Internacional

Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem com mercado de trabalho apertado

23 jun 2022, 10:03 - atualizado em 23 jun 2022, 10:34
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 2.000, para 229.000 na semana encerrada em 18 de junh0 (Imagem: REUTERS/Andrew Kelly)

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego diminuiu na semana passada, uma vez que as condições do mercado de trabalho permaneceram apertadas, embora alguma desaceleração esteja surgindo.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 2.000, para 229.000 na semana encerrada em 18 de junho, disse o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.

Economistas consultados pela Reuters projetavam 227.000 pedidos para a última semana.

As solicitações de auxílio têm mostrado pouca alteração desde que caíram para uma mínima em mais de 53 anos de 166.000 em março, em meio a sinais de algum arrefecimento no mercado de trabalho.

Houve relatos de cortes de empregos principalmente nos setores de tecnologia e habitação, com este experimentando uma moderação na atividade à medida que as taxas de hipoteca disparam em resposta às crescentes expectativas de inflação e aumentos agressivos de juros pelo Federal Reserve.

O mercado de trabalho geral, no entanto, continua apertado.

Havia 11,4 milhões de vagas de trabalho em aberto nos EUA no final de abril, com quase dois postos para cada desempregado.

Economistas dizem que os pedidos de auxílio-desemprego precisariam subir acima de 250.000 para ajudar a equilibrar a demanda e a oferta de mão de obra de forma a controlar a inflação salarial.

Na semana passada, o banco central dos EUA elevou sua taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, ritmo mais intenso desde 1994.

O Fed aumentou sua taxa básica de juros em 1,50 ponto percentual desde março.

Sua luta para esfriar a demanda no mercado de trabalho e na economia em geral está alimentando temores de recessão no próximo ano.

O chair do Fed, Jerome Powell, disse a parlamentares na quarta-feira que o banco central não está tentando arquitetar uma recessão de forma a domar a inflação, mas está totalmente comprometido com o controle dos preços, mesmo que isso represente o risco de uma desaceleração econômica.

Dados recentes de vendas no varejo, habitação e manufatura sugerem que a economia já está perdendo velocidade depois de parecer ter se recuperado do tombo do primeiro trimestre, que foi impulsionado principalmente por um déficit comercial recorde.

Os dados de auxílio-desemprego da semana passada cobriram o período durante o qual o governo consulta estabelecimentos para o componente de criação de vagas fora do setor agrícola de um importante relatório de emprego de junho.

Os pedidos de auxílio aumentaram moderadamente entre os períodos de pesquisa de maio e junho.

A economia dos EUA abriu 390.000 empregos em maio.

(Atualizada às 10:34)

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