Mercados

Ibovespa (IBOV) tenta recuperar perdas com eleições e à espera da ‘Super Quarta’; 5 coisas para saber antes de investir hoje (8)

08 dez 2025, 10:12 - atualizado em 08 dez 2025, 10:40
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O cenário eleitoral concentra as atenções dos investidores e Ibovespa (IBOV) tenta recuperar parte das fortes perdas da sessão anterior. O mercado também opera na expectativa da ‘Super Quarta’.

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Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,91%, aos 158.802,10 pontos.



O dólar à vista opera em queda ante o real, em sintonia com o desempenho da divisa no exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana caía a R$ 5,4165 (-0,28%).

Day Trade: 

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta segunda-feira (8)

1 – Pré-candidatura de Flávio Bolsonaro ‘assusta’ mercado

Na última sexta-feira (5), o ativos brasileiros viveram uma tarde ‘de extrema cautela’. O principal índice da bolsa, o Ibovespa (IBOV), registrou a maior queda desde fevereiro de 2021, perdendo mais de 7 mil pontos. O dólar à vista disparou mais de 2% e fechou na casa de R$ 5,43. 

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As perdas foi uma reação à pré-candidatura de Flávio Bolsonaro  (PL-RJ) à à Presidência nas eleições do próximo ano, com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro – que cumpre condenação por tentativa de golpe de estado em carceragem da Polícia Federal, em Brasília.

Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado. Para analistas, a escolha de Flávio cria uma divisão de forças na direita e “implode’ possíveis alianças entre partidos de direita e de centro nas próximas eleições. 

Durante o fim de semana, Flávio sinalizou que pode desistir da pré-candidatura ao Planalto em troca de apoio político à anistia dos envolvidos nos atos de janeiro de 2023, entre eles o ex-presidente.

2 – Corrida presidencial

No último sábado (6), o Datafolha fez uma nova pesquisa eleitoral, incluindo Flávio Bolsonaro  (PL-RJ) na disputa presidencial pela primeira vez.

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Segundo o levantamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria tanto Flávio quanto Tarcísio de Freitas (Republicanos) em um eventual segundo turno.

Lula tem 51% das intenções de voto contra 36% de Flávio — vantagem de 15 pontos — e supera Tarcísio por 47% a 42% — diferença de 5 pontos.

O levantamento foi realizado entre 2 e 4 de dezembro, antes do anúncio da pré-candidatura de Flávio, e contou com a participação de 2.002 pessoas, em entrevistas presenciais em 147 municípios do País. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%.

3-  Nova redução nas expectativas de inflação

No Boletim Focus desta segunda-feira (8), os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) voltaram a reduzir as projeções para a inflação de 2025 de 4,43% para 4,40%. Essa foi a quarta revisão para baixo consecutiva.

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Para 2026, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2026 também recuou, passando de 4,17% para 4,16%. A Selic para este ano permaneceu estável a 15% ao ano.

Já as projeções para o crescimento da economia avançaram. Agora, o mercado espera que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,25% em 2025, 1,80% em 2026 e 1,84% em 2027.

4- À espera da Super Quarta

Na próxima quarta-feira (10), os Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos divulgam a última decisão de política monetária de 2025.

Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a Selic em 15% ao ano. O mercado, porém, espera alguma indicação de início do ciclo de afrouxamento monetário no primeiro trimestre do próximo ano, após dados mais fracos da economia na semana passada.

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Na última atualização, com data de referência de última sexta-feira (5), o contrato de Opções de Copom da B3 apontava a chance de 63,5% de o Banco Central (BC) cortar os juros em janeiro – sendo a aposta majoritária em um corte de 0,25 ponto percentual (41,5%).

Já para março, a probabilidade é de 84,5% de o BC reduzir a Selic. O corte de 0,50 ponto percentual detém a aposta majoritária, com 47%.

Nos Estados Unidos, os investidores esperam um novo corte de 0,25 ponto percentual na próxima quarta-feira (10), sendo a terceira redução seguida. A expectativa é também de dissidência entre os diretores sobre a política monetária, assim como nas decisões anterior.

Nesta manhã, a ferramenta FedWatch, do CME Group, mostra 89,6% de chance de o BC norte-americano reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano. Na última sexta-feira (5), a aposta era de 86,2%. Já a probabilidade de manutenção dos juros subiu de 10,4% para 13,8% hoje.

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5 – Acordo Rússia-Ucrânia

O enviado dos Estados Unidos para a Ucrânia, Keith Kellogg, disse que um acordo para acabar com a guerra na Ucrânia está “muito próximo” e depende da resolução de apenas duas questões importantes, mas o Kremlin disse que é preciso haver mudanças radicais em algumas das propostas dos EUA.

Kellogg, que deve deixar o cargo em janeiro, disse ao Fórum de Defesa Nacional Reagan que os esforços para resolver o conflito estavam nos “últimos 10 metros”, que, segundo ele, sempre foram os mais difíceis.

Trump, que diz querer ser lembrado como um presidente “pacificador”, afirma que acabar com o conflito mais mortal da Europa desde a Segunda Guerra Mundial tem sido, até agora, o objetivo de política externa mais elusivo de sua presidência.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 após oito anos de luta entre separatistas apoiados pela Rússia e tropas ucranianas no Donbas, que é composto pelas regiões de Donetsk e Luhansk.

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*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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