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Ibovespa (IBOV) abre em queda com escalada das tensões tarifárias; 5 coisas para saber ao investir hoje (14)

14 jul 2025, 10:10 - atualizado em 14 jul 2025, 10:10
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Ibovespa abre em queda nesta segunda-feira (14). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (14) em queda, com a escalada da guerra comercial após novas tarifas de 30% sobre produtos do México e da União Europeia.

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Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira recua 0,06%, aos 136.102,26 pontos.



O dólar à vista subia ante o real nas primeiras negociações do dia, conforme os investidores reagiam às mais recentes ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos seus principais parceiros, com dados econômicos do Brasil também no radar.

No mesmo horário, a moeda norte-americana subia 0,44%, a R$ 5,5503 na venda.

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Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta segunda-feira (14): 

1 – Trump coloca mais lenha na fogueira e escala tensões comerciais

Trump intensificou sua agenda tarifária no fim de semana ao anunciar uma nova rodada de medidas contra diversos parceiros comerciais.

Em uma ofensiva que reacende o temor de uma nova guerra comercial global, Trump confirmou tarifas de 35% sobre produtos canadenses e prometeu impor alíquotas de 30% sobre importações do México e da União Europeia a partir de 1º de agosto.

Em resposta, a União Europeia já sinalizou que está pronta para reagir. Segundo declarações do ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, o bloco poderá impor tarifas retaliatórias de mais de US$ 21 bilhões, caso não haja um acordo com Washington.

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Apesar da ameaça, os europeus decidiram manter suspensas as contramedidas até o início de agosto, na expectativa de avançar nas negociações.

2- Exportadores da China correm para superar próximo prazo de Trump para tarifas

As exportações da China recuperaram o ímpeto em junho, uma vez que as empresas se apressaram em enviar pedidos para capitalizar uma frágil trégua tarifária com os EUA antes do prazo do próximo mês, com remessas para os centros de trânsito do Sudeste Asiático particularmente fortes.

Os produtores chineses, que enfrentam uma demanda fraca no país e condições mais severas nos Estados Unidos, onde vendem mais de US$ 400 bilhões em mercadorias por ano, também estão protegendo suas apostas e correndo para conquistar participação de mercado em economias mais próximas.

Dados da alfândega divulgados nesta segunda-feira mostraram que os embarques da China aumentaram 5,8% em junho em relação ao ano anterior, superando a previsão de alta de 5,0% em uma pesquisa da Reuters e o crescimento de 4,8% em maio.

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As importações avançaram 1,1% após um declínio de 3,4% em maio. Os economistas previam aumento de 1,3%.

3- Economistas veem freio na inflação e dólar mais fraco até 2028

Os economistas ouvidos pelo Banco Central cortaram a projeção para a inflação de 2025 pela sétima semana seguida, de 5,18% para 5,17%. Para 2026, 2027 e 2028, as apostas seguem em respectivos 4,50%, 4% e 3,80%, mostra o Boletim Focus.

Já as expectativas para o câmbio foram todas ajustadas, diante da previsão de um dólar mais fraco:

  • 2025: de R$ 5,70 para R$ 5,65
  • 2026: de R$ 5,75 para R$ 5,70
  • 2027: de R$ 5,75 para R$ 5,71
  • 2028: de R$ 5,80 para R$ 5,76

A aposta para o Produto Interno Bruto (PIB) do próximo ano subiu de 1,86% para 1,89%. Para 2025, os economistas esperam um crescimento de 2,23% e, para 2027 e 2028, a projeção segue em 2%.

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Quanto à Selic, a expectativa é de uma taxa de 15% ao final de 2025. Para os anos de 2026, 2027 e 2028, as perspectivas do Focus são de 12,50%, 10,50% e 10%, respectivamente.

4- Prévia do PIB cai 0,7% em maio

O indicador mensal de atividade econômica (IBC-Br) registrou queda de 0,7% em maio, mostra dado divulgado pelo Banco Central (BC).

A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) subiu a 3,2% na comparação com o mesmo mês de 2024, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 4,0%. A expectativa do mercado era de que o índice ficaria estável no quinto mês do ano, segundo as projeções do Investing.com.

O IBC-Br de impostos foi o destaque e recuou 1% em maio, seguido por indústria, com queda de 0,5%. Já o indicador de ex-agropecuária caiu 0,3% e o de serviços ficou estável. Na edição anterior, de abril, a prévia do PIB teve alta mensal de 0,2% e anual de 4,0%.

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A última leitura fechada do PIB mostra que a economia cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025 (1T25). A expectativa entre analistas é de perda de força da economia em 2025, conforme o aperto monetário realizado pelo BC passe a surtir efeito.

5 – Irani (RANI3) fecha contrato de arrendamento com Âmbar por 10 anos para extração de goma resina

Irani Papel e Embalagem (RANI3) anunciou que a sua subsidiária, Habitasul Florestal, fechou um contrato de arrendamento rural com a Âmbar Florestal, após cumprir com os pré-requisitos para a transação.

Em um fato relevante ao mercado, a empresa disse que a HFlor arrendou a totalidade das florestas localizadas no Estado do Rio Grande do Sul para a Âmbar, com a finalidade de extração de goma resina, pelo período de dez anos.

A empresa não divulgou detalhes financeiros sobre a transação. O arrendamento segue a decisão da Irani de encerrar as atividades da fábrica de destilação de goma resina extraída de florestas de Pinus em Balneário Pinhal, Rio Grande do Sul, anunciada no dia 26 de março.

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Contudo, o contrato dependia do cumprimento de certas condições, tais como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.