Ibovespa (IBOV) tenta recuperar perdas com eleições e à espera da ‘Super Quarta’; 5 coisas para saber antes de investir hoje (8)
O cenário eleitoral concentra as atenções dos investidores e Ibovespa (IBOV) tenta recuperar parte das fortes perdas da sessão anterior. O mercado também opera na expectativa da ‘Super Quarta’.
Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,91%, aos 158.802,10 pontos.
O dólar à vista opera em queda ante o real, em sintonia com o desempenho da divisa no exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana caía a R$ 5,4165 (-0,28%).
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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta segunda-feira (8)
1 – Pré-candidatura de Flávio Bolsonaro ‘assusta’ mercado
Na última sexta-feira (5), o ativos brasileiros viveram uma tarde ‘de extrema cautela’. O principal índice da bolsa, o Ibovespa (IBOV), registrou a maior queda desde fevereiro de 2021, perdendo mais de 7 mil pontos. O dólar à vista disparou mais de 2% e fechou na casa de R$ 5,43.
As perdas foi uma reação à pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à à Presidência nas eleições do próximo ano, com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro – que cumpre condenação por tentativa de golpe de estado em carceragem da Polícia Federal, em Brasília.
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado. Para analistas, a escolha de Flávio cria uma divisão de forças na direita e “implode’ possíveis alianças entre partidos de direita e de centro nas próximas eleições.
Durante o fim de semana, Flávio sinalizou que pode desistir da pré-candidatura ao Planalto em troca de apoio político à anistia dos envolvidos nos atos de janeiro de 2023, entre eles o ex-presidente.
2 – Corrida presidencial
No último sábado (6), o Datafolha fez uma nova pesquisa eleitoral, incluindo Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na disputa presidencial pela primeira vez.
Segundo o levantamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria tanto Flávio quanto Tarcísio de Freitas (Republicanos) em um eventual segundo turno.
Lula tem 51% das intenções de voto contra 36% de Flávio — vantagem de 15 pontos — e supera Tarcísio por 47% a 42% — diferença de 5 pontos.
O levantamento foi realizado entre 2 e 4 de dezembro, antes do anúncio da pré-candidatura de Flávio, e contou com a participação de 2.002 pessoas, em entrevistas presenciais em 147 municípios do País. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%.
3- Nova redução nas expectativas de inflação
No Boletim Focus desta segunda-feira (8), os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) voltaram a reduzir as projeções para a inflação de 2025 de 4,43% para 4,40%. Essa foi a quarta revisão para baixo consecutiva.
Para 2026, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2026 também recuou, passando de 4,17% para 4,16%. A Selic para este ano permaneceu estável a 15% ao ano.
Já as projeções para o crescimento da economia avançaram. Agora, o mercado espera que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,25% em 2025, 1,80% em 2026 e 1,84% em 2027.
4- À espera da Super Quarta
Na próxima quarta-feira (10), os Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos divulgam a última decisão de política monetária de 2025.
Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a Selic em 15% ao ano. O mercado, porém, espera alguma indicação de início do ciclo de afrouxamento monetário no primeiro trimestre do próximo ano, após dados mais fracos da economia na semana passada.
Na última atualização, com data de referência de última sexta-feira (5), o contrato de Opções de Copom da B3 apontava a chance de 63,5% de o Banco Central (BC) cortar os juros em janeiro – sendo a aposta majoritária em um corte de 0,25 ponto percentual (41,5%).
Já para março, a probabilidade é de 84,5% de o BC reduzir a Selic. O corte de 0,50 ponto percentual detém a aposta majoritária, com 47%.
Nos Estados Unidos, os investidores esperam um novo corte de 0,25 ponto percentual na próxima quarta-feira (10), sendo a terceira redução seguida. A expectativa é também de dissidência entre os diretores sobre a política monetária, assim como nas decisões anterior.
Nesta manhã, a ferramenta FedWatch, do CME Group, mostra 89,6% de chance de o BC norte-americano reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano. Na última sexta-feira (5), a aposta era de 86,2%. Já a probabilidade de manutenção dos juros subiu de 10,4% para 13,8% hoje.
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5 – Acordo Rússia-Ucrânia
O enviado dos Estados Unidos para a Ucrânia, Keith Kellogg, disse que um acordo para acabar com a guerra na Ucrânia está “muito próximo” e depende da resolução de apenas duas questões importantes, mas o Kremlin disse que é preciso haver mudanças radicais em algumas das propostas dos EUA.
Kellogg, que deve deixar o cargo em janeiro, disse ao Fórum de Defesa Nacional Reagan que os esforços para resolver o conflito estavam nos “últimos 10 metros”, que, segundo ele, sempre foram os mais difíceis.
Trump, que diz querer ser lembrado como um presidente “pacificador”, afirma que acabar com o conflito mais mortal da Europa desde a Segunda Guerra Mundial tem sido, até agora, o objetivo de política externa mais elusivo de sua presidência.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 após oito anos de luta entre separatistas apoiados pela Rússia e tropas ucranianas no Donbas, que é composto pelas regiões de Donetsk e Luhansk.
*Com informações de Reuters