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Ibovespa (IBOV) recua com cenário eleitoral e Petrobras (PETR4); 5 coisas para saber antes de investir hoje (21)

21 ago 2025, 10:11 - atualizado em 21 ago 2025, 10:28
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Ibovespa (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) continua a acompanhar o impasse das negociações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos nesta quinta-feira (21). A disputa pela presidência em 2026 começa a ganhar espaço entre os operadores do mercado e divide as atenções com as movimentações do exterior.

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Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira caía 0,54%, aos 133.945,42 pontos.



O dólar à vista opera em alta ante o real. No mesmo horário, o dólar à vista subia a R$ 5,4820 (+0,17%), na mínima intradia.

Day Trade: 

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta quinta-feira (21)

1- Pesquisa eleitoral

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera a disputa eleitoral do primeiro turno pela Presidência da República e abriu vantagem sobre os demais adversários em todos os cenários de segundo turno, apontou pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (21).

No levantamento das intenções de voto para o primeiro turno, Lula lidera com percentuais que variam entre 34% e 35% a depender do adversário. Jair Bolsonaro alcança 28%; Michelle Bolsonaro conquista 21% e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) chega aos 17%, enquanto os filhos de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), registram 15% e 14%, respectivamente.

Nos cenários de 2º turno, Lula também conseguiu se distanciar dos demais. Dentre os possíveis adversários do atual presidente, Tarcísio de Freitas é o que mais se aproxima. Lula tem 43%, enquanto Tarcísio registra 35%. Em julho, Lula estava empatado com o governador de São Paulo no limite da margem de erro em um eventual 2º turno.

A sondagem aponta ainda que os entrevistados têm mais aversão ao retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro ao poder do que da reeleição de Lula. 47% dos participantes responderam que têm mais medo de um retorno de Bolsonaro ao comando do país. A permanência de Lula é motivo de temor para 39%.

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A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 17 de agosto, com 12.150 entrevistas presenciais. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

2- Renúncia na Petrobras (PETR4)

Na noite de ontem (20), a Petrobras (PETR3; PETR4informou a renúncia de Pietro Mendes aos cargos de presidente do conselho de administração da companhia e membro do colegiado.

A renúncia ocorre após o Senado Federal aprovar a indicação de Mendes para o cargo de diretor na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na última terça-feira (19).

Segundo o estatuto social da Petrobras, cabe ao próprio Conselho de Administração eleger um substituto para a presidência, com mandato válido até a próxima Assembleia Geral.

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3- Acordo comercial UE-EUA

Na manhã desta quinta-feira (20), os Estados Unidos (EUA) e a União Europeia (UE) confirmaram o acordo comercial de tarifa de 15% sobre os produtos fabricados nos países-membros do bloco econômicos e exportados para os território norte-americano.

As taxas incidem sobre a maioria das mercadorias da UE, incluindo automóveis, produtos farmacêuticos, semicondutores e madeira.

Em uma declaração conjunta de três páginas e meia, os dois países listaram os compromissos assumidos, incluindo a promessa da UE de eliminar as tarifas comerciais sobre todos os produtos industriais dos EUA e de fornecer acesso preferencial ao mercado para uma ampla gama de frutos do mar e produtos agrícolas norte-americanos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciaram o acordo em 27 de julho na Escócia, após meses de negociações.

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4- Corte de juros  nos EUA

O mercado consolida as apostas de corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) na próxima reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), em setembro.

Na manhã desta quinta-feira (21), a chance de o Fed reduzir os juros em 0,25 ponto percentual em setembro era de 79,2%, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group. Hoje a faixa de referência é de 4,25% a 4,50% ao ano.

Mais cedo, dirigentes do Fed deram mais pistas sobre a trajetória dos juros norte-americanos.

Entre eles, o presidente da unidade do Fed de Kansas City, Jeffrey Schmid, disse que não parece haver pressa para cortar a taxa de juros, com a inflação nos Estados Unidos ainda acima da meta de 2% e o mercado de trabalho “em boa forma”.

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Ele disse que, com a inflação “provavelmente mais próxima de três do que de dois”. “Acho que estamos em uma situação muito boa e acho que realmente temos que ter dados muito definitivos para mudar essa política agora”, afirmou Schmid, membro votante na decisão de juros este ano, em uma entrevista à CNBC.

Já o presidente da unidade do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse que ainda acredita que o BC pode cortar sua taxa de juros uma vez este ano, mas há muita incerteza em torno dessa visão.

Bostic disse que a previsão que ele ofereceu mais cedo neste ano de um corte “ainda está mais ou menos onde estou”, falando ao Metro Atlanta Chamber. “Mas eu diria apenas que, no mundo de hoje, toda estimativa ou previsão pontual tem uma ampla banda de confiança em torno dela e, portanto, não estou preso a nada”, acrescentou.

5- Jackson Hole

Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole começa nesta quinta-feira (21), na cidade de Moran, em Wyoming, nos Estados Unidos (EUA).

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O evento reunirá, até sábado (23), presidentes dos principais bancos centrais do mundo, além de economistas, políticos e empresários, para discutir o tema “Mercados de Trabalho em Transição: Demografia, Produtividade e Política Macroeconômica”.

O discurso mais aguardado, porém, é o do presidente do Fed, Jerome Powell, amanhã (22). Essa será a última participação dele como chefe do Banco Central dos EUA.

*Com informações de Reuters

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