Mercados

Ibovespa (IBOV) contraria Wall Street e cai nesta segunda (30); o que atrapalhou o índice?

30 out 2023, 17:20 - atualizado em 30 out 2023, 17:29
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Ibovespa vai na contramão de Wall Street e recua na sessão (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) foi na contramão de Wall Street e marcou queda no primeiro pregão da semana, sob peso de Petrobras (PETR4) e bancos com o cenário fiscal no radar.

Referência para a Bolsa brasileira, o índice fechou esta segunda-feira (30) com perdas de 0,68%, a 112.531,52 pontos.

Apesar da valorização de 0,90% da Vale (VALE3), que recebeu um empurrãozinho do minério de ferro, o recuo de 1,02% da Petrobras (PETR4), seguindo a derrocada do petróleo, pesou para o Ibovespa.

Braskem (BRKM5) perdeu 5,47% após reportar o relatório de produção e vendas do terceiro trimestre, enquanto os varejistas figuraram entre os quedas da sessão, com Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3) tombando 6,16% e 6,25%, respectivamente.

Em coletiva de imprensa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao criticar na semana passada a meta fiscal zero para 2024, não “está sabotando o país”, mas constatando problemas que precisam ser “reformados e saneados”.

Haddad disse que a arrecadação federal não está acompanhando o crescimento acima do esperado do PIB. E, apesar de insistir que a Fazenda segue buscando equilíbrio fiscal, não respondeu se o governo está comprometido com a metade de déficit zero para ano que vem.

“Para o Ministério da Fazenda, nós vamos levar medidas para que os objetivos do governo sejam alcançados independentemente desses contratempos que foram apurados ao longo do exercício e que têm trazido a erosão da base de cálculo dos recursos federais, mas precisa validar na política as decisões que vão ser tomadas”, afirmou.

Na coletiva, Haddad também anunciou dois nomes que ocuparão os cargos de diretores do Banco Central a partir de 2024. Foram escolhidos Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira.

Mercados na expectativa pela Super Quarta

Nesta semana encurtada pelo feriado de Finados, os mercados estão na expectativa pela Super Quarta, que acontece quando os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos se reúnem para decidir sobre o caminho dos juros em seus respectivos países.

O medo dos investidores recai sobre a possibilidade de o Federal Reserve (Fed) adotar uma postura mais rígida em relação aos juros americanos – mantê-los em níveis elevados por mais tempo. Para a decisão desta semana, a expectativa é de manutenção na faixa 5,25-5,50%.

No Brasil, agentes do mercado compram a ideia de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central dará seguimento ao ciclo de flexibilização da política monetária do Brasil, com um novo corte de 0,50 ponto percentual.

A nova edição do Boletim Focus divulgado nesta segunda mostra que economistas ouvidos pelo BC reduziram as projeções para a inflação brasileira ao fim do ano. A projeção atualizada é de 4,63%, ante 4,65% na semana anterior. Para 2024, no entanto, a expectativa para o IPCA subiu de 3,87% para 3,90%.

Selic ao fim de 2023 continua em 11,75%. Porém, para 2024, os juros foram revisados para cima, de 9% para 9,25%.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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