Mercados

Ibovespa (IBOV): Veja 5 coisas para saber antes de investir nesta quinta (7)

07 dez 2023, 9:57 - atualizado em 07 dez 2023, 9:57
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Antes de investir: Ibovespa amanhece em alta e tenta recuperar as perdas do último pregão, quando voltou para o patamar dos 125 mil pontos. (Imagem: Getty Images Signature/Canva)

Ibovespa (IBOV) futuro opera no positivo nesta manhã, subindo 0,42%. Ontem, a bolsa brasileira não escapou de queda firme. Machucado pela forte correção nos preços do petróleo no exterior, o índice apontou perdas de 1,01%, a 125.622,65 pontos.

dólar começou o dia sem direção definida, recuando 0,12%, cotado a R$ 4,8964, às 9h. Por volta das 09h04, virou para alta e subia 0,07%, a R$ 4,9055.

Na véspera, a moeda à vista fechou em baixa ante o real pela segunda sessão consecutiva, após novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos reforçarem a percepção de que o Federal Reserve poderá cortar seus juros já em março de 2024.

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Antes de investir: Veja cinco assuntos que vão mexer com o Ibovespa e os mercados nesta quinta-feira (7)

Surpresa na balança comercial da China

Durante a madrugada, a China divulgou a sua balança comercial. As importações registraram queda anualizada de 0,6% em novembro, contrariando a previsão de alta de 4,2%.

Já as exportações subiram 0,5%, enquanto o mercado projetava uma estabilidade. Com isso, o superávit comercial ficou em US$ 68,39 bilhões.

“Era esperado que em novembro o saldo comercial fosse de US$ 58 bilhões, mas o observado fora US$ 10 bilhões acima, com surpresa altista das exportações e baixista das importações”, afirma Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

Privatização da Sabesp (SBSP3)

Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) aprovou, por 62 votos a favor, e 01 contra, o texto-base da privatização da Sabesp (SBSP3), a empresa de saneamento de São Paulo.

De autoria do governador Tarcísio de Freitas, o Projeto de Lei 1.501/23 precisava de, no mínimo, 48 votos dos 94 parlamentares. A sessão contou com quórum de 64 deputados. A grande maioria dos parlamentares de oposição optou por não comparecer no plenário.

A lei autoriza o estado a destinar parte dos recursos e dividendos para um fundo a fim de reduzir o impacto tarifário. Além disso, estabelece a utilização desses recursos para a prestação de serviços de água e esgoto em habitações informais, entre outras definições. Após essa aprovação, o processo de privatização ainda terá diversas etapas a serem concluídas até meados de 2024.

“Embora esta aprovação seja uma notícia importante e positiva para a Sabesp, acreditamos que ela era amplamente esperada pelo mercado. Foi um indicador importante para mostrar o quanto o governo está comprometido e que a privatização está andando, até o momento, dentro do cronograma. Mantemos nossa recomendação de compra da ação”, afirma a XP, em relatório.

Brasília movimentada com Orçamento do MP da subvenção de ICMS

O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Danilo Forte, irá apresentar o seu parecer do Orçamento de 2024 hoje, às 11h30. No entanto, o Ministério da Fazenda está preocupado se ele irá acatar a emenda que limita o bloqueio de despesas.

Na sexta-feira (1), Forte adiantou que vai rejeitar a emenda que limita o tamanho do bloqueio de despesas a R$ 23 bilhões para o ano que vem.

Além disso, um estudo da consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados mostra que o contingenciamento de despesas no ano que vem pode chegar a R$ 56 bilhões, acima dos R$ 23 bilhões estimados pela equipe da econômica.

Ainda hoje, também será apresentado o texto Medida Provisória da subvenção do ICMS. “É esperado que o texto da MP mostre uma postura mais branda com relação aos tributados já abatidos e que deverão ser cobrados pelo Estado, enquanto existe a incerteza se a tese da Fazenda sobre o limite de contingenciamento será aceita na LDO”, aponta o relatório matinal da Terra Investimento.

À espera do payroll

Os economistas aguardam os dados do payroll, último indicador do mercado de trabalho e que será divulgado amanhã. Nos últimos dois dias já saíram o JOLTS e o relatório ADP, que registraram uma redução no número de vagas abertas, abaixo da projeção do mercado.

Os dados apontam para um mercado de trabalho menos aquecido, o que agrada o Federal Reserve. Isso porque em um mercado de trabalho aquecido, a tendência é de pressão nos salários e aumento do consumo, o que acaba pesando na inflação.

De olho no petróleo

Matheus Spiess, da Empiricus, destaca que o petróleo atingiu o patamar mais baixo desde junho, refletindo a apreensão dos investidores em relação ao excesso de oferta.

Ontem, o tipo Brent, que é referência internacional, recuou 3,8%, caindo abaixo de US$ 75, o que desafia os esforços da OPEP+ para estabelecer um limite mínimo para os preços. Já o WTI, referência nos EUA, registrou uma queda de 4,1%, ficando abaixo de US$ 70 por barril.

“As questões relacionadas ao abastecimento estão, sem dúvida, desempenhando um papel significativo. A diminuição da participação da produção pelo cartel significa que seus cortes não têm impacto substancial na produção global. Isso ocorre porque as exportações dos EUA têm aumentado com o crescimento da produção, e os traders estão se tornando mais céticos em relação ao cumprimento dos compromissos de redução pelos membros da OPEP+”, afirma.

Editora-chefe
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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