Ibovespa (IBOV) sobe 1,60% aos 143 mil pontos, com payroll abaixo do esperado; 5 coisas para saber antes de investir hoje (5)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (5) em leve alta, com o mercado de olho nos dados do relatório oficial de empregos dos Estados Unidos, o payroll, divulgados nesta manhã. Os dados devem calibrar as apostas de flexibilização monetária na maior economia do mundo ainda em setembro.
Por volta de 10h08 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira registrava tímido avanço de 0,06%, mas acelerou para alta de 1,57% por volta de 11h, aos 143.213,77 pontos, batendo máxima intradia.
O dólar à vista operava em queda ante o real em torno do mesmo horário. A moeda norte-americana caía 0,89%, a R$ 5,3970.
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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta-feira (5)
1 – Payroll: EUA criam 22 mil vagas de emprego em agosto
Os Estados Unidos (EUA) criaram 22 mil vagas de emprego em agosto deste ano, mostra o payroll divulgado pelo Departamento do Trabalho do país.
O número veio bem abaixo do esperado, uma vez que a expectativa era de que seriam abertos 76 mil novos postos, segundo a mediana das projeções coletadas pelo Broadcast.
Os empregos ficaram negativos em junho, com queda de 13 mil, enquanto a economia norte-americana criou 79 mil vagas em julho. Ambos os números foram revisados, ante os 14 mil e 73 mil postos anunciados anteriormente.
O desemprego foi de 4,3% em agosto, enquanto o número de desempregados fechou o mês em 7,4 milhões.
Já a taxa de participação da força de trabalho e a métrica emprego-população foram de 62,3% e 59,6%, respectivamente.
2 – Mudanças no alto escalão da Casas Bahia (BHIA3)
A Casas Bahia (BHIA3) informou ao mercado que os acionistas elegeram, em assembleia geral extraordinária (AGE), André Luiz Helmeister e Jackson Medeiros de Farias Schneider para ocupar duas novas vagas no conselho de administração da companhia.
O mandato ocorre até a realização da assembleia geral ordinária que deliberará sobre as demonstrações financeiras referentes ao exercício social de 2025.
As mudanças vêm na esteira da conversão de R$ 1,6 bilhão de dívidas em ações, que tornou a Mapa Capital a maior acionista da companhia.
Com isso, o número do conselho de administração da Casas Bahia passou de cinco para sete membros, com a manutenção de quatro atuais e indicação de três nomes pela gestora. Helmeister é sócio-fundador da Mapa Capital.
3 – Tarifas do Trump
O presidente Donald Trump afirmou que sua administração imporá tarifas sobre as importações de semicondutores de empresas que não estiverem transferindo a produção para os Estados Unidos. O aviso foi dado na quinta-feira (4) antes de um jantar com CEOs de grandes empresas de tecnologia.
Desde que voltou ao cargo em janeiro, a ameaça de tarifas feita por Trump tem afastado parceiros comerciais, provocado volatilidade nos mercados financeiros e alimentado a incerteza econômica global.
“Sim, eu discuti isso com o pessoal aqui. Chips e semicondutores — vamos aplicar tarifas às empresas que não estiverem vindo para cá. Em breve, aplicaremos uma tarifa,” disse Trump, sem informar o prazo ou a alíquota exata.
“Vamos aplicar uma tarifa bastante substancial, não tão alta, mas razoavelmente substancial com o entendimento de que, se vierem para o país, se estiverem vindo, construindo, planejando vir, não haverá tarifa”, afirmou a repórteres.
4 – Bitcoin (BTC) recupera os US$ 112 mil
O bitcoin (BTC) iniciou o dia com uma valorização de pouco mais de 1%, recobrando o patamar de preços de US$ 112 mil nesta sexta-feira (5). O mercado global de criptomoedas, no entanto, mantém-se indefinido nas primeiras horas do dia, caminhando para encerrar a semana sem um direcionamento claro.
Em contraste, os mercados tradicionais apresentam movimentos distintos: as bolsas asiáticas fecharam em alta, recuperando parte das perdas semanais, as bolsas europeias registram ganhos nas primeiras horas, e os futuros de Wall Street operam de forma mista.
5 – Prejuízo da Oi (OIBR3)
A Oi (OIBR3) reportou prejuízo líquido de R$ 835 milhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), uma reversão do lucro de R$ 15 bilhões de um ano antes, quando houve ganho de natureza contábil.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia foi negativo em R$ 91 milhões, uma perda 8,6% maior do que a registrada no mesmo período de 2024.
A receita líquida somou R$ 714 milhões no trimestre, queda de 66,7% em relação ao ano anterior. Já os custos e despesas totalizaram R$ 804 milhões, recuo de 63,9% na mesma base de comparação.
A dívida líquida da companhia subiu para R$ 10 bilhões, alta de 50,9% frente ao 2T24. O caixa ao fim do trimestre foi de R$ 1,1 bilhão, representando uma queda de 39,8% ante o 2T24. O fluxo de caixa foi negativo em R$ 139 milhões.
*Com informações da Reuters