Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) hoje quer ser a boa história, em dia de IPCA e após resultados da Petrobras

12 maio 2023, 8:01 - atualizado em 12 maio 2023, 8:23
Ibovespa descolou-se dos mercados internacionais nos últimos dias e chega nesta sexta-feira com valorização perto de 6% em 5 dias, o que abre espaço para realização (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) descolou-se dos mercados internacionais nos últimos dias e chega nesta sexta-feira (12) com um saldo positivo. Em cinco pregões, a bolsa brasileira acumula valorização próxima a 6%, o que pode abrir espaço para uma realização de lucros hoje.

Porém, os mesmos motivos que animam os investidores aqui, assustam os mercados lá fora. Isso porque a inflação mais fraca nos Estados Unidos não afasta o temor de uma recessão, em meio à crise dos bancos regionais e ao impasse do teto da dívida.

Aqui, a desaceleração do IPCA deixa a taxa Selic em 13,75% com os dias contados. Essa expectativa se reflete também no alívio do dólar, que está cada vez mais perto dos R$ 4,90, e dos juros futuros. Hoje, o índice oficial de preços ao consumidor brasileiro deve apenas confirmar a previsão da ministra Simone Tebet.

Com isso, quem rouba a cena é a Petrobras. A estatal petrolífera salvou o pregão do Ibovespa ontem (11), ao anunciar dividendos bilionários. Depois do fechamento do pregão, informou também o segundo maior lucro da história para um primeiro trimestre.

Ibovespa quer ser a boa história

Lá fora, os recibos de ações (ADRs) da Petrobras apagaram a queda e podem tentar pegar carona nos ganhos do petróleo. Já a Vale sente o novo tombo do minério de ferro, em meio às preocupações com o ritmo da atividade chinesa

Aliás, uma sequência de indicadores econômicos ruins nos EUA e na China pressionam os ativos de risco globais. Porém, ao que tudo indica, o Brasil está se desvinculando desses sinais de desaceleração e caminha para ser a boa história do mundo.

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 8h:

EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,40%; o do S&P 500 tinha alta de 0,39% e o Nasdaq avançava 0,20%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) tinha baixa de 0,17% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Petrobras subiam 0,18%, enquanto os da Vale caíam 0,44%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,54%; a bolsa de Frankfurt subia 0,48%, a de Paris ganhava 0,83% e a de Londres avançava 0,35%

Ásia: a Bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,90%; na China, Hong Kong teve queda de 0,59% e a Bolsa de Xangai recuou 1,12%;

Câmbio: o índice DXY subia 0,03%, 102.09 pontos; o euro caía 0,09%, a US$ 1,0906; a libra subia 0,22%, a US$ 1,2537; o dólar subia 0,09% ante o iene, a 134,68 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,417%, de 3,389% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,916%, estável na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro caía 0,43%, a US$ 2.011,90 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 0,38%, a US$ 71,13 o barril; o do petróleo Brent avançava 0,21%, a US$ 75,14 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em queda de 2,11% em Dalian, a 696 yuans (após ajustes).

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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