Mercados

Ibovespa e Wall Street recuam mais de 1%: Como andam os mercados nesta sexta-feira (23)

23 maio 2025, 11:14 - atualizado em 23 maio 2025, 12:55
Queda bolsa
Ibovespa e Wall Street operam em queda de mais de 1% por motivos diferentes: No Brasil, o IOF aumenta a cautela e nos EUA, tarifas de Trump (Imagem: iStock/peshkov)

O Ibovespa (IBOV) iniciou o pregão desta sexta-feira (23) com perda de mais de 1 mil pontos na abertura e no nível dos 135 mil pontos, com o aumento das incertezas no cenário doméstico após mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No exterior, os Estados Unidos anunciaram uma nova tarifa contra a União Europeia

Por volta de 11h (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira operava aos 135.930,93 pontos, com queda de 0,98%.



No cenário doméstico, o Ministério da Fazenda anunciou o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para crédito de empresas, previdência privada (VGBL, mais especificamente) e câmbio na véspera (22). A mudança ofuscou o corte de R$ 31, 3 bilhões em gastos púbicos no Orçamento de 2025, anunciado no Relatório Bimestral de Receitas e Despesas Primárias. 

Em especial, a partir de agora será unificada em 3,5% a alíquota de IOF sobre operações de câmbio com cartões de crédito, débito e pré-pagos internacionais e compra de moeda em espécie — o que gerou ruídos no mercado logo após o anúncio.

Na tentativa de reduzir a tensão dos agentes financeiros, a pasta recuou sobre o aumento do imposto sobre aplicações de fundos brasileiros no exterior e remessas internacionais para investimentos. Na manhã desta sexta-feira (23), o ministro Fernando Haddad afirmou que a equipe econômica revogou parte das mudanças anunciadas sobre o IOF para “evitar especulações”.

Na avaliação da Warren Investimentos, o ajuste no decreto do IOF afastou o temor de controle de capitais, mas deixa incerteza sobre efeitos fiscais inicialmente pretendidos e sobre a estratégia fiscal até as eleições.

As atenções ainda se dividem com o cenário corporativo. Os acionistas da JBS (JBSS3) aprovaram a dupla listagem da companhia em assembleia geral— com migração das ações para a Bolsa de Nova York (Nyse) e a negociação de Brazilian Depositary Receipts (BRDs), ou seja, recibos de ações na B3. 

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Wall Street no vermelho

Os índices de Wall Street também operam de lado nesta sexta-feira (23), de olho no cenário local, em horário de negociações reduzido. Por volta de 11h (horário de Brasília), os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuavam cerca de 1%. Já o VIX (CBOE Volatility Index), indicador que mede a aversão ao risco de Wall Street, também conhecido como o “termômetro do medo”, registrava alta de mais de 13%, aos 23 pontos.

Pela manhã, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre a importações dos produtos da União Europeia no país nesta sexta-feira (23). Segundo o chefe da Casa Branca, a tarifa entra em vigor em 1º de junho.

Trump também disse que Apple (AAPL) terá que pagar uma taxa de 25% para importar os produtos nos Estados Unidos, caso não forem fabricados no país.

Em reação, as ações AAPL, listadas no índice Nasdaq, caem mais de 2%.

Ásia e Europa

Na Ásia, os índices fecharam em tom positivo após os Estados Unidos e a China concordarem em manter as negociações sobre as tarifas, além de dados econômicos na região. Entre eles, a inflação do Japão acelerou para 3,5% em abril. O índice Nikkei, do Japão, subiu 0,47%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, fechou estável.

Na Europa, as bolsas são pressionadas pelas tarifas de 50% sobre a União Europeia. Por volta de 11h (horário de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 1,26%, aos 543,36 pontos.

E o dólar?

O dólar perde força ante as moedas globais, como euro e libra. Por volta de 11h, o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas fortes, registrava queda de 0,62%, no nível dos 99 mil pontos.

Já na comparação com o real, a moeda norte-americana tem alta com a cautela doméstico e pressão na curva de juros futuros. No mesmo horário, a divisa operava a R$ 5,7002 (+0,69%).



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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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