Mercados

Ibovespa (IBOV) abre de lado, com Oriente Médio e Petrobras no radar: 5 assuntos para saber antes de investir hoje (19)

19 abr 2024, 10:17 - atualizado em 19 abr 2024, 10:17
ibovespa
Conflito no Oriente Médio, falas de Campos Neto e reunião da Petrobras podem mexer com o Ibovespa hoje (19) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (19) sem direção definida e tinha leve avanço de 0,06%, a 124.265 pontos, por volta de 10h10. Na véspera, o índice fechou estável, em dia de grande volatilidade, com o mercado refletindo as falas de Campos Neto e Fernando Haddad.

Nesta sexta, Campos Neto está novamente nos holofotes. Ele deve discursar no último de evento do Fundo Monetário Internacional (FMI) nos Estados Unidos.

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O dólar avançava frente ao real, voltando a ganhar fôlego com novo susto geopolítico após notícias de ataque de Israel ao Irã, embora o pessimismo fosse limitado pela percepção de que não haverá escalada no conflito do Oriente Médio.

Day Trade:

Radar do Mercado:

5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta sexta (19)

Israel ataca Irã e volta a pressionar investidores

O alívio em relação ao Oriente Médio foi temporário. Segundo informações dos EUA, Israel realizou um ataque direto contra o Irã nesta madrugada. Houve relatos de explosões na cidade iraniana de Isfahan.

Israel já tinha avisado que faria uma retaliação contra os ataques que sofreu no final de semana, quando o Irã lançou um ataque com mais de 300 drones e mísseis contra o território israelense.

Com a escalada da tensão, o petróleo voltou a dar sinais de alta. O preço da commodity chegou a disparar quase 4% ao longo da noite, ultrapassando os US$ 90. No entanto, a cotação voltou a cair agora de amanhã, aliviando um pouco a pressão sobre o petróleo.

O analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, aponta que o Ocidente passou a madrugada analisando possíveis consequências da reação de Israel aos ataques.

“Nesta sexta-feira, os mercados acionários asiáticos sofreram quedas significativas, refletindo o agravamento das tensões geopolíticas no Oriente Médio e as contínuas preocupações sobre as altas taxas de juros nos Estados Unidos, que têm afetado negativamente o ânimo dos investidores”, avalia.

Mais falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem mais um dia diante dos holofotes. Nesta sexta-feira (19), ele deve discursar no último de evento do FMI nos EUA.

Nos últimos dias, as falas de Campos Neto andaram causando na bolsa de valores brasileira. Na quarta-feira, ele sinalizou que os cortes de juros podem ser reduzidos caso o risco fiscal aumente.

Em reunião com investidores, organizada pela XP, Campos Neto destacou que a “revisão fiscal pode custar caro para a política monetária”. No início da semana, o ministro Fernando Haddad confirmou mudanças na meta fiscal de ano que vem. O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, encaminhado ao Congresso, prevê déficit primário zero.

Reunião de administração da Petrobras (PETR4)

Hoje, ocorre reunião de administração da Petrobras (PETR4), que pode trazer novidades sobre os dividendos extraordinários da companhia.

A diretoria executiva propõe a distribuição de 50% dos lucros, com o apoio do presidente da estatal, Jean Paul Prates e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enquanto os ministros Alexandre Silveira e Rui Costa sugerem um limite de 30%.

“As divergências políticas podem complicar as decisões. Ainda não está claro se essa deliberação ocorrerá hoje ou será adiada para 25 de abril” avalia o analista Matheus Spiess.

Petz (PETZ3) e Cobasi anunciam acordo para fusão

Petz (PETZ3)e a Cobasi acertaram um memorando de entendimento não vinculante para combinarem seus negócios, conforme comunicado da Petz ao mercado nesta sexta-feira (19).

As empresas estão entre as maiores do setor de produtos e serviços para animais no Brasil e o grupo combinado deve produzir uma receita de R$ 6,9 bilhões, com um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 464 milhões, conforme dados de 2023 citados pela Petz.

A companhia afirmou que a relação de troca entre as empresas foi calculada considerando um preço por ação da Petz de R$ 7,10, mais que o dobro do valor de fechamento do papel na véspera, a R$ 3,50.

“A operação implicará na união de duas companhias com modelos de negócios e direcionamentos estratégicos similares, com o fortalecimento da omnicanalidade na plataforma combinada, ganho de escala e potencialização da estratégia comercial”, diz o comunicado.

Para Fernando Siqueira, analista da Guide Investimentos, a notícia será bem recebida pelos investidores. Ele destaca que a fusão já era esperada, no entanto, o quando ainda era incerto.

“Além das sinergias, que devem ser elevadas, o valuation da Petz na transação foi elevado”, pondera.

Vibra (VBBR3) pagará R$ 1,6 bi em dividendos e JCPs

Vibra (VBBR3) aprovou na quinta-feira (18) o pagamento de R$ 1,604 bilhão, o equivalente a R$ 1,438911205 por ação e, aproximadamente, 35,7% do lucro líquido ajustado para determinação dos dividendos apurado no exercício social findo em 31 de dezembro de 2023.

*Com Reuters

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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