Ibovespa (IBOV) abre em queda à espera das decisões de juros no Brasil e EUA; 5 coisas para saber ao investir hoje (30)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quarta-feira (30) em queda à espera das decisões de juros nesta Super Quarta e mais negociações comerciais.
Por volta das 10h10 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,43%, aos 132.156,00 pontos.
O dólar à vista tinha leve alta ante o real nas primeiras negociações do dia, conforme os investidores se posicionavam para as decisões de política monetária do Banco Central e do Federal Reserve, com o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos e dados também no radar.
No mesmo horário, a moeda norte-americana subia 0,43%, a R$ 5,5937 na venda.
Nesta quarta-feira (30), os destaques da temporada de balanços do segundo trimestre de 2025 (2T25) ficam para a Tim (TIMS3), o Santander (SANB11) e o Bradesco (BBDC4). Ecorodovias (ECOR3) e ISA Energia (ISAE4) também reportam seus resultados.
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Radar do Mercado: Petrobras (PETR4), Santander (SANB11), Ambipar (AMBP3) e outros destaques
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Confira os 5 assuntos que movimentam o Ibovespa nesta terça-feira (29):
1- O que esperar das decisões do Fomc e Copom?
Hoje é dia de Super Quarta, mas sem a habitual tensão em torno das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. As projeções indicam a manutenção dos juros em ambos os países.
Nos EUA, 96,9% das apostas monitoradas pelo CME Group apontam para a manutenção da taxa básica pelo Federal Reserve, entre 5,25% e 5,50% ao ano.
O foco recai sobre o comunicado que acompanhará a decisão, especialmente diante das pressões do presidente Donald Trump por cortes antecipados. O presidente do Fed, Jerome Powell, enfrenta críticas enquanto tenta equilibrar inflação, mercado de trabalho e crescimento, em meio às incertezas provocadas pela nova rodada de tarifas comerciais.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também deve manter a Selic em 15% ao ano. O governo tem reforçado a importância da estabilidade monetária diante de um cenário global mais volátil.
As tensões comerciais com os EUA ampliam as preocupações. A tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, que entra em vigor em agosto, tende a pressionar ainda mais uma economia já em desaceleração. Por outro lado, pode aliviar a inflação, com maior oferta de produtos no mercado interno.
2- PIB dos Estados Unidos sobe 3% no 2T25, mostra prévia
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos (EUA) subiu a uma taxa anual de 3% no segund0 trimestre de 2025 (2T25).
O número refletiu principalmente uma queda nas importações, que são uma subtração no cálculo do PIB, e um aumento nos gastos do consumidor, segundo o Bureau of Economic Analysis (BEA). Esses movimentos foram parcialmente compensados por quedas no investimento e nas exportações.
O resultado veio acima do reportado no mesmo período do ano passado, quando caiu 0,5%, e também acima às projeções do mercado, de +2,4%.
Em comparação ao primeiro trimestre, a recuperação do PIB real no segundo trimestre refletiu principalmente uma queda nas importações e uma aceleração nos gastos do consumidor, que foram parcialmente compensadas por uma queda no investimento.
Está é a primeira leitura do PIB do 2T25, a segunda está prevista para ser divulgada no dia 28 de agosto.
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3- Prazo está acabando para as negociações das tarifas
Além da decisão do Copom, os investidores também acompanham a melhora nas negociações com os EUA.
A Casa Branca estuda criar uma lista de exceções às tarifas aplicadas a diversos países. A medida incluiria produtos naturais que não são produzidos em território americano, o que pode abrir espaço para alívio ao agronegócio brasileiro.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que está em análise a possibilidade de uma conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Trump para tratar das restrições comerciais impostas pelos EUA aos produtos brasileiros.
4- Lucro do Santander (SANB11) vem abaixo do esperado no 2T25 e vai a R$ 3,6 bilhões
O Santander (SANB11) deu a largada na temporada de balanços dos grandes bancos, registrando um lucro líquido recorrente de R$ 3,659 bilhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), um crescimento de 9,8% em comparação com o mesmo intervalo de 2024 e de 5,2% em relação aos primeiros três meses do ano.
A expectativa da Bloomberg era de que o Santander lucrasse R$ 3,8 bilhões, uma variação próxima da estabilidade na comparação trimestral (queda de 0,9% t/t) — ainda que o primeiro trimestre seja sazonalmente mais fraco — e com alta anual de 14,8%. O número, portanto, veio abaixo do esperado.
Desta forma, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) ficou em 16,4% no período, acima das projeções de 16,3%.
Vale destacar que o Santander ainda tenta se recolocar nos eixos após a pior fase da crise gerada pelas Americanas no fim de 2022, quando o indicador chegou a atingir os 8,3%.
5- Petrobras (PETR4) fica mais próxima de bater 3 milhões de barris de óleo equivalente por dia
A Petrobras (PETR3;PETR4) divulgou seu relatório de produção e vendas referente ao segundo trimestre de 2025 (2T25). A companhia registrou aumento no volume de óleo equivalente extraído tanto na comparação anual quanto na trimestral, e está mais próxima da marca de 3 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed).
No período, foram 2,9 mihões de barris por dia, em média. Em relação ao primeiro trimestre de 2025 (1T25), houve um avanço de 5% na produção. Em relação ao segundo trimestre de 2024 (2T24), houve um aumento de quase 8%.
A petroleira bateu recorde na produção total própria no pré-sal. Foram 2,39 milhões de boed, ante o recorde anterior de 2,33 milhões, registrado no quarto trimestre de 2023.
Outro recorde atingido pela Petrobras entre abril e junho deste ano foi a produção total operada. Foram 4,19 milhões de barris de óleo equivalente por dia. A marca anterior era de 4,05 milhões, também do final de 2023. Esse número inclui os campos onde a Petrobras é operadora, em parceria com outras empresas. Esse volume representa um crescimento trimestral de 5,3%, e anual de 12,1%.
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*Com informações de Reuters