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Ibovespa (IBOV) abre em queda com crise dos EUA e Bolsonaro no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (17)

18 jul 2025, 10:13 - atualizado em 18 jul 2025, 10:18
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Ibovespa abre em queda nesta sexta-feira (18). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (18) em queda com tensão entre Brasil e EUA e após operação contra Bolsonaro.

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Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira cai 0,02%, aos 135.538,88 pontos.



O dólar à vista subia ante o real nas primeiras negociações de hoje, conforme os investidores seguiam de olho na resposta brasileira à ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifa de 50% ao país, enquanto ainda reagiam ao desempenho recente da maior economia do mundo.

No mesmo horário, a moeda norte-americana subia 0,29%, a R$5,5640 na venda.

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Day Trade: Índices futuros em espera nesta sexta (18); Compre Minerva (BEEF3) e venda BB Seguridade (BBSE3)

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Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta sexta-feira (18): 

1 – Jair Bolsonaro é alvo de operação da Polícia Federal

Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, e em locais associados ao Partido Liberal (PL).

Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro será monitorado com tornozeleira eletrônica e foi levado à sede da PF para a instalação do equipamento.

A decisão faz parte de um conjunto de medidas cautelares impostas ao ex-presidente, que agora também está obrigado a cumprir recolhimento domiciliar noturno, entre 19h e 7h da manhã.

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A operação ocorre em meio à escalada de tensão entre Brasil e Estados Unidos, após o presidente norte-americano Donald Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Entre as exigências para reverter as sanções, Trump incluiu o encerramento da ação penal contra o ex-presidente, que ele tem classificado publicamente como alvo de “perseguição política”.

2- Trump envia carta à Bolsonaro e vincula tarifas novamente a julgamento

Trump voltou a vincular na quinta-feira (17) a adoção de tarifa comercial sobre os produtos do Brasil ao julgamento por tentativa de golpe de Estado do ex-presidente Jair Bolsonaro, conforme carta enviada pelo norte-americano ao brasileiro.

Na carta, cuja tradução em português foi publicada por Bolsonaro na rede social X, Trump fala de suposto “tratamento terrível” recebido pelo ex-presidente “pelas mãos de um sistema injusto voltado contra você”.

“Esse julgamento deve acabar imediatamente!”, escreveu Trump, para acrescentar em outro trecho da carta: “Tenho manifestado fortemente minha desaprovação tanto publicamente quanto por meio da nossa política tarifária”.

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3- Lula chama de ‘chantagem inaceitável’ tarifa imposta por EUA

O presidente do BrasilLuiz Inácio Lula da Silva, fez na noite desta quinta-feira (17) um pronunciamento transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão, e nas suas redes socias. Com o título “Brasil Soberano”, Lula chamou de “chantagem inaceitável” a imposição de tarifas de 50% aos produtos brasileiros pelo governo dos Estados Unidos a partir de 1º de agosto, anunciada por Donald Trump em carta ao governo brasileiro.

Lula afirma que o governo do Brasil fez cerca de 10 reuniões com representantes dos EUA para negociar um acordo comercial. “Desde o dia 16 de maio, esperávamos uma resposta”, afirma o presidente brasileiro.

“O que veio foi uma chantagem inaceitável em forma de ameaças contra as instituições brasileiras, e com informações falsas sobre o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos”, disse Lula.

Sobre a alegação de Trump, de que ocorre no Brasil uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por parte do Supreto Tribunal Federal (STF), Lula afirmou que “tentar interferir na Justiça brasileira é um grave atentado à soberania nacional”.

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Lula adotou um tom duro ao se referir a políticos que apoiam a decisão do governo dos EUA. “São verdadeiros traidores da pátria. Apostam no quanto pior, melhor. Não se importam com a economia do país, e com os danos causados ao nosso povo”, completou.

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4- Totvs (TOTS3) desmente busca por financiamento para compra da Linx

TOTVS (TOTS3) negou que esteja em busca de bancos para financiar uma eventual aquisição da Linx, conforme publicado pelo portal Broadcast. Em fato relevante, a companhia reiterou que ainda está em um período de exclusividade nas negociações com a STNE Participações S.A., mas não firmou nenhum contrato definitivo até o momento.

“Até este momento, não solicitou proposta de financiamento para a potencial aquisição”, afirmou a empresa.

A TOTVS já havia comunicado ao mercado sobre o início das conversas em 25 de abril de 2025, com nova confirmação em 23 de junho. A transação em discussão envolve o negócio de software da Linx, atualmente sob o controle da Stone.

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A empresa informou que continuará mantendo o mercado atualizado sobre “eventuais desdobramentos relevantes”.

5 – Eztec (EZTC3) dispara lançamentos no 2º tri e alcança melhor 1º semestre da sua história

Eztec (EZTC3) reportou um salto de 160% nos lançamentos do segundo trimestre de 2025, totalizando R$ 490 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV) considerando apenas sua participação. No mesmo período de 2024, os lançamentos somaram R$ 188 milhões.

Ao todo, foram três empreendimentos: o Lume House, de médio padrão, na zona leste de São Paulo, com 15% das unidades vendidas; o Alt Studios, na zona sul, com 36% vendido; e o Moved Osasco, na Região Metropolitana, que também alcançou 36% de vendas.

Apesar da expansão no portfólio, as vendas líquidas no trimestre recuaram 3,7% em relação ao ano anterior, para R$ 489 milhões. A VSO (Velocidade de Vendas) caiu de 16,6% para 15,2%, enquanto o preço médio das unidades vendidas caiu 7,7%, para R$ 639 mil. Os distratos, por sua vez, avançaram 43,8%, somando R$ 68,8 milhões.

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No acumulado do ano, a Eztec afirma ter alcançado o melhor primeiro semestre da sua história, com lançamentos que somaram R$ 1,106 bilhão (+69% em base anual) e vendas líquidas de R$ 866,78 milhões, alta de 8,3%.

estoque total da companhia ao fim de junho foi avaliado em R$ 2,7 bilhões, sendo 50,4% em obras, 27,2% em fase de lançamento e 22,4% prontos para entrega.

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.