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Ibovespa (IBOV), Focus e mais: 5 coisas para saber antes de investir nesta quinta (15)

15 fev 2024, 10:09 - atualizado em 15 fev 2024, 10:09
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Ibovespa (IBOV) volta oficialmente do feriado de Carnaval nesta quinta (15) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (15) em alta, avançando 0,25%, a 127.339 pontos, por volta das 10h04. Na véspera, o índice teve queda firme, em pregão de tempo de negociações reduzido, o índice perdeu 0,79%, a 127.018,29 pontos.



O dólar caía frente ao real na abertura desta quinta, após ter subido na véspera, com o mercado vendo dados econômicos decepcionantes de grandes economias como um sinal de que os principais bancos centrais não persistirão muito tempo com a política monetária restritiva.

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5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta quinta (15)

Ibovespa volta oficialmente do feriado

O Ibovespa (IBOV) volta oficialmente do feriado nesta quinta, após não operar na segunda e terça-feira devido ao Carnaval e com pregão mais curto na Quarta-Feira de Cinzas. O retorno de ontem não foi positivo, com o índice em engatando firme queda desde a abertura e encerrado com perdas de 0,79%.

Na terça-feira (13), em meio ao feriado, foram divulgados dados da inflação americana. O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) marcou avanço de 0,03% em janeiro – ante estimativa de um avanço de 0,02%. No ano, a inflação americana registrou alta de 3,1% no confronto anual.

Embora o CPI não seja o índice inflacionário preferido do Federal Reserve, o mercado usa esses números para balizar as recentes falas conservadoras dos dirigentes do banco central americano. E o resultado indica o que Jerome Powell vem insistindo: a inflação segue persistente e a autoridade monetária precisa de mais tempo para avaliar a trajetória de queda nos preços.

Na avaliação do analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, no Brasil, a repercussão nos mercados locais teria sido significativamente mais negativa caso a bolsa estivesse operando normalmente na terça-feira ou se o pregão de ontem fosse completo, em vez de apenas parcial.

“Graças à recuperação dos mercados americanos no dia anterior e à falta de novidades significativas no cenário interno, o Ibovespa conseguiu se sustentar acima dos 127 mil pontos. Isso não significa que a ressaca pós-Carnaval não tenha sido desagradável; apenas ressalta que já enfrentamos momentos mais turbulentos”, pontua.

Economistas voltam a subir as projeções para a inflação

Os economistas ouvidos pelo Banco Central voltaram a aumentar as projeções para a inflação neste ano, após os preços subirem 0,42% em janeiro — acima das expectativas do mercado.

De acordo com o Relatório Focusdivulgado hoje devido ao Carnaval, as projeções subiram de 3,81% para 3,82%. Para 2025, a projeção do índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também subiu de 3,50% para 3,51%.

A previsão de inflação voltou para dentro do teto da meta: as metas de inflação para 2024 e 2025 são de 3% conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Já a Selic deve encerrar o ano em 9%. Para 2025, 2026 e 2027, a projeção é de que a taxa básica de juros se mantenha em 8,50% ao ano. Vale lembrar que a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para dia 20 de março.

O Produto Interno Bruto (PIB) segue com a projeção de 1,60% em 2024. Além disso, a projeção para o dólar se manteve em R$ 4,92.

Haddad tem novo problema do fiscal para resolver

O ministro Fernando Haddad ainda nem resolveu a questão da desoneração da folha de pagamentos e um novo problema já pressiona o fiscal: o reajuste de servidores.

Segundo informações divulgadas pelo jornal Estadão, o governo vem sofrendo pressão dos funcionários públicos federais que exigem reajustes de salário e benefícios.

O grupo pede por aumentos entre 22,71% a 34,32%, enquanto o governo fala em um reajuste máximo de 19,3%. Os servidores ameaçam entrar em greve caso a solicitação não seja atendida.

Oficialmente, quem resolve essa questão é a ministra de Gestão, Esther Dweck. Mas o governo não está podendo se dar ao luxo de gastar mais, se quiser atingir a meta de zerar o déficit público já em 2024.

A princípio, o governo pode usar parte de crédito extra de R$ 15 bilhões para arcar com o reajuste.

B3 (B3SA3) registra queda de 11,1% no volume de negociações

B3 (B3SA3), dona da Bolsa brasileira, registrou queda de 11,1% no volume financeiro médio diário de negociações, no segmento de ações, na comparação de janeiro com dezembro. A média diária de negócios baixou de R$ 25,3 bilhões para R$ 22,5 bilhões no período. Na comparação com janeiro de 2023, quando a média era de R$ 25,5 bilhões, o tombo foi um pouco maior: 11,9%.

Com isso, janeiro é o segundo mês consecutivo de recuo no volume total de negócios da B3, no segmento de ações. Quando se considera o desempenho da companhia nos últimos meses, o quadro fica ainda pior.

Desde junho de 2023, o volume diário apresentou cinco quedas mensais. Para se ter uma ideia do tombo total, basta lembrar que, em junho, o volume diário negociado era de R$ 30,5 bilhões.

Jalles Machado (JALL3) reporta leve queda na receita líquida no 3T24, a R$ 495 milhões

Jalles Machado (JALL3) reportou receita líquida de R$ 495,9 milhões no terceiro trimestre da safra 2023/2024 (3T24), pequeno recuo de 2,6% na comparação com o mesmo período do ciclo anterior (3T23).

Já o Ebitda ajustado apresentou um avanço de 6,1% no mesmo comparativo, passando de R$ 313,5 milhões para R$ 332,7 milhões. Quanto ao lucro caixa, houve um forte tombo de 52,9%, passando R$ 31 milhões para R$ 14,6 milhões.

O lucro líquido da companhia encerrou o trimestre em R$ 75,8 milhões, ante montante positivo de R$ 450,7 milhões.

Na avaliação do analista Mateus Haag, da Guide Investimentos, em linhas gerais o anúncio é positivo. Ele destaca que, do lado negativo, a companhia teve queda nas receitas de etanol por conta do maior estoque, mas foram compensados pelas vendas de açúcar. As margens apresentaram ganho considerável no período.

“Esperamos que nos trimestres a frente a companhia tenha resultados fortes devido as melhores condições de mercado do etanol”, avalia.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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