas o ritmo dependerá da evolução do cenário econômico.

Powell ainda reconheceu que um ritmo acelerado de elevação de juros pode levar a uma recessão no país, algo que o mercado está especulando há semanas.

Hoje de manhã, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou os dados semanais de novos pedidos de auxílio-desemprego. Os números mais recentes mostraram uma queda na última semana, já que as condições do mercado continuam apertadas.

Na semana encerrada em 18 de junho, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 229 mil. Economistas consultados pela Reuters esperam 227 mil pedidos para a última semana.

Inflação no Brasil

Campos Neto disse que as incertezas no cenário macroeconômico atual levou o BC a modular sua estratégia para levar a inflação do país ao redor da meta em 2023, e não mais no patamar exato de 3,25%.

Campos Neto disse que o BC trabalha agora em levar a inflação em 2023 da atual projeção de 4% para o redor da meta.

Estreia do Inter

O Inter fez sua estreia na Nasdaq, a Bolsa de Valores de Nova York, nesta quinta.

Sob ticker INTR, os papéis da companhia fecharam em forte queda de mais de 12%. O desempenho vai contra a alta de 1,6% da Nasdaq.

Os BDRs da companhia perderam quase 8% na sessão de hoje.

A migração da companhia para o mercado de ações norte-americano é fruto de uma reorganização societária que visa implementar uma estratégia de negócios de crescimento. Com a reestruturação, o Banco Inter passa a fazer parte da holding Inter&Co.

Vitorio Galindo, analista de investimentos e head de análise fundamentalista da Quantzed, diz que a queda expressiva do Inter na Nasdaq se deve à alta dos juros.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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