Mercados

Ibovespa (IBOV) desaba com dados preocupantes da China; Vale (VALE3) recua 4%

09 maio 2022, 17:04 - atualizado em 09 maio 2022, 17:04
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Ibovespa volta a cair forte, agora por conta dos dados nada animadores vindos da China (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O Ibovespa (IBOV) voltou a cair forte na sessão desta segunda-feira (9) em meio aos dados da China que mostraram uma desaceleração por parte da potência asiática.

Com isso, o índice imbicou para 1,89%, a 103.145,81 pontos, segundo dados preliminares. Analistas gráficos já alertam para a perda de 100 mil pontos do índice.

Entre os destaques de alta hoje, temos o Banco BTG (BPAC11) devido ao resultado positivo divulgado com recorde de lucro trimestral.

“Mercado gostou do resultado. BRF (BRFS3) sobe também. Ações chegaram a cair 12% na semana passada, mas hoje temos um movimento técnico de repique depois de ter caído muito.”, coloca Leandro Petrokas, analista CNPI-T e sócio da Quantzed.

Entre os destaques negativos, quedas de ações com múltiplos mais altos.

Locaweb (LWSA3) e TOTVS (TOTS3) caem, ou seja, nomes tech. E Magazine (MGLU3) seguindo bastante pressionada junto a outras empresas do varejo como Lojas Renner (LREN3), Via (VIIA3) e C&A (CEAB3). O setor de varejo segue bem pesado”, coloca Petrokas.

O que mexeu com os mercados?

Os contratos futuros de minério de ferro da China chegaram a tombar até 7% nesta segunda-feira, em baixa pela segunda sessão consecutiva, prejudicando os preços do aço em quase 4%. VALE3 caiu 4,09%.

As rigorosas restrições contra a Covid-19 na China levaram os traders a serem cautelosos e alimentaram preocupações sobre a demanda global.

A capital chinesa implementou rodadas de testes de Covid-19, fechou locais de entretenimento, proibiu serviços de refeições em restaurantes e pediu que funcionários em certas áreas trabalhem em casa, como parte dos esforços para persistir em sua dura abordagem contra a Covid.

“Apesar do saldo acima do esperado (US$ 51,12B, frente as expectativas de US$ 50,65B), a redução de -12,7% na importação de minério de ferro chamou atenção. Essa desaceleração reforça o temor de que os prolongados lockdowns estão afetando negativamente a atividade chinesa”, coloca André Meirelles, diretor de alocação e distribuição da InvestSmart XP.

Segundo ele, para o Ibovespa o cenário é duplamente negativo.

“Primeiro, a redução no preço das commodities tende a influenciar negativamente o índice, visto que mais de 30% de sua composição está atrelada ao setor. Além disso, o aumento da aversão ao risco tende a impactar fortemente as bolsas de países emergentes, pois o fluxo busca portos mais seguros”, argumenta.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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