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Ibovespa (IBOV) abre em alta com destaques corporativos e payroll no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (5)

06 jun 2025, 10:16 - atualizado em 06 jun 2025, 10:16
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Ibovespa abre em alta nesta sexta-feira (6). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta sexta-feira (6) em alta com destaques corporativos e payroll no radar.

Por volta das 10h04 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira subia 0,16%, aos 136.513,14 pontos.



O dólar à vista oscilava pouco ante o real nas primeiras negociações de hoje, a caminho de fechar a semana em baixa, conforme os investidores aguardam o relatório de emprego dos Estados Unidos para maio a fim de avaliar o impacto das tarifas do presidente Donald Trump na maior economia do mundo.

Às 9h03 (horário de Brasília), o dólar à vista subia 0,07%, a R$ 5,5910 na venda. Na semana, a moeda acumula queda de 2,3%.

Radar do mercado

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Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta sexta-feira (6)

1 – IOF e piora na percepção fiscal

O mercado segue acompanhando o imbróglio do IOF e a piora percepção fiscal.

O ministro Fernando Haddad ficou de apresentar as medidas alternativas ao aumento do imposto no domingo (8). O Haddad já adiantou que está na mira do governo os supersalários do funcionalismo público e as desonerações fiscais, que somam cerca de R$ 800 bilhões.

A equipe econômica também deve revisar benefícios tributários, como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Também rolaram conversas nos bastidores de que o governo poderia revisar os pisos constitucionais de saúde e da educação, mas a ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que isso não está na pauta e que a proposta não teria impacto fiscal relevante no curto prazo.

2- S&P Global reafirma nota ‘BB’ para crédito soberano do Brasil

A agência de classificação de risco S&P Global reafirmou a nota ‘BB’ para o crédito soberano do Brasil, mantendo a perspectiva estável.

Em nota, a agência argumentou que os grandes déficits fiscais devem gerar uma alta persistente da dívida líquida do governo geral, enquanto o déficit em transações correntes do país tende a cair em meio à desaceleração da economia e da política monetária apertada.

“Nossa perspectiva estável equilibra a fraqueza do perfil fiscal do Brasil com os pontos fortes de sua política externa e monetária”, afirmou a S&P Global.

A agência disse acreditar que, ao longo do tempo, ainda que não antes das eleições presidenciais de 2026, o arcabouço institucional do país deve levar a iniciativas de enfrentamento das fraquezas fiscais.

Na semana passada, a agência Moody’s rebaixou a perspectiva para a classificação do Brasil de positiva para estável, citando uma redução na probabilidade de melhora no perfil de crédito do país.

3- Payroll: EUA criam 139 mil vagas de emprego em maio e superam expectativas

Os Estados Unidos (EUA) criaram 139 mil vagas de emprego em maio deste ano, mostra o payroll divulgado pelo Departamento do Trabalho do país. As projeções do mercado apontavam para a criação de 125 mil postos em maio, segundo pesquisa do Broadcast.

O payroll do mês passado desacelerou frente à leitura de abril, quando a economia norte-americana abriu 147 mil vagas, mostra dado revisado.

A taxa de desemprego permaneceu em 4,2% em maio, enquanto o número de desempregados fechou o mês em 7,2 milhões. Já a taxa de participação da força de trabalho e a métrica emprego-população foram de 62,4% e 59,7%, respectivamente.

Em relação aos rendimentos, os ganhos médios por hora do trabalhador norte-americano, de US$ 36,24, subiram 0,4% na comparação mensal e avançaram 3,9% em relação ao mesmo mês de 2024.

4- Em acordo com credores, Casas Bahia (BHIA3) converte dívidas e reduz alavancagem pela metade

Casas Bahia (BHIA3) concluiu negociação com credores para converter parte de sua dívida em ações, movimento que vai reduzir a alavancagem da empresa, segundo fato relevante.

No balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25) da varejista, a dívida bruta era de R$ 4,4 bilhões e alavancagem de 1,6 vezes. No período, a empresa reportou um prejuízo líquido de R$ 408 milhões, acima das estimativas de analistas.

Vale lembrar que a alavancagem é medida pela relação dívida líquida sobre o lucro antes dos juros, tributos, depreciação e amortização (Ebitda). Quanto mais elevado o número, maior é o risco financeiro.

De acordo com comunicado, a companhia vai converter em ações toda a série 2 de sua 10ª emissão de debêntures, que chega em R$ 1,56 bilhão. Bradesco e Banco do Brasil, detentores desses papéis, vão vender para outro player financeiro não revelado. A conversão é realizada pela média de 90 dias com 20% de desconto.

O novo detentor das debêntures se comprometeu com um lockup gradativo de 16 meses, com a possibilidade de vender até 10% da posição no primeiro trimestre, mais 15% no segundo e assim por diante. A Casas Bahia também conseguiu melhorar os prazos da série 1 das debêntures, que soma R$ 1,6 bilhão na negociação.

5- Brava Energia (BRAV3) vende 50% de ativos de gás para PetroReconcavo (RECV3) por US$ 65 milhões

Brava Energia (BRAV3) anunciou a venda de 50% de sua infraestrutura de gás natural no Rio Grande do Norte para a PetroReconcavo (RECV3), em uma transação avaliada em US$ 65 milhões.

Segundo fato relevante, o acordo envolve ativos do segmento midstream — a etapa intermediária da cadeia do gás, responsável pelo transporte, processamento e armazenamento do produto até que ele chegue à fase final de distribuição.

Na prática, a operação inclui participação em duas Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGNs), no gasoduto Livramento/Guamaré e nas esferas de armazenamento de Gás Natural Liquefeito (GNL), todas localizadas no Ativo Industrial de Guamaré, na Bacia Potiguar.

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.