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Ibovespa (IBOV) defende 132 mil pontos e acompanha bom humor internacional; 5 coisas para saber ao investir hoje (29)

29 jul 2025, 10:22 - atualizado em 29 jul 2025, 10:22
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Ibovespa abre em alta nesta terça-feira (29). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (29) em alta acompanhando o bom humor dos mercados internacionais. O mercado aguarda a Super Quarta e mais negociações comerciais.

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Por volta das 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira avançava 0,18%, aos 132.368,08 pontos.



O dólar à vista tinha leve alta ante o real nas primeiras negociações desta terça-feira, conforme os investidores seguiam de olho na resposta do Brasil diante da aproximação do prazo de 1º de agosto para a imposição de tarifa de 50% pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros.

No mesmo horário, a moeda norte-americana caia 0,13%, a R$ 5,5848 na venda.

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Hoje (29), Intelbras (INTB3) e Motiva (MOTV3) divulgam os balanços do segundo trimestre de 2025.

Day Trade: Ibovespa futuro amplia perdas; compre CSAN3 e venda RENT3 nesta terça (29)

Radar do Mercado: Telefônica Brasil (VIVT3), Petz (PETZ3), Gol (GOLL54) e outros destaques desta terça-feira (29)

Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta terça-feira (29): 

1 – Haddad e Alckimin enviam plano de contingência à Lula

O governo brasileiro está focado em negociar com os Estados Unidos (EUA)tarifa de 50%. Ao menos é isso que reiteraram o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, após conversa com Lula.

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Haddad afirmou ontem (28) que Alckmin está à frente da negociação e já mantém “contato permanente” com as autoridades norte-americanas. “Tem havido conversas”, disse, em entrevista a jornalistas no Ministério da Fazenda, em Brasília.

“O foco é receber, da parte dos Estados Unidos, uma resposta às cartas que o Brasil enviou, no sentido de a gente buscar uma aproximação em relação ao que é relevante para eles e para nós.”

Em linha, o vice-presidente do Brasil afirmou que todo o empenho nesta semana será para resolver o problema. “Estamos dialogando, neste momento, pelos canais institucionais e pela via da reserva”, acrescentou, sem dar mais detalhes sobre a negociação.

Até agora, no entanto, não há sinais de que o presidente norte-americano, Donald Trump, possa adiar a implementação da tarifa anunciada no começo deste mês.

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Haddad e Alckmin apresentaram um plano de contingência a Lula na segunda-feira. De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, o governo trabalha com a certeza de que a taxação deve ser confirmada em 50%, porque não haveria tempo hábil para mudanças e, principalmente, pelas condições colocadas pelo presidente dos EUA.

2- EUA e China retomam negociações em Estocolmo para aliviar hostilidades tarifárias

Autoridades norte-americanas e chinesas iniciaram um segundo dia de negociações em Estocolmo nesta terça-feira (29) para resolver disputas econômicas de longa data e recuar da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

As reuniões podem não gerar grandes avanços imediatos, mas os dois lados podem concordar com outra prorrogação de 90 dias da trégua tarifária firmada em meados de maio. Também pode abrir caminho para uma possível reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, embora Trump tenha negado na terça-feira que esteja se esforçando para isso.

As delegações se reuniram por mais de cinco horas na segunda-feira em Rosenbad, o escritório do primeiro-ministro sueco no centro de Estocolmo.

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O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, foi visto chegando a Rosenbad na manhã desta terça-feira, após reunião separada com o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson. O vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, também chegou ao local.

Nenhum dos lados fez declarações após o primeiro dia de negociações.

A China enfrenta o prazo de 12 de agosto para chegar a um acordo tarifário duradouro com o governo de Trump, depois de chegar a acordos preliminares em maio e junho para encerrar semanas de escalada de tarifas e questões sobre minerais de terras raras.

Sem um acordo, as cadeias globais de oferta podem enfrentar uma nova turbulência com as tarifas dos EUA voltando a níveis de três dígitos, o que equivaleria a um embargo comercial bilateral.

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3- Minério de ferro fica acima de US$100/t em meio às negociações comerciais EUA-China

Os preços futuros do minério de ferro continuaram bem acima do nível psicológico de US$100 por tonelada nesta terça-feira, enquanto investidores monitoravam de perto as negociações comerciais renovadas entre a China e os EUA em busca de sinais de progresso.

O minério de ferro de referência de setembro na Bolsa de Cingapura subiu 1,9%, para US$102,7 a tonelada.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China apagou a perda registrada pela manhã, encerrando as negociações do dia com alta de 0,63%, a 798 iuanes (US$111,17) a tonelada.

As negociações entre as principais autoridades norte-americanas e chinesas em Estocolmo devem continuar na terça-feira para resolver as disputas econômicas de longa data entre as duas maiores economias do mundo.

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Embora as duas superpotências não tenham laços profundos em termos de comércio direto de aço e de minério de ferro, principal matéria-prima siderúrgica, os atritos comerciais podem obscurecer as perspectivas de demanda na China, disseram os analistas.

Também deu suporte aos preços do minério de ferro a queda nas chegadas de cargas, com as chegadas nos principais portos caindo 7,6% em relação à semana anterior, para 23,2 milhões de toneladas na semana de 27 de julho, segundo dados da consultoria Mysteel.

“Os fundamentos do mercado de minério de ferro estão relativamente saudáveis em meio à queda nas chegadas e à produção resiliente de ferro-gusa, dando suporte aos preços”, disseram analistas da Shengda Futures em nota.

Os mercados também aguardam os detalhes de uma reunião do Politburo chinês no final de julho, que deverá definir a política econômica do país para o resto do ano.

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4- Telefônica Brasil (VIVT3) tem lucro bilionário no 2T25, com Ebitda em crescimento; veja os números

Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, registrou um crescimento de 10% no seu lucro líquido do segundo trimestre de 2025 (2T25) em comparação com o mesmo período do ano passado, em resultado próximo do esperado por analistas no mercado.

A empresa, controlada pela espanhola Telefónica , apurou lucro líquido de R$ 1,34 bilhão nos meses de abril a junho, contra expectativa média de analistas de R$ 1,37 bilhão, segundo dados da LSEG.

No mesmo período, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Telefônica Brasil totalizou R$ 5,93 bilhões, avanço de 8,8% na base anual e praticamente em linha com expectativa de analistas de R$ 5,92 bilhões, ainda de acordo com informações da LSEG.

A margem Ebitda expandiu 0,6 ponto percentual, para 40,5%, de acordo com balanço financeiro divulgado nesta segunda-feira (28).

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Já a receita operacional somou R$ 14,65 bilhões no segundo trimestre, com crescimento de 6,7% no segmento móvel, que inclui o faturamento com serviço móvel e aparelhos e eletroeletrônicos, e avanço de 8% no negócio fixo, que envolve as receitas de FTTH, tecnologia que leva a fibra às residências; dados corporativos, TICs e serviços digitais; além de outras receitas fixas.

5- Gol (GOLL4) anuncia novo CFO com foco em eficiência e inteligência artificial

Gol (GOLL54) anunciou a nomeação de Julien Pascal François Imbert como novo diretor vice-presidente financeiro (CFO) e diretor de Relações com Investidores (DRI) da companhia. A eleição foi aprovada pelo Conselho de Administração em reunião realizada ontem, e o executivo assume o cargo oficialmente em 4 de agosto deste ano.

Com mais de 20 anos de experiência internacional, Julien traz no currículo passagens relevantes pelo Boston Consulting Group (BCG), onde atuou por 18 anos e liderou a prática de Operações no Brasil, além de integrar o Comitê Executivo da consultoria entre 2022 e 2025. O novo CFO também acumula experiência em auditoria e engenharia de controles de voo na Dassault Aviation, na França.

Segundo a Gol, o executivo possui forte atuação em estratégias de eficiência operacional, redução de custos e inteligência artificial — áreas consideradas chave para o atual momento da companhia aérea, que busca reforçar sua posição competitiva no mercado.

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*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.