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Ibovespa (IBOV) abre sem direção com risco fiscal de volta após pacote do governo; 5 coisas para saber ao investir hoje (14)

14 ago 2025, 10:20 - atualizado em 14 ago 2025, 10:20
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Ibovespa abre sem direção nesta quinta-feira (14). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quinta-feira (14) sem direção certa com risco fiscal de volta com o pacote de medidas apresentado pelo governo e corporativo ainda no radar.

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Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira opera em estabilidade com leve queda de 0,05%, aos 136.621,37 pontos.



O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nas primeiras negociações desta quinta-feira, conforme os investidores seguiam de olho em novidades sobre o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos, com a perspectiva para o Federal Reserve e dados econômicos também no radar.

No mesmo horário de abertura do índice, porém, a moeda norte-americana avança 0,14%, a R$ 5,4085 na venda.

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Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta quinta-feira (14): 

1- Governo anuncia pacote de medidas para reduzir impactos do tarifaço

Ontem, o governo anunciou o pacote de medidas que inclui R$ 30 bilhões em linha de crédito, aportes de R$ 4,5 bilhões em diferentes fundos garantidores e até R$ 5 bilhões em créditos tributários a exportadores.

Também haverá uma prorrogação de um ano no prazo do mecanismo aduaneiro que permite a suspensão ou isenção de tributos incidentes na aquisição de insumos usados na fabricação de produtos exportados. Além da ampliação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), com concessões de créditos tributários de até R$ 5 bilhões até dezembro de 2026.

O problema é que o efeito do tarifaço sobre as contas públicas ainda não pode ser calculado com precisão, o que reacendeu as preocupações com o risco fiscal. Como se trata de crédito extraordinário, a iniciativa fica fora do limite de despesas do novo arcabouço fiscal, mas continua enquadrada na meta de resultado primário de déficit zero para 2025.

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A apreensão do mercado é que essas ações se tornem permanentes, funcionando, na prática, como mais um instrumento de política industrial.

2- EUA revogam vistos de membros do governo brasileiro por participação no programa Mais Médicos

O Departamento de Estado dos Estados Unidos tomou medidas para revogar e restringir os vistos de vários funcionários do governo brasileiro, ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e seus familiares, disse o secretário de Estado, Marco Rubio, em um comunicado nesta quarta-feira, alegando cumplicidade com o “trabalho forçado” do governo cubano por meio do programa Mais Médicos do Brasil.

No comunicado foi apontada a revogação dos vistos de Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, apontados como tendo responsabilidade pela implementação do programa, em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Rubio disse ainda que autoridades da África, de Cuba e de Granada também tinham sido afetadas, mas sem as nomear.

Procurados, a Presidência da República e o Ministério das Relações Exteriores não comentaram a suspensão de vistos dos brasileiros num primeiro momento.

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Sales e Kleiman eram na época, respectivamente, secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde e assessor internacional do Ministério durante a gestão de Alexandre Padilha, que hoje está de novo à frente do ministério. Na função, Sales era o responsável pela implementação e coordenação do programa. Já Kleiman atuava na relação com o governo cubano.

3- Hapvida (HAPV3) tem queda de quase 70% no lucro líquido ajustado do 2T25

Hapvida (HAPV3) apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 148,9 milhões no segundo trimestre, declínio de 69,6% ante a mesma etapa do ano passado, com menor desempenho operacional. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da empresa caiu 26,6% no trimestre, para R$ 703,3 milhões.

Excluindo um impacto não recorrente do ReSUS, o Ebitda caiu 1,6% ano a ano, para R$ 905,4 milhões, acrescentou a empresa.

Analistas, em média, esperavam um lucro de R$ 223,7 milhões e um Ebitda de R$ 837,7 milhões para a operadora de saúde no trimestre de abril a junho, segundo pesquisa da LSEG.

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A receita líquida do período totalizou R$ 7,67 bilhões, um aumento de 7,3% ante o segundo trimestre de 2024, impulsionada principalmente pelo crescimento de 7,7% na linha de planos de saúde, resultado dos reajustes de preços realizados.

A Hapvida também registrou uma adição líquida de 57,7 mil clientes em planos de saúde no período, movimento atribuído à retomada comercial após efeitos sazonais do primeiro trimestre.

4- JBS (JBSS32) aumenta lucro em 61% no 2T25, para US$ 528,1 milhões

JBS (JBSS32) registrou lucro líquido de US$ 528,1 milhões no segundo trimestre de 2025, alta de 60,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida consolidada somou US$ 21 bilhões, representando um crescimento de 9% na comparação com o 2º trimestre de 2024.

Durante o período, aproximadamente 75% das vendas globais da JBS foram geradas nos mercados domésticos em que a companhia atua, e 25% por meio de exportações.

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O Ebitda ajustado da companhia atingiu US$ 1,8 bilhão (queda de 7,4%), com margem de 8,4%. A rentabilidade reflete o ainda desafiador ciclo da carne bovina nos Estados Unidos e o ambiente geopolítico global, que impactaram principalmente os resultados da JBS Beef North America e JBS USA Pork.

Por outro lado, os resultados de Pilgrim’s Pride, Seara e JBS Australia ajudaram a compensar parcialmente a queda na margem do Ebitda.

5- Raízen (RAIZ4) tem prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão no 1° tri da safra 2025/26

Raízen (RAIZ4) registrou prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre da safra 2025/26, após registrar lucro de R$ 1,1 bilhão no mesmo período da safra anterior (2024/25), com impacto de deterioração no desempenho operacional do período.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia caiu 23,4% nos primeiros três meses da safra 2025/26 em relação à mesma etapa do ano safra anterior, totalizando R$ 1,9 bilhão, abaixo da expectativa média de analistas de R$ 2,16 bilhões, segundo pesquisa da LSEG.

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Analistas também esperavam um prejuízo menor, de R$ 884,7 milhões, de acordo com média das estimativas reunidas pela LSEG.

A Raízen afirmou em release que os resultados estão em linha com o plano operacional, apesar de impactos negativos de fatores conjunturais, como condições climáticas adversas no início da safra e perdas de inventário que pressionaram margens no Brasil e na Argentina, além da extensão da manutenção da refinaria de Buenos Aires.

Na gestão financeira, a empresa substituiu dívidas de curto prazo por linhas de longo prazo mais competitivas, reduziu operações de convênios com fornecedores — o que contribuiu para o aumento do endividamento — e reforçou o caixa. As operações de desinvestimento devem simplificar o portfólio e fortalecer a estrutura financeira.

Os investimentos seguem dentro do previsto, com foco na segurança operacional, renovação e manutenção de canaviais, expansão da rede de postos Shell e conclusão de projetos de E2G e da refinaria na Argentina.

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*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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