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Ibovespa (IBOV) abre sem direção definida, com Banco Central no radar: 5 coisas para saber antes de investir hoje (2)

02 abr 2024, 10:20 - atualizado em 02 abr 2024, 10:20
ibovespa
Ibovespa abre pregão desta terça-feira de lado, com Banco Central no radar (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (2) sem direção definida, recuando 0,06%, a 126.917 pontos, por volta das 10h10.

Na véspera, o IBOV fechou em queda, sendo puxado pela baixa de Wall Street. O índice não teve forças para se sustentar, mesmo com a alta das ações da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3;PETR4).

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O dólar recuava frente ao real nesta terça, em linha com o arrefecimento da moeda norte-americana no exterior, enquanto os mercados reagiam ao anúncio feito na véspera pelo Banco Central de um leilão extraordinário de swap cambial tradicional.

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5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta terça (2)

Ibovespa seguiu humor dos mercados globais

No último pregão, na segunda-feira (1), o Ibovespa acompanhou a tendência negativa dos mercados globais ao abrir o mês em queda, reagindo aos indicadores que apontam para uma economia americana ainda em ritmo acelerado. Nesse cenário, houve alta do dólar e dos juros.

O analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, destaca ainda que, em meio a esse contexto, o Banco Central anunciou uma operação extraordinária de swap cambial, além do leilão regular, visando estabilizar a moeda nacional.

“Esta intervenção, que não ocorria há mais de um ano, visa a manutenção da estabilidade cambial, mas pode gerar um aumento na volatilidade do mercado no curto prazo por conta da percepção, sobretudo em um ano marcado pela expectativa de mudança na liderança do BC”, avalia.

Enauta (ENAT3) propõe fusão com 3R Petroleum (RRRP3)

Enauta Participações (ENAT3) apresentou uma proposta de fusão ao Conselho de Administração e aos acionistas da 3R Petroleum (RRRP3), conforme comunicado ao mercado nesta segunda-feira (1º).

A combinação dos negócios, segundo o documento, criaria uma das principais e mais diversificadas empresas independentes de petróleo e gás na América Latina.

“A combinação resulta em um portfólio com escala, balanceado e de alto crescimento orgânico nos próximos cinco anos, com capacidade de adicionar valor em ambiente de consolidação e com resiliência a ciclos de preço”, afirma a companhia.

Na avaliação do analista Mateus Haag, da Guide Investimentos, a notícia é positiva para ambas.  Ele aponta que, devido à proximidade de alguns dos seus campos e similaridade dos seus negócios, existem sinergias a serem aproveitadas em uma eventual junção entre as companhias.

Além disso, destaca que a Enauta possui uma posição de caixa líquido, o que reduziria a alavancagem da companhia combinada.

“Atualmente o maior risco da 3R é seu alto endividamento que pode acarretar mais follow-ons a frente. Essa proposta veio em meio as negociações entre a possível combinação entre Petroreconcavo e 3R. Aparentemente, a Petroreconcavo estava mais bem posicionada para negociar, visto sua posição mais desalavancado”, pondera.

Campos Neto quer acelerar despedida do Banco Central

O mandato do presidente do Banco Central termina no final do ano — exatamente no dia 31 de dezembro. No entanto, Roberto Campos Neto quer adiantar a decisão e divulgação do nome do seu sucessor para garantir um processo de transição tranquilo.

Segundo informações apuradas pelo Estadão, Campos Neto quer dedicar todo o segundo semestre para uma transição “suave e colaborativa”. Entre os nomes de possível sucessores está o de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária e primeira indicação do governo Lula para a autarquia.

No entanto, também entrou para o páreo o economista Marcelo Kayath. Ele foi diretor do Credit Suisse e é amigo do ministro Fernando Haddad. Também aparece nas conversas de bastidores o nome de Paulo Picchetti, diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos do BC.

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Banco Central vai intervir no câmbio

Banco Central anunciou que irá realizar um leilão adicional de até 20 mil contratos de swap cambial tradicional nesta terça-feira (2), o que equivale a US$ 1 bilhão. O objetivo é a manutenção do funcionamento regular do mercado de câmbio.

Ontem, o dólar disparou 0,8% e fechou em R$ 5,059. Trata-se da maior cotação dos últimos seis meses, puxada pelas incertezas sobre a economia americana.

Segundo especialistas, a alta foi puxada, principalmente, por falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, de que a instituição espera que a inflação ceda, mas que se isso não ocorrer, as taxas de juros nos EUA serão mantidas onde estão por mais tempo.

O swap cambial é usado nesses casos de avanço da moeda americana para reduzir a exposição da economia brasileira à flutuação do dólar.

No entanto, o BC destacou que esse movimento é “resultante dos efeitos do resgate de NTN-A3 (Nota do Tesouro Nacional, subsérie A3) em 15/4/2024”. Ou seja, o Banco Central não está colocando a culpa nos Estados Unidos.

Essa será a primeira vez que a autoridade monetária faz uma intervenção no câmbio no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde dezembro de 2022, o Banco Central estava apenas promovendo a rolagem de linhas e do estoque de swaps cambiais.

Economistas mantêm projeções de inflação

Os economistas ouvidos pelo Banco Central optaram por manter as projeções de inflação para este ano, enquanto não chegam novos dados econômicos.

Segundo o Relatório Focus, as expectativas de alta nos preços para 2024 seguem em 3,75%, após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) cortar a Selic para 10,75% e com a prévia da inflação apontando para uma alta de 0,36% em março.

Já para 2025, a projeção do índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também seguem em 3,51%. Os demais anos permanecem as mesmas projeções de 3,50%.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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