Mercados

Ibovespa (IBOV) abre em queda de olho em falas de Powell; 5 coisas para saber ao investir hoje (25)

25 jun 2025, 10:08 - atualizado em 25 jun 2025, 10:08
ibovespa-ibov-acoes-fechamento
Ibovespa abre em queda nesta quarta-feira (25). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quarta-feira (25) em queda, de olho no segundo dia de sabatina de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, no Congresso norte-americano.

Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,02%, aos 137.142,41 pontos, após variar entre o positivo e o negativo.



O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nas primeiras negociações do dia, conforme os investidores acompanhavam notícias sobre o conflito entre Israel e Irã e aguardavam a realização de dois leilões simultâneos pelo Banco Central durante a manhã.

No mesmo horário, a moeda norte-americana avançava 0,51% ante o real, a R$ 5,5385.

Radar do mercado

Day Trade

Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta terça-feira (25): 

1 – Powell pode azedar humor do mercado

O presidente do Federal Reserve participa do seu segundo dia de sabatina no Congresso norte-americano. Ontem, ele passou pela Câmara dos Representantes e hoje fará seu depoimento e responderá perguntas no Comitê Bancário do Senado.

O discurso deve ser o mesmo da véspera: ainda é cedo para o Fed considerar uma redução das taxas de juros nos Estados Unidos.

“As mudanças nas políticas continuam a evoluir, e seus efeitos sobre a economia permanecem incertos”, disse Powell na terça-feira (24). “Por enquanto, estamos bem posicionados para esperar para saber mais sobre o provável curso da economia antes de considerar quaisquer ajustes em nossa postura de política”, completou.

Apesar das pressões de Donald Trump para o corte de juros, Powell reforçou que as tarifas anunciadas no início do ano devem ter algum impacto na economia, embora a extensão ainda não esteja clara. Segundo ele, pode tanto resultar em uma pressão de curto prazo na inflação quanto ter efeitos mais persistentes.

2 – Haddad fala da preocupação com a Selic em 15%

O mercado deve repercutir falas da equipe econômica. Em entrevista à TV Record, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo federal pretende “congelar” as discussões sobre a elevação das despesas públicas.

“Aumento de gasto público é quando tem necessidade de fazer, em que se faz necessário. Estamos num momento que vamos congelar o debate sobre aumento de gastos, até encontrar o caminho da sustentabilidade dos gastos. Neste momento, nenhum aumento de gasto é bem-vindo, a não ser os imprescindíveis”, afirmou.

O ministro ainda se mostrou preocupado com o nível atual da taxa básica Selic e disse que a considera muito restritiva em relação às projeções de inflação.

Segundo Haddad, o prosseguimento do ciclo de alta visto na decisão mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom) é uma herança do ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que o atual chefe da autarquia, Gabriel Galípolo, não pode desfazer.

“Essa alta, sendo muito honesto, quem é do ramo sabe, foi contratada na última reunião da qual participou o Roberto Campos, em dezembro. É como se tivesse estabelecido uma contratação futura da taxa. Não dá para dar cavalo de pau em política monetária“, completou.

3 – Câmara pode analisar projeto que derruba decreto do IOF nesta quarta (25)

O projeto de decreto legislativo (PDL) que busca derrubar decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que trata do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) estará na pauta desta quarta-feira na Câmara dos Deputados, disse na noite de terça o presidente da Casa, Hugo Motta.

Em publicação no X, Motta disse que também estarão na pauta da Câmara nesta quarta um projeto de lei que isenta de imposto de renda quem ganha até dois salários mínimos mensais.

Estarão ainda sob apreciação dos deputados, de acordo com a publicação de Motta, duas medidas provisórias: uma que autoriza uso de até R$ 15 bilhões por ano do Fundo Social para habitação popular e permite ao governo leiloar óleo e gás excedente, com potencial de arrecadar até R$ 20 bi, e uma segunda que permite a contratação de crédito consignado por trabalhadores do setor privado.

O decreto do IOF revogou um decreto anterior, de 22 de maio, que havia elevado as alíquotas do imposto para diversas operações, buscando assegurar o cumprimento da meta fiscal do ano.

Com o novo decreto, editado após forte reação negativa do Congresso e dos setores atingidos, o governo voltou atrás em parte dos aumentos promovidos no mês anterior, mas ainda manteve a taxação mais elevada para uma série de operações.

4 – Vale (VALE3) anuncia eleição de Gustavo Pimenta para a presidência do conselho da Vale Base Metals

Vale (VALE3) informou uma mudança no conselho de administração da subsidiária Vale Base Metals. Segundo o documento, Mark Cutifani deixará a presidência.

A companhia informa ainda a eleição de Gustavo Pimenta, atual membro do conselho, como novo presidente do conselho de administração da controlada. A efetivação das mudanças ocorrerá em julho.

Segundo a Vale, a nomeação garante continuidade de liderança e alinhamento com os objetivos estratégicos mais amplos da Vale no segmento de metais para a transição energética.

“Mark trouxe à Vale Base Metals sua visão estratégica e vasta experiência, o que contribuiu significativamente para o fortalecimento da companhia”, disse Pimenta.

5 – Multiplan (MULT3) anuncia R$ 120 milhões em JCP e novo programa de recompra de ações

Multiplan (MULT3) comunicou o pagamento de R$ 120 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP) correspondente a R$ 0,246 por ação, a título de proventos intermediários, utilizando parte do saldo da conta de reservas de lucros.

Terão direito os acionistas inscritos nos registros em 27 de junho de 2025, sendo que as ações da companhia serão negociadas “ex juros” a partir de 30 de junho de 2025.

O pagamento será realizado aos acionistas até 30 de junho de 2026, com retenção de 15% (quinze por cento) de imposto de renda na fonte, exceto para isentos conforme legislação.

Os juros sobre o capital próprio serão imputados ao dividendo mínimo obrigatório relativo ao exercício social a se encerrar em 31 de dezembro de 2025.

A Multiplan também aprovou na terça um novo programa de recompra de ações. Segundo a empresa, o programa tem por objetivo aplicar recursos disponíveis para maximizar a geração de valor para os acionistas.

A companhia poderá adquirir até 10 milhões de ações ordinárias nominativas de sua própria emissão. O prazo máximo para a negociação das operações autorizadas será de 12 meses, iniciando-se em 25 de junho de 2025 e encerrando-se em 25 de junho de 2026.

*Com informações de Reuters

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar