Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) pode seguir no vermelho hoje, mas fecha maio no azul

31 maio 2023, 7:50 - atualizado em 31 maio 2023, 7:50
Ibovespa fechou em queda ontem pelo segundo pregão seguido, com os investidores embolsando os ganhos do mês, mas maio ainda acumula alta (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) voltou a fechar em queda ontem (30), abaixo dos 109 mil pontos, dando sinais de que os investidores estão embolsando os ganhos antes do fim do mês. A ver, então, se a história se repete neste último pregão de maio. 

Ainda assim, o Ibovespa caminha para encerrar com valorização mensal. Até ontem, a alta acumulada no período era de 4,34%, apesar das perdas de 1,75% neste início de semana. O dólar, por sua vez, voltou aos níveis pré-pandemia, embora oscile ao redor de R$ 5,00.   

Boa parte desse movimento dos ativos locais está atrelada à perspectiva de cortes na taxa Selic em breve. Porém, a dinâmica doméstica recente reflete claramente o ambiente internacional, que segue mais desafiador. Por ora, o foco continua na votação no Capitólio para evitar um calote dos Estados Unidos antes do dia 5. 

Apesar de receber algum apoio do progresso nas negociações do teto da dívida dos EUA e de ações ligadas à temática da Inteligência Artificial, os mercados globais ainda transitam entre a narrativa de inflação e a da desaceleração econômica – ou, quiçá, uma recessão. Ainda mais, diante das apostas de novo aumento dos juros pelo Federal Reserve em junho.  

Ibovespa refém do exterior

Os dados de atividade na China divulgados ontem à noite colorem ainda mais esse quadro. O índice oficial dos gerentes de compras (PMI) da indústria caiu de 49,2 em abril para 48,8 em maio, na leitura mais fraca desde dezembro. No entanto, esses números refletem mais a perda de tração da economia do restante do mundo do que da chinesa.

Isso porque a fraqueza na demanda foi a principal culpada pelo recuo da atividade industrial, com queda nos novos pedidos – inclusive de exportação. Já o PMI do setor de serviços ainda indica um crescimento robusto, afastando o temor de que a economia chinesa esteja tão ruim quanto muitos temem.  

De qualquer forma, o minério de ferro fechou em queda no mercado futuro chinês (Dalian) nesta quarta-feira (31), ao passo que o petróleo derrete e volta a cair mais de 2%, com o barril do WTI cotado abaixo de US$ 70. Esse comportamento das principais commodities industriais tende a manter as empresas de maior peso no Ibovespa sob pressão hoje, ditando o curso da bolsa brasileira

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h35:

EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,21%; o do S&P 500 recuava 0,31% e o do Nasdaq cedia 0,30%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; entre os ADRs, os da Petrobras caíam 0,26%, enquanto os da Vale avançavam 0,24%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,31%; a bolsa de Frankfurt caía 0,54%, a de Paris recuava 0,70% e a de Londres tinha queda de 0,24%;

Ásia: a Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 1,41%; na China, a Bolsa de Xangai teve queda de 0,61%, enquanto a de Hong Kong recuou 1,94%;

Câmbio: o índice DXY tinha alta de 0,35%, 104.53 pontos; o euro caía 0,52%, a US$ 1,0679; a libra tinha baixa de 0,39%, a US$ 1,2364; o dólar oscilava com +0,05% ante o iene, a 139,87 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,650%, de 3,692% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,419%, 4,448% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro tinha baixa de 0,09%, a US$ 1.975,30 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 2,75%, a US$ 67,54 o barril; o do petróleo Brent recuava 2,54%, a US$ 71,84 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em baixa de 1,61% em Dalian, a 702,50 yuans (após ajustes).

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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