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Ibovespa (IBOV) abre em queda com plano de contingência do governo e balanços corporativos; 5 coisas para saber ao investir hoje (13)

13 ago 2025, 10:21 - atualizado em 13 ago 2025, 11:07
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Ibovespa abre em queda nesta quarta-feira (13). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quarta-feira (13) em queda com a divulgação do plano de contingência pelo governo brasileiro no radar. Além disso, os balanços corporativos seguem como principal ancora do índice.

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Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,03%, aos 137.892,53 pontos.



O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nas primeiras negociações desta manhã, com os investidores de olho na ajuda aos setores afetados pela tarifa comercial de 50% dos Estados Unidos (EUA), enquanto no exterior o foco estava em torno da perspectiva para o Federal Reserve.

No mesmo horário de abertura do índice, porém, a moeda norte-americana caia 0,04%, a R$ 5,3852 na venda.

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Após o fechamento do Ibovespa, Allos, Equatorial, Casas Bahia, Automob, Hapvida, Mater Dei, JBS, Localiza, Rede D’or, SLC Agrícola, Taesa e Vamos anunciam seus resultados. Ambipar, Moura Dubeux, Eneva, Bradespar, Melnick, Oceanpact, Tupy, Ultrapar e Jalles Machado também divulgam números hoje.

Day Trade: Compre CSN (CSNA3) e venda Marfrig (MRFG3) para ganhar até 1,45% nesta quarta-feira (13), segundo a Ágora

Radar do Mercado: Vale (VALE3), Americanas (AMER3), MRV&Co (MRVE3) e outros destaques desta quarta-feira (13)

Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta quarta-feira (13): 

1- Governo anuncia hoje plano de contingência

A ajuda do governo brasileiro aos setores afetados pela tarifa de 50% impostas pelos EUA já está desenhada e será anunciada hoje. A cerimônia de assinatura da medida provisória “Brasil Soberano” acontece às 11h30 (horário de Brasília).

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Em entrevista à BandNews ontem (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o pacote inclui uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para apoiar empresas exportadoras. Ele também disse que a medida terá autorização para compras governamentais.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o plano de contingência deverá ter impacto mínimo nas contas públicas. “Nós estamos absolutamente conscientes que o impacto dele vai ser mínimo e vai ser única e exclusivamente no limite do necessário para não deixar nenhuma empresa para trás”, disse.

“O MDIC está separando empresa por empresa dentro de cada setor. Estamos sendo criteriosos, até porque é dinheiro público”.

A tarifa imposta por Donald Trump sobre os produtos brasileiros entrou em vigor na semana passada, no dia 6. O presidente norte-americano vinculou a medida ao que ele chamou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu em um processo por tentativa de golpe de Estado para anular sua derrota nas eleições de 2022.

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2- Déficit dos EUA cresce para US$ 291 bilhões em julho, apesar do aumento na arrecadação com tarifas

O déficit orçamentário do governo dos EUA cresceu quase 20% em julho, alcançando US$ 291 bilhões, apesar de um aumento de quase US$ 21 bilhões na arrecadação com tarifas aduaneiras provenientes das tarifas comerciais, segundo informou o Departamento do Tesouro.

O déficit de julho foi 19% (ou US$ 47 bilhões) maior do que o registrado em julho de 2024. As receitas mensais cresceram 2% (US$ 8 bilhões), totalizando US$ 338 bilhões, enquanto os gastos subiram 10% (US$ 56 bilhões), alcançando US$ 630 bilhões, um recorde histórico para o mês.

Como o mês de julho deste ano teve menos dias úteis que o de 2024, o Tesouro afirmou que, ajustando por essa diferença, as receitas teriam aumentado em cerca de US$ 20 bilhões, o que resultaria em um déficit ajustado de aproximadamente US$ 271 bilhões.

As receitas líquidas com tarifas aduaneiras em julho subiram para cerca de US$ 27,7 bilhões, ante aproximadamente US$ 7,1 bilhões no mesmo período do ano passado, devido às tarifas mais altas impostas por Trump, informou um funcionário do Tesouro. Essa arrecadação está amplamente em linha com o aumento observado nas receitas de junho, após um crescimento constante desde abril.

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Trump tem promovido os bilhões de dólares que estão entrando nos cofres públicos por meio das tarifas, mas esses encargos são pagos pelas empresas importadoras, com parte dos custos frequentemente repassada aos consumidores na forma de preços mais altos.

3- MRV&Co (MRVE3) tem prejuízo ajustado de R$ 774,7 milhões no 2T25 puxado por Resia nos EUA

O grupo MRV&Co (MRVE3) divulgou um prejuízo líquido ajustado de R$ 774,7 milhões no segundo trimestre de 2025, revertendo lucro de R$ 29,4 milhões apurado no mesmo período do ano passado, tendo as operações da subsidiária norte-americana Resia como principal fator para o resultado negativo.

A receita operacional líquida, por sua vez, totalizou R$ 2,7 bilhões no período, crescimento de 18% em relação ao faturamento do segundo trimestre de 2024, com impulso do segmento de incorporação da MRV&Co, que inclui as marcas MRV e Sensia.

Resia, que está em processo de reestruturação, teve um prejuízo líquido ajustado de R$ 886,9 milhões nos três meses encerrados em junho, com impacto da baixa contábil de US$ 144 milhões relacionada à venda de ativos antecipada no mês passado.

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Esse “impairment” envolve a perda estimada de US$ 81 milhões com vendas de terrenos e de mais US$ 63 milhões com o desinvestimento de projetos da chamada “safra legado”, que são ativos que serão vendidos abaixo do custo.

4- CVC (CVCB3) tem prejuízo de R$ 46,3 milhões no 2T25, alta de 109,4% no ano

CVC (CVCB3) registrou um prejuízo líquido de R$ 46,4 milhões no segundo trimestre deste ano, número 109,4% maior do que aquilo registrado no mesmo período de 2024.

A alta do prejuízo se deu mesmo com a CVC tendo registrado uma alta da receita líquida. O faturamento subiu 10% no ano, para R$ 348,2 milhões.

A CVC também registrou um menor custo de serviços prestados, que caiu 72,1%, para R$ 6,2 milhões, explicado, segundo a empresa, pela melhor negociação com fornecedores e melhor precificação de fretamentos.

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No entanto, as despesas com vendas, por conta dos maiores gastos com marketing e intermediações, cresceram 63,1%, para R$ 80,7 milhões. As despesas gerais e administrativas ficaram estáveis em R$ 248,2 milhões.

5- Porto Seguro (PSSA3) registra lucro de R$ 878 milhões no 2º trimestre, alta de 50,4%

Porto Seguro (PSSA3) anunciou que teve lucro líquido de R$ 878,1 milhões no segundo trimestre, um crescimento de 50,4% na comparação com o mesmo período de 2024.

Analistas, em média, esperavam resultado positivo da companhia de R$ 817,2 milhões, segundo dados da LSEG.

O grupo apurou receita total de cerca de R$ 10 bilhões entre abril e o final de junho, crescimento anual de 12%. O desempenho da empresa também foi impulsionado por um resultado financeiro positivo em R$ 376 milhões, mais que o dobro dos R$ 170 milhões apurados um ano antes.

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A perda com crédito no período somou R$ 520 milhões, crescimento de 20% ano a ano.

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.