Ibovespa (IBOV) abre sem direção definida com risco elevado por prisão de Bolsonaro e tarifas; 5 coisas para saber ao investir hoje (5)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta terça-feira (5) sem direção definida, com o mercado tenso em relação à prisão do ex-presidente, Jair Bolsonaro, e o que isso pode significar para a tentativa de acordo do governo brasileiro com a Casa Branca.
Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,02%, aos 132.949,81 pontos.
O dólar à vista subia ante o real nas primeiras negociações de hoje, conforme os investidores reagiam à divulgação da ata da mais recente reunião do Banco Central, enquanto também monitoravam os desdobramentos da prisão domiciliar de Bolsonaro.
No mesmo horário de abertura do índice, porém, a moeda norte-americana subia 0,22%, a R$ 5,5186 na venda.
Antes da abertura, foram divulgados os resultados da Klabin (KLBN11) e Embraer (EMBR3), enquanto Itaú Unibanco (ITUB4), Pão de Açúcar (PCAR3), Eternit (ETER3), Iguatemi (IGTI11), Cury (CURY3), Prio (PRIO3) e RD Saúde (RADL3) divulgam seus dados após o fechamento.
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Radar do mercado: BB Seguridade (BBSE3), Mercado Livre (MELI34), Klabin (KLBN11) e outros destaques desta terça-feira (5)
Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta terça-feira (5):
1- Bolsonaro preso e mercado em alerta
Os mercados veem com cautela a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes desta segunda-feira (4).
De acordo com o magistrado, houve uma reincidência do ex-presidente em descumprir as ordens.
Citou ainda o fato de Bolsonaro ter participado em uma chamada de vídeo com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho, durante ato com manifestantes na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no domingo.
Segundo analistas, o risco maior é que as tensões entre os Estados Unidos, com a chancela do presidente Donald Trump, aliado de Bolsonaro, e o Brasil aumentem.
Nas últimas semanas, os EUA aplicaram taxas de 50% ao Brasil, embora teve feito exceções a alguns produtos, o que ajudou a diminuir o risco.
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2- Tarifa dos EUA tem efeito incerto e impactos setoriais relevantes, diz Ata do Copom
A elevação por parte dos Estados Unidos das tarifas comerciais para o Brasil tem impactos setoriais relevantes e efeitos agregados incertos, diz o Comitê de Política Monetária (Copom) na ata referente à reunião da semana passada, que manteve a Selic estável.
O Banco Central (BC) afirma que os impactos ainda dependem de como se encaminharão os próximos passos da negociação e a percepção de risco relativa ao processo.
“Se, de um lado, a aprovação de alguns acordos comerciais, assim como os dados recentes de inflação e atividade da economia norte-americana poderiam sugerir uma situação de redução da incerteza global, de outro, a política fiscal e, em particular para o Brasil, a política comercial norte-americanas tornam o cenário mais incerto e mais adverso.”
A tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros entra em vigor nesta quarta-feira (6).
3- Embraer (EMBR3) reverte lucro e registra prejuízo de R$ 53,4 milhões no 2T25
A Embraer (EMBR3) reportou um prejuízo líquido ajustado de R$ 53,4 milhões no segundo trimestre de 2025 (2T25). O resultado representa uma reversão do lucro de R$ 415,7 milhões registrado no mesmo período em 2024.
Já o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que mede o desempenho operacional, cresceu para R$ 1,39 bilhão, ante R$ 995,5 milhões no segundo trimestre do ano anterior.
A margem Ebitda ajustada atingiu 13,5% no segundo trimestre deste ano, uma alta ante os 12,7% do ano anterior.
O Ebit (lucros antes de juros e impostos) ajustado da Embraer totalizou R$ 1,08 bilhão, frente os R$ 725,5 milhões do mesmo período do ano anterior. A margem Ebit ficou em 10,6%.
No segundo trimestre deste ano, a fabricante de aeronaves brasileira totalizou R$ 10,3 bilhões em receitas líquidas, um avanço ante os R$ 7,8 bilhões do 2T24.
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4- Klabin (KLBN11) lucra R$ 585 milhões no 2T25, alta de 86%, e anuncia pagamento de dividendos
A Klabin (KLBN11) reportou lucro líquido de R$ 585 milhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), um aumento de 86% em relação ao mesmo período em 2024. A cifra superou as expectativas do mercado, que projetava lucro próximo a R$ 486 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 2,04 bilhões no segundo trimestre, recuo de 1% na comparação anual.
Já a margem Ebitda ajustada ficou em 39% entre abril e junho deste ano, uma queda de dois pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita líquida da companhia, por sua vez, cresceu 6% na base anual, alcançando R$ 5,24 bilhões no 2T25.
5- BB Seguridade (BBSE3): Lucro sobe 19,7% no 2T25, mas problema com prêmios piora
A BB Seguridade (BBSE3) lucrou R$ 2,2 bilhões no segundo trimestre, alta de 19,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A cifra ficou dentro das expectativas da Bloomberg, que esperava R$ 2,2 bilhões.
O desempenho é atribuído à forte expansão do resultado financeiro combinado, impulsionado pela gestão financeira da holding, e expansão do saldo das aplicações financeiras combinadas das empresas do grupo.
*Com informações de Reuters