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Ibovespa (IBOV) abre em queda apesar do acordo preliminar entre EUA e China; 5 coisas para saber ao investir hoje (11)

11 jun 2025, 10:12 - atualizado em 11 jun 2025, 10:12
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Ibovespa abre em alta nesta quarta-feira (11). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quarta-feira (11) em queda com o mercado ainda atento às medidas de compensação do IOF e ao acordo preliminar entre EUA e China.

Por volta das 10h04 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira caia 0,24%, aos 136.108,20 pontos.



O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nas primeiras negociações desta quarta-feira, conforme os investidores avaliavam o resultado das negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

Às 9h03 (horário de Brasília), o dólar à vista subia 0,03%, a R$5,5708 na venda.

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Radar do mercado

Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta quarta-feira (11)

1 – Acordo preliminar entre China e EUA traz alívio para o mercado

Para o alívio do mercado, os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo preliminar em relação ao impasse sobre o envio de terras raras e ímãs chineses para empresas norte-americanas.

A informação foi confirmada pelos negociadores dos dois países; o projeto, agora, precisa ser aprovado pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping.

O Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que ambos os lados estabeleceram uma estrutura para implementar a redução de tarifas estabelecida em Genebra. Com isso, os chineses prometeram acelerar os embarques de terras raras — metais essenciais para empresas automotivas e de defesa dos EUA — enquanto Washington reduziria alguns de seus próprios controles de exportação.

No entanto, as discussões avançaram pouco em questões como o superávit comercial da China com os EUA e não existe previsão de novas reuniões. Um possível rompimento entre as duas maiores economias do mundo ainda preocupa o mercado.

2- CPI: Inflação dos EUA vem abaixo do esperado em maio e sobe a 2,4% em um ano

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos subiu 0,10% em maio, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira (11). A inflação norte-americana acumula alta de 2,4% em 12 meses.

A leitura do quinto mês do ano veio abaixo das estimativas do mercado, que esperava uma alta mensal de 0,20% e anual de 2,5%, segundo mediana das projeções coletadas pelo Broadcast.

A moradia avançou 0,3% e foi o principal fator de alta no índice. A alimentação aumentou 0,3%, já que seus dois principais componentes — alimentação dentro e fora de casa — também subiram 0,3%. Já a energia caiu 1%, com a queda da gasolina ao longo do mês.

O núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,1% no mês passado e foi a 2,8% em um ano.

A inflação do país desacelerou frente a abril, quando o CPI e o núcleo subiram 0,2%.

3- Medidas compensatórias ao IOF seguem na mira

Já do lado de Brasília, a relação entre o Governo Federal e o Congresso segue estremecida, com a equipe econômica tentando aprovar as medidas compensatórias e revisão do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Ontem, o ministro Fernando Haddad esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva duas vezes para apresentar as propostas da Fazenda e o que foi discutido com os parlamentares.

Por falar em Haddad, hoje, ele participa de uma audiência nas Comissões de Finanças e Tributação, Fiscalização Financeira e Controle, da Câmara dos Deputados, onde deve defender as medidas alternativas apresentadas no último domingo (8).

A atenção também está voltada para Gabriel Galípolo. O presidente do Banco Central participa de um evento, mas vai evitar falar sobre política monetária — os diretores do BC estão em período de silêncio devido à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para a semana que vem.

4- Aneel aprova recálculo de indenização a transmissoras, com redução de R$5,6 bi em custos

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (10) um recálculo da indenização que vem sendo paga a transmissoras de energia no Brasil, o que implicará em redução de custos de R$5,6 bilhões, em medida que impactará principalmente controladas da Eletrobras (ELET3) e a ISA Energia Brasil (ISAE4)

A decisão encerra um debate que se estende há vários anos e envolve a Medida Provisória 579, do governo Dilma Rousseff, que determinou a renovação antecipada de uma série de contratos do setor elétrico com o objetivo de forçar uma redução das tarifas de energia.

A aprovação da Aneel altera os valores que serão pagos da indenização da Rede Básica Sistema Existente (RBSE) nos próximos três anos (2025/26, 2026/27 e 2027/28), com uma redução de custos de R$5,6 bilhões ao sistema, segundo a Aneel.

Isso deverá gerar uma redução na conta de luz — o impacto para os consumidores não ficou claro. A Aneel não comentou imediatamente.

Para o diretor-presidente da transmissora ISA, Rui Chammas, a decisão da Aneel é importante porque “termina uma grande discussão”, que envolveu idas e vindas no âmbito da agência reguladora e na Justiça.

5- Sonda da Petrobras (PETR4) deixa Rio de Janeiro rumo ao Amapá para simulado na Foz, diz CEO

A sonda a serviço da Petrobras (PETR4) que será usada em simulado de emergência em águas ultraprofundas na Bacia da Foz do Amazonas já deixou o Rio de Janeiro rumo à costa do Amapá, afirmou nesta terça-feira a presidente da petroleira, Magda Chambriard.

Na semana passada, a executiva disse à Reuters ter a expectativa de que o simulado possa ocorrer na segunda quinzena de julho, no último passo antes que o órgão ambiental federal Ibama decida se dará uma licença para perfuração na região.

A petroleira busca há anos o aval do Ibama para a realização de um poço exploratório na bacia, onde há grande potencial para descobertas de petróleo, mas enormes desafios socioambientais.

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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