Mercados

Ibovespa (IBOV) recua com cenário eleitoral e em compasso de espera pela ‘Super Quarta’; 5 coisas para saber antes de investir hoje (9)

09 dez 2025, 10:09 - atualizado em 09 dez 2025, 10:09
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O cenário eleitoral concentra as atenções dos investidores por maia uma sessão e Ibovespa (IBOV) volta a operar em tom negativo nesta terça-feira (9) após uma breve recuperação na véspera. O mercado também opera na expectativa da ‘Super Quarta’.

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Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira operava em baixa de 0,85%, aos 156.842,16 pontos.



O dólar à vista opera em alta ante o real, em sintonia com o desempenho da divisa no exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana subia a R$ 5,4648 (+0,81%).

Day Trade: 

5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta terça-feira (9)

1 – Pré-candidatura de Flávio Bolsonaro

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta segunda-feira (8) que a sua candidatura à Presidência é “irreversível”, em entrevista à Folha de S. Paulo.

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A declaração mostrou um recuo à sinalização de que ele poderia desistir da pré-candidatura ao Planalto em troca de apoio político à anistia dos envolvidos nos atos de janeiro de 2023, entre eles o ex-presidente.

No mesmo dia, o líder do PL no Senado, Rogério Marinho (RN), disse que a candidatura de Flávio “é para valer” e que o PP e o União Brasil terão tempo para “maturar” a candidatura e decidir sobre um eventual apoio ao filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro na eleição do ano que vem.

A pré-candidatura de Flávio “sacudiu” os mercados na semana passada. Na última sexta-feira (5), o ativos brasileiros viveram uma tarde ‘de extrema cautela’. O principal índice da bolsa, o Ibovespa (IBOV), registrou a maior queda desde fevereiro de 2021, perdendo mais de 7 mil pontos. O dólar à vista disparou mais de 2% e fechou na casa de R$ 5,43. 

As perdas foi uma reação à pré-candidatura de à à Presidência nas eleições do próximo ano, com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro – que cumpre condenação por tentativa de golpe de estado em carceragem da Polícia Federal, em Brasília.

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Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado. Para analistas, a escolha de Flávio cria uma divisão de forças na direita e “implode’ possíveis alianças entre partidos de direita e de centro nas próximas eleições. 

Ainda ontem (8), Tarcísio reafirmou sua “lealdade” ao ex-presidente e disse que apoiará Flávio na corrida ao Planalto. “Eu sempre disse que eu ia ser leal ao Bolsonaro, que eu sou grato ao Bolsonaro e eu tenho essa lealdade, é inegociável”, disse Tarcísio a jornalistas em Diadema, acrescentando que esteve com o agora pré-candidato na sexta-feira (5).

2 – Rombo dos Correios

Na noite de segunda-feira (8), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o aporte avaliado pelo Tesouro Nacional para os Correios pode ser inferior a R$ 6 bilhões e que, apesar de ser uma das opções em análise, um empréstimo não é a única alternativa em estudo.

“(Vai ser) um valor inferior a esse (R$6 bilhões), pelo que eu sei, que é o que está sendo aventado, mas não está decidido”, disse em entrevista a jornalistas na saída da Fazenda, após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

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O ministro disse ainda que, no encontro, sentiu “firmeza” por parte de Motta para que seja votado nesta terça-feira (9) o projeto de lei que endurece a cobrança sobre empresas que estão reiteradamente inadimplentes com o pagamento de impostos, os chamados devedores contumazes, e amanhã (10) o Projeto de Lei Complementar 108/2024, que estabelece o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços, previsto na reforma tributária, e suas normas.

3- Petrobras de olho em leilão de baterias

A Petrobras (PETR4) planeja participar do leilão de reserva de capacidade de energia em 2026, tanto na modalidade de potência quanto na concorrência com foco na contratação de baterias, segundo o gerente de Gestão Integrada da Transição Energética, Carlos Alberto Marçal.

A companhia já havia manifestado antes o interesse em participar do leilão de potência, que já está marcado para março, uma vez que tem 2,9 gigawatts de térmicas descontratadas.

Mas essa é a primeira vez que a empresa também menciona a interesse com foco em baterias, cujo leilão está previsto para abril.

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“É uma oportunidade, a gente já vinha pensando em entrar nesse segmento de armazenamento, e o leilão de reserva de capacidade é a melhor forma de você entrar”, disse Marçal, em workshop sobre transição energética para jornalistas na sede da companhia, no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (8).  “É um investimento que faz sentido para a Petrobras.”

Ele ressaltou que, caso se saia vencedora, a companhia trabalhará para ter um parque de baterias pronto para atender a demanda em 2028. Mas observou que a estratégia da Petrobras vai depender ainda das definições das regras pelo governo e algumas tomadas de decisão.

4- À espera da Super Quarta

Amanhã (10), os Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos divulgam a última decisão de política monetária de 2025.

Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a Selic em 15% ao ano. O mercado, porém, espera alguma indicação de início do ciclo de afrouxamento monetário no primeiro trimestre do próximo ano, após dados mais fracos da economia na semana passada.

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Na última atualização, com data de referência de última segunda-feira (8), o contrato de Opções de Copom da B3 apontava a chance de 55,9% de o Banco Central (BC) cortar os juros em janeiro – sendo a aposta majoritária em um corte de 0,25 ponto percentual (34,4%).

Já para março, a probabilidade é de 79% de o BC reduzir a Selic. O corte de 0,50 ponto percentual detém a aposta majoritária, com 42,1%.

Nos Estados Unidos, os investidores esperam um novo corte de 0,25 ponto percentual na próxima quarta-feira (10), sendo a terceira redução seguida. A expectativa é também de dissidência entre os diretores sobre a política monetária, assim como nas decisões anteriores.

Nesta manhã, a ferramenta FedWatch, do CME Group, mostra 89,4% de chance de o BC norte-americano reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano. Ontem (8), a aposta era de 86,2%. Já a probabilidade de manutenção dos juros caiu de 13,8% para 10,6% hoje.

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5 – Trump anuncia auxílio ao agro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou um pacote de ajuda de US$ 12 bilhões para os agricultores norte-americanos, o mais recente esforço do governo para apoiar uma importante fatia do eleitorado prejudicada pelas consequências financeiras de suas políticas comerciais.

Grupos de agricultores e parlamentares republicanos de Estados agrícolas buscaram o auxílio, em parte, para apoiar os agricultores na compra de sementes, fertilizantes e outras despesas para a temporada de cultivo do próximo ano.

O pacote de ajuda visa apoiar um bloco de eleitores leais que majoritariamente apoiou Trump, apesar de enfrentar bilhões em vendas perdidas devido à guerra comercial com a China.

Trump anunciou a ajuda em uma mesa redonda na Casa Branca ao lado do secretário do Tesouro, Scott Bessent, da secretária de Agricultura, Brooke Rollins, e de membros do Congresso. Os produtores de milho, algodão, sorgo, soja, arroz, gado, trigo e batatas participaram da mesa redonda, informou um funcionário da Casa Branca.

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*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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