Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) aguarda regra fiscal para fechar março com estilo

29 mar 2023, 7:54 - atualizado em 29 mar 2023, 7:54
Ibovespa deve tirar proveito do apetite por risco no exterior para embelezar carteira nesta reta final de mês (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) deve tirar proveito do apetite por ações no exterior nesta quarta-feira (29) e ir além dos 100 mil pontos, um dia depois de ter recuperado a marca simbólica. Os investidores podem até estranhar essa calmaria nos mercados globais. Afinal, foi intensa a turbulência que abalou os ativos de risco ao longo deste mês.

Por isso, não se deve descartar a chance de “embelezar as carteiras” nesta reta final de março e, de quebra, do primeiro trimestre do ano. Aliás, esse fator calendário parece contribuir para uma dinâmica mais positiva nos mercados. Além disso, a acomodação dos receios em relação a uma crise bancária em larga escala também ajuda.

Com isso, os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram em alta firme, dando ritmo ao pregão europeu, após ganhos em Hong Kong e Tóquio. A maior estabilidade nas moedas e nas taxas de juros também favorece, inclusive as commodities. O petróleo e o minério de ferro avançam.

Ibovespa de olho na mira cena local

Esse movimento lá fora tende a beneficiar não apenas o Ibovespa, mas também o dólar e os juros futuros por aqui. Depois da mensagem transparente do Comitê de Política Monetária (Copom) ontem, na ata da reunião da semana passada, a expectativa recai na divulgação da regra fiscal que irá substituir o teto de gastos

Isso porque o Banco Central indicou o caminho que abrirá espaço para cortes na taxa Selic em breve. Essa direção passa por um novo arcabouço fiscal crível, capaz de voltar a ancorar as expectativas de inflação. Basta, então, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) tornar a proposta pública ainda nesta semana para os mercados domésticos fecharem março em grande estilo. 

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h45:

EUA: o futuro do Dow Jones avançava 0,75%; o do S&P 500 subia 0,87% e o Nasdaq ganhava 0,83%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) subia 1,12% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale ganhavam 1,37% e os da Petrobras avançavam 0,49%

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,84%; a bolsa de Frankfurt crescia 0,81%, a de Paris ganhava 1,15% e a de Londres avançava 0,75%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 subiu 1,33%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, cresceu 2,06%, mas a Bolsa de Xangai teve queda de 0,16%;

Câmbio: o índice DXY tinha leve alta de 0,06%, 102.49 pontos; o euro tinha +0,08%, a US$ 1,0856; a libra estava estável a US$ 1,2342; o dólar tinha alta de 0,73% ante o iene, a 131,83 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,549%, de 3,567% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,035%, de 4,072% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro tinha queda de 0,20%, a US$ 1.969,50 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI avançava 1,12%, a US$ 74,04 o barril; o do petróleo Brent subia 0,82%, a US$ 78,78 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (maio) fechou em alta de 1,31% em Dalian (China), a 888,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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