Mercados

Ibovespa (IBOV) renova recorde intradia com dados de desemprego e Petrobras (PETR4); 5 coisas para saber antes de investir hoje (28)

28 nov 2025, 10:14 - atualizado em 28 nov 2025, 10:18
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) tenta retomar o ritmo de ganhos na última sessão de novembro, em busca de novos recordes. Por aqui, o mercado reage ao Plano de Negócios da Petrobras (PETR4) e novos dados do mercado de trabalho.

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No exterior, a liquidez segue limitada com pregão mais curto nos Estados Unidos após o feriado do Dia de Ação de Graças. Mais cedo, uma falha no CME interrompeu as negociações no mercado futuro, incluindo os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) operados na New York Mercantile Exchange (Nymex).

Por volta de 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,31%, aos 158.852,28 pontos – em novo recorde intradia histórico. 



O dólar à vista opera em baixa ante o real. No mesmo horário, a moeda norte-americana caía a R$ 5,3417 (-0,19%).

Day Trade: 

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5 assuntos para saber ao investir no Ibovespa nesta sexta-feira (28)

1 – Mercado de trabalho

Na manhã desta sexta-feira (28), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,4% nos três meses até outubro. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 5,5% no período.

Ontem (27), o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou a abertura de 85.147 vagas formais de trabalho em outubro, o pior saldo mensal  já registrado para o mês na série histórica do Novo Caged, que contabiliza dados desde 2020. No mesmo mês em 2024, foram criados 131.424 postos de trabalho.

No acumulado do ano até outubro, foi registrada abertura de 1.800.650 vagas, total inferior ao de 2024, que teve saldo positivo de 2.126.843 no mesmo período, e o terceiro pior resultado da série histórica.

2 – Dívida pública

A dívida bruta do Brasil registrou alta em outubro, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou superávit primário abaixo do esperado, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Banco Central.

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A dívida pública bruta do país como proporção do PIB (Produto Interno Bruto) fechou outubro em 78,6%, contra 78,1% no mês anterior. Já a dívida líquida do setor público foi a 65,0%, de 64,8%.

Em outubro, o setor público consolidado registrou um superávit primário de R$32,392 bilhões, abaixo da expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo positivo de R$ 33,5 bilhões.

O desempenho mostra que o governo central teve superávit de R$ 36,180 bilhões, enquanto Estados e municípios registraram déficit primário de R$ 3,639 bilhões e as estatais tiveram saldo negativo de R$ 149 milhões.

3- Crédito suplementar para previdência e Bolsa Família

Ontem (27), o Congresso aprovou o projeto de lei complementar (PLN) 14/2025, que abre crédito suplementar de R$ 42,2 bilhões para Seguridade Social e para o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

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Segundo o governo, o dinheiro adicional é necessário para honrar compromissos deste ano para programas de benefícios previdenciários e Bolsa Família. Dos R$ 42 bilhões previstos, 52% vão para Seguridade Social e 47% para a assistência social.

O valor já estava previsto no Orçamento desre ano, com a sinalização anterior do governo de que precisaria da autorização do Congresso para executar parte dessas despesas – já que a Regra de Ouro proíbe que o governo federal contraia dívidas para pagar despesas correntes como previdência Bolsa Família e salários, exceto créditos suplementares são aprovados por maioria absoluta do Congresso Nacional.

4- Tensão entre Congresso e governo

O mercado continua a acompanhar a escalada da tensão entre o Congresso e o governo após a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A preferência do Senado Federal era que o ex-presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fosse o indicado para a Corte.

Ontem (27), o Congresso derrubou uma série de vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à lei de licenciamento ambiental. A proposta flexibilizava mais o sistema de licencenciamento.

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“Votar esse veto é fundamental para destravar o tema do licenciamento ambiental como um todo, estabilizando o marco legal, dando previsibilidade jurídica e permitindo que o Congresso avance nas demais matérias”, disse o presidente do Congresso e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), um pouco antes da votação.

Com a derrubada dos vetos, os parlamentares decidiram reduzir o controle público e o sistema de proteção ambiental, e ampliar a autonomia de Estados e municípios de legislar sobre o assunto em detrimento do governo federal, além de promover a simplificação de ritos de licenciamento ambiental.

5 – Plano estratégico da Petrobras

A Petrobras (PETR4) divulgou seu Plano de Negócios para o período entre 2026 e 2030. A estatal estima gerar entre US$ 190 bilhões e US$ 220 bilhões em caixa nos próximos cinco anos — e uma parte vai para os acionistas.

Do total, a estatal pretende distribuir entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões em dividendos ordinários aos acionistas, reafirmando sua política de remuneração baseada no desempenho operacional, capacidade de investimento e nível de endividamento.

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O plano mantém a previsibilidade para os investidores, mas deixa de prever dividendos extraordinários, que antes poderiam somar até US$ 10 bilhões. A faixa projetada para dividendos ordinários é menor que no plano anterior, que chegava a US$ 55 bilhões, refletindo maior cautela diante de um cenário de preços do petróleo mais desafiador.

*Com informações de Agência Brasil e Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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