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Ibovespa (IBOV): Só 4 ações se salvam da pior queda mensal desde 2020; veja quais

30 jun 2022, 17:59 - atualizado em 30 jun 2022, 20:09
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Ibovespa termina mês com pior queda mensal desde pandemia; Veja as ações que se salvaram da sangria (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa terminou o mês de forma melancólica, com queda de 1,08%, a 98.551,95 mil pontos. Em junho, a bolsa despencou 11,51% e perdeu os 100 mil pontos em meio à alta de juros e o medo de recessão nos Estado Unidos.

Foi a pior queda desde março de 2020, quando o índice registrou perdas de quase 30% por conta da pandemia do coronavírus no Brasil.

A Ágora Investimentos lembra que durante o mês de junho, se consolidou a movimentação dos bancos centrais mundiais no processo de atuação em políticas monetárias contracionistas.

“Dado que os bancos centrais ao redor do mundo estão praticando a mesma política, uma vez que a inflação é um fenômeno mundial e as medidas para combatê-la são as mesmas, poderíamos dizer que existe um movimento sincronizado de alta de juros ao redor do mundo”, coloca.

Aqui no Brasil, o ciclo monetário de aperto já engloba 11 altas e ainda não acabou. “Porém, percebe-se que o BC não tem intenção de ir muito mais longe em termos de Selic termina”, completa.

Veja a seguir as empresa que lideraram as altas

3º WEG: cara ou barata?

A ação da WEG (WEGE3) conseguiu manter o fôlego em junho, mas acumula perdas de 17,4% no ano. No mês, alguns analistas, como XP, BTG Pactual e UBS, alteraram a recomendação do papel, afirmando que a ação está barata.

De acordo com o BTG, a WEG tem uma das melhores histórias de criação de valor dentro do mercado de ações brasileiro.

“Os fundamentos estão mais fortes que nunca, refletindo sua impressionante entrega durante a pandemia e reforçando seu modelo de negócios à prova de crise”, afirmam Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Aline Gil, analistas do BTG que assinam o relatório divulgado nesta segunda.

A principal razão do rating neutro do BTG para a WEG era o prêmio exagerado da ação em relação aos pares globais. Porém, após cair cerca de 30% no acumulado do ano, o papel passou a oferecer bom ponto de entrada.

XP Investimentos reforça a perspectiva positiva para a empresa. A corretora parte da mesma perspectiva: as ações estão atrativas após a queda das ações em 2022.

Já o UBS cortou o preço-alvo da WEG de R$ 35 para R$ 30, potencial de elevação de 15% em relação ao último fechamento. Além disso, reafirmou a recomendação neutra.

Segundo o banco suíço, a ação da companhia está barata, “mas nem tanto”.

Os analistas Alberto Valério, Andressa Varotto e Isabella Lamas dizem que incorporaram o resultado do primeiro e quarto trimestre da companhia, além de uma valorização do real, no preço.

Para o Itaú BBA, o papel da WEG não é uma boa opção para o segundo semestre.

Itaú retirou a WEG das recomendações para os próximos seis meses, destacando uma perda de 32,3% desde sua inclusão em setembro de 2021.

“Pensávamos que, como um nome de alta qualidade e líquido, o estoque seria mais defensivo em um cenário macro mais difícil, mas vimos isso sofrendo como a maioria muitas histórias fizeram nos últimos meses”, diz o relatório.

A ação subiu 4,33% no mês.

2º Fleury

A ação da Fleury entrou na lista de última hora, após anunciar fusão com a Hermes Pardini, e disparar 15% na sessão desta quinta-feira (30).

BTG Pactual calcula que a Pardini está sendo avaliado em R$ 2,51 bilhões, ou um prêmio de 14% sobre o fechamento da ação de ontem.

Os analistas Samuel Alves, Yan Cesquim e Pedro Lima classificaram o acordo como positivo.

Segundo o trio, além da exposição geográfica complementar (a Fleury tem operações consideráveis em São Paulo e Rio, enquanto o Hermes Pardini está focado nos estados de Minas Gerais e Goiás) o negócio melhora o posicionamento para negociar as condições comerciais com os operadores nacionais de hospital.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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