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Ibovespa (IBOV) fecha em queda expressiva de 2%, puxado por bancos e Vale (VALE3)

05 abr 2022, 17:04 - atualizado em 05 abr 2022, 19:38
Ibovespa B3
Pressionado por bancos e Vale, o Ibovespa teve sua segunda sessão negativa da semana (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O Ibovespa (IBOV) marcou sua segunda sessão negativa da semana nesta terça-feira (5), em um movimento de realização de ganhos.

O índice fechou em forte queda de 1,97%, a 118.885,15 pontos.

A pressão veio, em especial, por parte dos bancos, que caíram mais de 2% no dia. Os papéis da Vale (VALE3) também terminaram no negativo, computando perdas de quase 2%. O feriado na China acabou afetando a negociação de certas commodities, entre elas o minério de ferro.

A Petrobras (PETR3;PETR4) teve uma sessão representada por altos e baixos, em meio a perdas na cotação do petróleo e indefinição quanto a quem irá assumir o comando da companhia.

Ata do Fed

Marcelo Oliveira, fundador da Quantzed, destaca outro fator que acabou influenciado o desempenho do mercado – não só local, como também no exterior, com os principais índices acionários dos Estados Unidos encerrando em baixa.

Investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), em meio a comentários de membros do banco central norte-americano defendendo uma postura mais hawkish (agressiva em relação à inflação).

No último mês, o Fed elevou a taxa de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual, para a faixa 0,25-0,5%. Esse foi o primeiro aumento nos juros do país em 2022.

Em comunicado divulgado na ocasião, o Fed destacou que os indicadores de atividade econômica e emprego no país continuaram a se fortalecer. Além disso, a inflação permanece elevada, refletindo o “desequilíbrio entre oferta e demanda” relacionado à pandemia, com maiores pressões nos preços.

O Fed também lembrou que a guerra na Ucrânia traz complicações econômicas e humanitárias “tremendas”.

O Fed antecipou que novas altas na taxa devem ocorrer e disse que espera começar a reduzir sua exposição aos treasuries, bem como a ativos de hipoteca e débito de agências, nas próximas reuniões.

Destaques

PETROBRAS PN (PETR4) caiu 1% e ON (PETR3) perdeu 0,1%, depois de subirem mais cedo. Petróleo Brent fechou 0,8% no negativo. Após Adriano Pires desistir de ocupar a presidência da estatal, cargo ao qual foi indicado pelo governo, o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mario Paes de Andrade, surgiu como um forte candidato, disse uma fonte do governo à Reuters.

VALE ON (VALE3) caiu 2,9%, enquanto siderúrgicas também cederam, com o mercado chinês fechado por conta do feriado, o que afeta a negociação de commodities como o minério de ferro.

ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) apontou decréscimo de 2%, BRADESCO PN (BBDC4) perdeu 2,8% e BTG PACTUAL UNIT (BPAC11) recuou 3,9%. Ainda no setor financeiro, B3 ON (B3SA3) desvalorizou-se 1,9%.

MULTIPLAN ON (MULT3) aumentou 2,1%, após as vendas totais dos shoppings administrados pela companhia em março virem 20,6% maiores do que no mesmo mês de 2019, atingindo R$ 1,4 bilhão, novo recorde de vendas para o mês.

INTER UNIT (BIDI11) teve queda de 8,9% e LOCAWEB ON (LWSA3) recuou 6,7%, em meio à queda de empresas com atividades ligadas à tecnologia.

MINERVA ON (BEEF3) cresceu 1,3%, quinta alta seguida, e estendendo ganhos da véspera após analistas do BTG Pactual elevarem a recomendação para a ação de “neutra” para “compra”.

3R PETROLEUM ON (RRRP3) teve valorização de 1,5%. A empresa informou que o Polo Potiguar obteve a certificação de 229,3 milhões de barris de óleo equivalente (boe) em reservas provadas e prováveis (2P).

MARCOPOLO PN (POMO4), que não está no Ibovespa, caiu 4,9%. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a suspensão da compra de ônibus escolares pelo governo federal, prevista para esta terça-feira, depois da revelação de suspeita de sobrepreço no edital.

Com Reuters

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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