Mercados

Ibovespa (IBOV) tenta sustentar os 157 mil pontos com fim do ‘shutdown’ nos EUA; 5 coisas para saber antes de investir hoje (13)

13 nov 2025, 10:13 - atualizado em 13 nov 2025, 10:23
ibovespa-ibov-acoes-fechamento
(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) tenta sustentar os 157 mil pontos após uma breve pausa nos ganhos. Os investidores reagem a uma nova rodada de pesquisas eleitorais e balanços corporativos, com destaque para os números do Banco do Brasil (BBAS3). O fim do ‘shutdown’ nos Estados Unidos também movimenta os mercados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha baixa de 0,15%, aos 157.404,20 pontos. Poucos minutos depois, o Ibovespa inverteu o sinal e passou a subir. Às 10h20, a alta era de 0,30%, aos 158.116,15 pontos.



O dólar à vista opera em queda ante o real, e acompanha o desempenho da moeda no exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana caía a R$ 5,2847 (-0,04%).

Day Trade: 

Radar do Mercado:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta-feira (13)

1 – Eleições de 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve a dianteira em todos os cenários eleitorais levantados pela pesquisa Genial/Quaest em novembro.

A vantagem de Lula sobre adversários, porém, caiu ao ponto de empatar tecnicamente, dentro da margem de erro, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um eventual segundo turno.

Segundo a sondagem divulgada nesta quinta-feira (13), Lula lidera a disputa eleitoral contra todos os adversários em cenários de primeiro turno com percentuais que variam de 31% a 39%, a depender do adversário. Em outubro, Lula liderava com fatias entre 35% e 43% do eleitorado no primeiro turno.

Nos cenários de segundo turno, Lula é o primeiro colocado mas também vê sua margem de liderança diminuir. Na simulação de segundo turno com Bolsonaro, Lula teria 42%, enquanto o ex-presidente chegaria a 39%, configurando um empate quase no limite da margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Na rodada anterior da pesquisa, a diferença entre os dois era de 10 pontos percentuais — 46% a 36%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quando a disputa é com outros nomes ventilados como possíveis adversários — o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD);  e Ciro Gomes (PDT) — o atual presidente conta com 5 pontos percentuais de vantagem.

Lula teria 38% ante Ciro Gomes, com 33%; 41% contra 36% de Tarcísio; e 40% a 35% no caso de Ratinho. Na pesquisa de outubro, o presidente ficava 12 pontos percentuais à frente de Tarcísio, 13 à frente de Ratinho e 9 à frente de Ciro.

Realizada entre os dias 6 e 9 de novembro, com 2.004 pessoas, a sondagem pode já ter captado possíveis impactos da megaoperação da polícia do Rio de Janeiro, no fim do mês passado.

2 – Vendas no varejo

O varejo brasileiro teve queda de 1,5% nas vendas em outubro sobre o mesmo período do ano passado, descontada a inflação, segundo levantamento da empresa de meios de pagamento StoneCo divulgado nesta quinta-feira (13), com a maior parte dos segmentos de consumo monitorados pela companhia mostrando retração no mês passado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O varejo segue operando em ritmo moderado. O consumo continua sustentado principalmente pelo mercado de trabalho aquecido, com desemprego historicamente baixo e massa de rendimentos elevada. No entanto, fatores como o endividamento recorde das famílias, o alto comprometimento da renda com dívidas e uma inflação ainda resistente, seguem limitando uma recuperação mais firme”, afirmou Guilherme Freitas, economista e cientista de dados da Stone em comunicado à imprensa.

“O resultado do mês reforça essa dinâmica: o setor mostra resiliência, mas ainda abaixo do patamar observado em 2024”, acrescentou.

3- Relação comercial Brasil-EUA

Na última quarta-feira (12), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reuniu-se com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Niágara, no Canadá, à margem da reunião do G7.

Segundo o Itamaraty, os dois conversaram sobre o andamento das negociações bilaterais envolvendo tarifas comerciais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vieira informou que o Brasil encaminhou, no último dia 4 de novembro, uma proposta de negociação aos Estados Unidos, após reunião virtual entre as equipes técnicas dos dois países.

O chanceler ressaltou a importância de avançar nas tratativas, conforme orientação dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, que falaram do tema durante encontro recente na Malásia.

Os ministros também concordaram em marcar uma nova reunião presencial, em data próxima, para discutir o estágio atual das conversas e buscar entendimento sobre as medidas tarifárias.

4- Banco Central: mercado entendeu errado

Ontem (12), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou que a autoridade monetária continua perseguindo a meta de inflação de 3% e ainda afirmou que as comunicações da instituição não apontam, necessariamente, para os próximos passos do BC.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Nestes 11 meses do ano, não houve nenhum mês em que estivemos dentro da meta. E, se olharmos as projeções, todas apontam que permaneceremos, no mínimo, dois terços do meu mandato sem cumpri-la. Está bem claro o motivo pelo qual mantemos a taxa de juros em um patamar restritivo”, disse Galípolo em coletiva nesta quarta-feira (12).

Segundo ele, é natural que exista debate no mercado sobre o futuro da política monetária. Porém, ele deixou um recado para quem busca pistas nas comunicações do BC: “Nossas comunicações e ações se baseiam em fatos e em dados. Portanto, se alguém entendeu que alguma declaração nossa foi um sinal sobre o que o BC pode vir a fazer no futuro, entendeu errado”.

Galípolo destacou ainda que o comunicado e a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) têm apenas o objetivo de informar como os dirigentes estão interpretando a economia em um momento de incerteza.

5 – Fim do ‘shutdown’

A maior paralisação do governo dos Estados Unidos chegou ao fim após 43 dias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na noite de ontem (12), o presidente Donald Trump sancionou a legislação que abre ‘espaço’ orçamentário de forma temporária. O acordo estende o financiamento até 30 de janeiro, deixando o governo federal em um caminho para continuar adicionando cerca de US$ 1,8 trilhão por ano à sua dívida de US$ 38 trilhões.

A assinatura do chefe da Casa Branca aconteceu horas depois que a Câmara dos Deputados votou para reiniciar o programa de assistência alimentar, pagar centenas de milhares de servidores federais e reativar o sistema de controle de tráfego aéreo.

*Com informações de Agência Brasil e Reuters

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar