Ibovespa (IBOV) abre em alta, apesar de novas tarifas de Trump em vigor; 5 coisas para saber ao investir hoje (4)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quarta-feira (4) em alta, apesar de novas tarifas para o aço e alumínio de Trump em vigor.
Por volta das 10h04 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira subia 0,47%, aos 138.193,06 pontos.
O dólar à vista recuava ante o real nas primeiras negociações de hoje, conforme os investidores aguardam novidades sobre as disputas comerciais entre os Estados Unidos e seus parceiros e mais dados para avaliar o impacto econômico das tarifas do presidente Donald Trump.
Às 9h34 (horário de Brasília), o dólar à vista caía 0,28%, a R$5,6217 na venda.
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Day Trade
Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta quarta-feira (4)
1 – Trump dobra tarifas do aço e alumínio para 50%
Conforme prometido, Donald Trump dobrou as tarifas para importação de aço e de alumínio de 25% para 50%.
O decreto assinado pelo presidente afirma que as tarifas anteriores não foram suficientes para conter a entrada de produtos estrangeiros a preços baixos. “Artigos de aço são importados para os Estados Unidos em quantidades e circunstâncias que ameaçam comprometer a segurança nacional”, diz o texto.
A medida deve afetar diretamente o Brasil, já que é o segundo maior exportador de aço para o país norte-americano. Em 2024, o Brasil exportou aproximadamente 5,81 milhões de toneladas de aço para os EUA, totalizando cerca de US$ 4,14 bilhões.
O Reino Unido, anunciou a um acordo comercial com os norte-americanos no início de maio, é o único país que continua com as tarifas de 25%.
2- Desdobramentos sobre o IOF
Por aqui, a agenda de indicadores está esvaziada. Com isso, o mercado segue de olho no desenrolar da crise do IOF. O Governo Federal e o Congresso parecem ter entrado em um acordo: segundo Fernando Haddad, a equipe econômica irá reformular as mudanças no imposto e apresentar aos líderes da Câmara dos Deputados e Senado.
As novas medidas devem ser anunciadas no domingo (8). O ministro da Fazenda já adiantou que está na mira do governo os supersalários do funcionalismo público e as desonerações fiscais, que somam cerca de R$ 800 bilhões.
Além disso, o governo prorrogou para o próximo dia 25 de junho o prazo para a cobrança de IOF sobre os planos de previdência privada. Pelo decreto, serão tributados em 5% os aportes acima de R$ 50 mil mensais em planos VGBL.
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3- Banco Central fará dois leilões de linha, com oferta de até US$ 1 bilhão
O Banco Central fará dois leilões simultâneos de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), com oferta total de até US$ 1 bilhão.
Conforme comunicado do BC, as operações visam rolar vencimento previsto para 2 de julho deste ano.
As propostas serão acolhidas das 10h30 às 10h35 e as operações de venda de dólares por parte do BC serão liquidadas em 2 de julho. A cotação de venda será a do dólar do boletim Ptax das 10h desta quarta, de acordo com a instituição.
No caso do leilão A, a recompra de dólares pelo BC ocorrerá em 4 de agosto de 2025 e, no leilão B, em 3 de setembro de 2025.
4- MBRF: Cade aprova fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) sem restrições
A Marfrig (MRFG3) e a BRF (BRFS3) anunciaram a aprovação da fusão entre as empresas por parte do Cade — Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as companhias informam que o órgão proferiu a aprovação da operação de incorporação sem restrições.
A decisão se tornará definitiva após 15 dias contados da sua publicação, caso não haja manifestação de membro do Tribunal do Cade ou interposição de eventuais recursos.
Estão previstas para 18 de junho assembleias pela Marfrig e BRF para aprovação do acordo. A conclusão da operação deve ocorrer até o final de julho.
5- Fleury (FLRY3) conclui compra de laboratório em Campinas por R$ 130 milhões
O Grupo Fleury (FLRY3) anunciou a conclusão da aquisição de 100% do laboratório Confiance Medicina Diagnóstica, que atua em análises clínicas, vacinação e anatomia patológica em Campinas (SP) e em outras sete cidades da região metropolitana.
Segundo o comunicado, o valor da transação foi de R$ 130 milhões. Além disso, o documento informa que a receita do Confiance nos 12 meses, encerrados em março de 2025, foi de R$ 116 milhões.
Com a aquisição, o Fleury pagou um valor equivalente a 4,1 vezes o Ebitda do período, já considerando as sinergias — ou 5,3 vezes, sem esses ganhos esperados.
*Com informações de Reuters