Ibovespa (IBOV) abre em alta com surpresa na inflação e resultados do 2T25; 5 coisas para saber ao investir hoje (12)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta terça-feira (12) em alta após surpresa nos dados de inflação no Brasil e mais resultados do 2T25.
Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira avança 0,58%, aos 136.403,62 pontos.
O dólar à vista tinha leve baixa ante o real nas primeiras negociações do dia, conforme os investidores seguem à espera do plano de contingência do governo para empresas afetadas pela tarifa de 50% dos Estados Unidos, com dados da inflação brasileira e norte-americana também no radar.
No mesmo horário de abertura do índice, porém, a moeda norte-americana cai 0,57%, a R$ 5,4126 na venda.
Após o fechamento, a atenção se volta para Americanas (AMER3), MRV (MRVE3), Movida (MOVI3) e CVC (CVCB3). O dia também conta com o balanço da Raízen (RAIZ4).
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Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta terça-feira (12):
1- Inflação surpreende e sobe 0,26% em julho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, subiu 0,26% em julho — uma leve aceleração em relação à alta de 0,24% apurada em junho. O indicador veio abaixo das expectativas do mercado, que apontavam para um avanço de 0,35%, segundo a mediana das projeções coletadas pelo Money Times.
O IPCA soma alta de 3,26% no ano; já em 12 meses, o acumulado é de 5,23%. A estimativa do mercado era de 5,34%.
O resultado mensal foi influenciado pela energia elétrica residencial, que registrou o maior impacto individual no índice, de 0,12 ponto percentual (p.p.), assim como em maio e junho.
Em julho, manteve-se a bandeira tarifária vermelha patamar 1, vigente desde junho, que adiciona R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos. Além disso, a alta reflete o reajuste em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
A inflação segue acima da meta perseguida pelo Banco Central, de 3% com tolerância de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.
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2- Plano de contingência do governo atrasa
O anúncio do plano de contingência do governo contra a tarifa de 50% imposta pelos EUA aos produtos brasileiros, previsto para hoje, deve atrasar mais um dia. O pacote, ainda sem consenso interno, terá foco nas empresas que mais exportam para o mercado norte-americano e reunirá ações de curto, médio e longo prazo, segundo integrantes da equipe econômica.
Elaborado sob medida para diferentes setores e perfis de companhias, o plano deve incluir linhas de crédito para os segmentos mais afetados e ampliar as compras governamentais, permitindo que órgãos públicos absorvam parte dos produtos que deixariam de ser exportados. Estimativas oficiais indicam que as tarifas vão impactar cerca de um terço das empresas brasileiras que vendem aos EUA.
Alguns itens relevantes da pauta de exportações ficaram fora da taxação, como suco de laranja, celulose e aviões da Embraer. Já produtos como café e carne seguem na lista de bens tarifados.
3- Inflação dos EUA sobe 0,2% em julho e segue em 2,7% em um ano
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos (EUA) subiu 0,2% em julho. A inflação norte-americana acumula alta de 2,7% em 12 meses.
O núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,3% no mês passado e foi a 3,1% em um ano.
O mercado esperava alta mensal de 0,2% e anual de 2,8% do índice, segundo a mediana das projeções coletadas pela Bloomberg. Já para o núcleo eram projetados aumentos de 0,2% e 3%, respectivamente.
A inflação do país desacelerou frente ao mês de junho, quando o CPI subiu 0,3%. Já o núcleo subiu de 0,2% para 0,3%.
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4- BTG (BPAC11): Lucro salta 42% no 2T25, chega a R$ 4,2 bi e bate recorde
O BTG Pactual (BPAC11) encerrou o segundo trimestre de 2025 com lucro líquido ajustado recorde de R$ 4,2 bilhões, disparada de 42% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado também superou o esperado do consenso da Bloomberg, que aguardava R$ 3,64 bilhões.
Já o ROE, que mede o retorno sobre o patrimônio líquido, ficou em 27,1% no ano, salto de quatro pontos percentuais. Dessa forma, o BTG não só ultrapassou como abriu distância para o Itaú (ITUB4) no quesito rentabilidade, que chegou a 23,3% nesse trimestre.
5- Sabesp (SBSP3) tem salto no lucro do 2T25 com avanço operacional acima do esperado
A Sabesp (SBSP3) encerrou o segundo trimestre com um salto no lucro líquido, impulsionado em parte por melhorias operacionais geradas no contexto da privatização da empresa, em um desempenho que ficou acima do esperado pelo mercado.
A maior empresa de saneamento da América Latina teve lucro líquido ajustado de R$ 1,96 bilhão, um avanço de cerca de 64% sobre o desempenho de um ano antes, quando a companhia ainda estava sob administração pelo governo do Estado de São Paulo.
O resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado foi de R$ 3,62 bilhões, crescimento de 21,5% e acima dos R$ 3,15 bilhões esperados, em média, por analistas, segundo dados compilados pela LSEG. A expectativa para lucro líquido apontava para R$ 1,28 bilhão no segundo trimestre.
*Com informações de Reuters