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Ibovespa (IBOV) abre em alta com IPCA-15 e retorno de Wall Street no radar; 5 coisas para saber ao investir hoje (27)

27 maio 2025, 10:17 - atualizado em 27 maio 2025, 10:18
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Ibovespa abre em alta nesta terça-feira (27). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta terça-feira (27) em leve alta, repercutindo os dados do IPCA-15 e volta da liquidez do mercado internacional após feriado dos Estados Unidos.

Por volta das 10h04 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira avançava 0,05%, aos 138.210,94 pontos.



O dólar à vista tinha leve baixa ante o real nas primeiras negociações desta terça-feira, à medida que os investidores seguem de olho em notícias sobre a política comercial dos Estados Unidos, enquanto avaliam dados de inflação no Brasil.

Às 9h07 (horário de Brasília), o dólar caía 0,17%, a R$ 5,6658 na venda.

Day Trade

Radar do mercado

Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta terça-feira (27)

1 – Volatilidade na Casa Branca desgasta confiança no cenário americano

O retorno dos mercados após o feriado nos Estados Unidos é influenciado pelo comportamento errático da Casa Branca sob Donald Trump. Após ameaçar, na sexta-feira (23), impor tarifas de 50% sobre produtos europeus a partir de junho, o ex-presidente recuou e adiou a medida para julho — uma estratégia já conhecida de lançar o choque, medir a reação e recuar parcialmente.

Para Matheus Spiess, economista e analista da Empiricus, esse padrão repetitivo começa a desgastar até os que antes se beneficiavam da imprevisibilidade como ferramenta de negociação. “O problema é que o ruído deixou sequelas”, observa. O dólar segue pressionado, operando próximo às mínimas recentes frente a moedas globais, em um reflexo direto da incerteza fiscal e da ausência de uma política comercial consistente.

O analista aponta que o ambiente econômico americano se mostra cada vez mais vulnerável a solavancos, com os investidores atentos aos dados de pedidos de bens duráveis e ao índice de sentimento do consumidor, que, segundo ele, tem sido cada vez mais influenciado por questões políticas. Falas de dirigentes do Federal Reserve também entram no radar e podem ajudar a calibrar as expectativas do mercado.

2- Crise do IOF aumenta tensão em Brasília

O anúncio das mudanças do Imposto Sobre Operações Financeira (IOF) desgastou a relação já difícil entre o Governo Federal e o Congresso.

A Câmara dos Deputados e o Senado já registraram mais de 20 propostas para suspender a medida, com apoio de representantes da indústria, agronegócio, varejo, bancos e seguradoras.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou em suas redes sociais que o Brasil “não precisa de mais um imposto” e que a Câmara tem sido parceira do Brasil ajudando a aprovar os bons projetos que chegam do Executivo, mas que “quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor”.

“O Executivo não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar”, completou.

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve ser convocado para explicar aos parlamentares o aumento no IOF.

Ainda não está claro se a equipe econômica aumentará o contingenciamento ou se anunciará uma nova medida de arrecadação. Em conversa com jornalistas, Haddad disse que tem até o fim de semana para decidir isso. No entanto, ele jogou a bola para o Legislativo, afirmando que o orçamento é uma responsabilidade de todos.

“Quando a gente olha para as contas e vê que muita despesa foi contratada sem fonte de financiamento, nós temos que compreender que nós temos que honrar os compromissos assumidos pelo Congresso, muitos deles compromissos constitucionais”, afirmou Haddad.

3- IPCA-15: Inflação sobe 0,36% em maio e acumula alta de 5,40% em 12 meses

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do Brasil, subiu 0,36% em maio, segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (27). O número indica uma desaceleração em relação à alta de 0,43% apurada em abril.

A inflação acumula alta de 2,80% no ano e de 5,40% em doze meses. No mês passado, esses números eram de 2,43% e 5,49%, respectivamente.

O acumulado de um ano do IPCA segue acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2025. O alvo é 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para baixo ou para cima.

4- Petrobras (PETR4) afirma que questão com o Fisco do Rio de Janeiro ‘não se trata de dívidas’

Petrobras (PETR4) confirmou disputa tributária com o Estado do Rio de Janeiro. No entanto, esclareceu ao mercado que não se trata de dívidas, mas sim de valores em processos administrativos e judiciais, motivados por discordâncias entre o Fisco estadual e a companhia.

O comunicado da petrolífera, enviado ao mercado na noite desta segunda-feira (26), ocorre após notícias circularem na mídia sobre refinanciamento de contencioso tributário junto ao Estado do Rio de Janeiro, com os valores citados como dívidas.

A Petrobras afirma que a cobrança dos valores não é cabível e oferece as garantias previstas na legislação quando necessário.

A Petrobras ressalta que analisa os aspectos técnicos, econômicos e jurídicos dos Programas de Regularização de Débitos Tributários publicados pela União, Estados e Municípios, segundo a política tributária aprovada por seu conselho de administração.

“Até a presente data, o Estado do Rio de Janeiro não publicou lei instituindo Programa de Regularização de Débitos com as condições e créditos elegíveis para adesão e não há qualquer decisão da companhia sobre esse tema”, diz a Petrobras.

5- Lojas Renner (LREN3) anuncia nova estrutura organizacional e saída de diretor executivo

A Lojas Renner (LREN3) comunicou nesta segunda-feira (26) que passará a operar com duas vice-presidências. A primeira será dedicada exclusivamente à marca Renner, integrando as áreas de Produtos e Operações.

Já a segunda será responsável pelas demais marcas do grupo: Youcom, Camicado, Ashua e Repassa. Ambas as estruturas irão se reportar diretamente ao Presidente da Companhia.

A nova estrutura tem como objetivo aumentar a agilidade na tomada de decisões, promover maior sinergia entre as unidades de negócios e garantir um crescimento mais eficiente e sustentável.

A Renner também anunciou a saída de Henry Costa, que renunciou ao cargo de Diretor de Produto, bem como às funções que exercia nas sociedades controladas pela companhia.

Costa deixa a empresa após 27 anos de contribuição, sendo os últimos seis à frente da Diretoria de Produto.

Os demais membros da Diretoria Estatutária seguem em seus cargos, com novas designações conforme registrado na ata da reunião do Conselho de Administração.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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