Bula do Mercado

Ibovespa hoje: o novo arcabouço fiscal vem aí (e o Bolsonaro já chegou)

30 mar 2023, 7:52 - atualizado em 30 mar 2023, 7:52
Ibovespa tem uma quinta-feira (30) agitada, a começar pela chegada do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Brasil, mas é o ministro Fernando Haddad (Fazenda) quem rouba a cena (Arte: Money Times)

O Ibovespa (IBOV) tem uma manhã de quinta-feira (30) agitada. A começar pela chegada do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Brasil. Ele desembarcou no aeroporto internacional de Brasília, onde também se reuniram apoiadores e opositores. 

Mas o destaque do dia fica com o anúncio que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) fará a partir das 10h30. Na ocasião, ele irá detalhar o novo arcabouço fiscal. Resta saber se haverá alguma novidade em relação ao que já foi divulgado, inclusive pelo Money Times

De um modo geral, as regras propõem um limite para a dívida pública. Ou seja, troca-se o teto de gastos por um teto da dívida – qualquer semelhança com os Estados Unidos não é mera coincidência. Ainda assim, o projeto prevê “gatilhos”, caso as despesas atinjam 70% da receita. 

Ao mesmo tempo, haverá uma trava para impedir um aumento mais acelerado dos gastos, principalmente quando houver expansão na arrecadação. Além disso, a nova regra fiscal tem como objetivo zerar o déficit já no próximo ano e mira um superávit primário em 2025. Mais detalhes estão aqui

Ibovespa vê Haddad e Campos Neto juntos

Portanto, a apresentação de Haddad tende a ser simbólica. Até porque ele estará acompanhado da ministra Simone Tebet (Planejamento), em um sinal de harmonia na equipe econômica do governo. Daí, então, tem início a fase de negociação com o Congresso. A ver também como fica a queda de braço com o Banco Central

Aliás, Haddad rouba a cena de Roberto Campos Neto hoje. Apenas meia hora depois do início do anúncio do ministro, o presidente da autoridade monetária concede entrevista coletiva para comentar o Relatório de Inflação (RI). 

Porém, o documento não deve ter muitas novidades, após as mensagens duras (“hawkish”) no comunicado e na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada. Ainda assim, Campos Neto deve ser questionado sobre a proposta que Haddad terá acabado de apresentar e o espaço que se abre para cortes na taxa Selic em breve.

Com isso, os eventos desta quinta-feira devem ajudar os investidores a “embelezarem suas carteiras” nesta reta final de mês – e, de quebra, do trimestre. Com isso, o Ibovespa caminha para encerrar março em grande estilo, assim como o dólar e os juros futuros, tendo ainda a ajuda dos mercados no exterior.   

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h45:

EUA: o futuro do Dow Jones avançava 0,49%; o do S&P 500 subia 0,44% e o Nasdaq ganhava 0,38%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) subia 1,81% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale ganhavam 1,47%, enquanto os da Petrobras subiam 1,44%

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,98%; a bolsa de Frankfurt crescia 1,09%, a de Paris ganhava 1,16% e a de Londres avançava 0,76%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 caiu 0,36%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, subiu pelo terceiro dia, em 0,58% e a Bolsa de Xangai teve alta de 0,65%;

Câmbio: o índice DXY caía 0,19%, 102.45 pontos; o euro subia 0,35%, a US$ 1,0882; a libra tinha alta de 0,29%, a US$ 1,2352; o dólar tinha queda de 0,23% ante o iene, a 132,56 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,569%, de 3,573% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,085%, de 4,060% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro tinha alta de 0,16%, a US$ 1.970,10 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI avançava 1,08%, a US$ 73,76 o barril; o do petróleo Brent subia 0,94%, a US$ 78,31 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (maio) fechou em alta de 0,90% em Dalian (China), a 896,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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