Ibovespa (IBOV) recua com Wall Street de olho em juros; 5 coisas para saber antes de investir hoje (14)
O Ibovespa (IBOV) caminha para a terceira sessão consecutiva de perdas em ‘ressaca’ à maior sequência de ganhos desde 1994, iniciada no fim de outubro. O índice também é pressionado pela mudança na expectativa sobre os juros nos Estados Unidos, enquanto a valorização das commodities tenta limitar as perdas.
Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira tinha baixa de 0,26%, aos 157.754,57 pontos.
O dólar à vista opera em alta ante o real, e destoa do desempenho da moeda no exterior. No mesmo horário, a moeda norte-americana subia a R$ 5,3010 (+0,04%).
Day Trade:
5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta-feira (14)
1 – Inflação
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 0,18% em novembro, ante elevação de 0,08% no mês anterior, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (14), em resultado que veio exatamente em linha com estimativa apontada em pesquisa da Reuters.
No acumulado do ano, o indicador registrou deflação de 0,80%, e, em 12 meses, teve alta de 0,34%, de acordo com os números da FGV.
2 – Mercado de câmbio
Em comunicado divulgado ontem (13), o Banco Central anunciou um leilão de venda de dólares com compromisso de recompra no valor total de até US$ 1,25 bilhão. A operação visa rolagem de vencimento de 2 de dezembro.
As propostas serão acolhidas das 10h30 às 10h35. As operações de venda do BC serão liquidadas em 2 de dezembro, enquanto as operações de compra serão liquidadas no dia 2 de abril de 2026.
3- Acordo Brasil-EUA
Nesta quinta-feira (13), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o governo dos Estados Unidos deve oferecer uma resposta à proposta brasileira para as tarifas até a próxima semana. O chanceler deu as declarações após uma nova reunião com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Washington.
“O secretário de Estado disse que estão examinando com toda a atenção e todo o tempo, que querem resolver rapidamente as questões bilaterais com o Brasil e que a resposta virá muito proximamente — amanhã ou na próxima semana”, disse Vieira a jornalistas.
“O importante é dizer que é uma demonstração do interesse do governo americano, do secretário de Estado, em solucionar todas as questões ainda pendentes na relação com o Brasil”, afirmou Vieira, acrescentando que a reunião desta quinta é “um sinal” do desejo dos EUA de “dar a volta nessa página e de se aproximar do Brasil”.
Logo depois das declarações, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que um marco de reciprocidade para a relação comercial entre os dois países foi discutido na reunião.
4- Vale (VALE3): Barragem de Mariana
A Vale (VALE3) disse que estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras de 2025 para obrigações decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015.
A declaração ocorre após a Alta Corte da Inglaterra considerar o grupo BHP responsável, sob a legislação brasileira, pelo rompimento da barragem de Fundão operada pela Samarco Mineração, uma joint-venture entre a Vale e a BHP.
“Vale e BHP permanecem confiantes de que o acordo definitivo, assinado em outubro de 2024 no Brasil, oferece os mecanismos mais rápidos e eficazes para compensar os impactados”, disse a Vale.
Em 30 de setembro de 2025, a Vale já havia reconhecido uma provisão de US$ 2,40 bilhões para obrigações sob o acordo definitivo, disse a companhia.
5 – Juros nos EUA
Os investidores começaram a precificar uma mudança na postura do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) na próxima decisão de política monetária.
Agora, o mercado vê, com maior probabilidade, a chance de manutenção dos juros em meio ao ‘apagão de dados’ devido ao ‘shutdown‘ — que encerrou após 43 dias de paralisação do governo — e novas declarações de dirigentes do Fed.
Ontem (13), a presidente da unidade do Fed de San Francisco, Mary Daly — até então uma firme defensora dos cortes nas taxas do Fed — afirmou que qualquer decisão a cerca de quatro semanas antes da próxima reunião de política é “prematura”.
Na manhã desta sexta-feira (14), a ferramenta FedWatch, do CME Group, aponta 46,8% de chance de o Fed manter os juros inalterados. Na véspera, a probabilidade era de 49,9%. A expectativa de corte de 0,25 ponto percentual variou de 50,1% (ontem) para 53,2% (hoje).
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*Com informações de Agência Brasil e Reuters