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Ibovespa perde fôlego e recua com piora externa antes do Fed; aéreas lideram perdas

10 jun 2020, 11:58 - atualizado em 10 jun 2020, 11:59
Mercados - Ibovespa
Apesar de ganhos no exterior, a bolsa brasileira opera no vermelho na abertura desta quarta-feira (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A bolsa paulista retomava a trajetória positiva na abertura dos negócio desta quarta-feira, após ajuste negativo na véspera, tendo de pano de fundo alta em pregões na Europa e futuros acionários norte-americanos, em sessão marcada por decisão de política monetária nos Estados Unidos.

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Às 11:58 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) caía 1,35%, a 95.938,05 pontos.

Na véspera, o Ibovespa à vista fechou em queda de 0,9%, quebrando uma sequência de sete pregões de alta, que abriu espaço para realização de lucros, em meio à euforia nos mercados com a reabertura de economias em um cenário de elevada liquidez global e taxas de juros muito baixas.

Nos EUA, o Federal Reserve finaliza sua reunião de política monetária nesta quarta-feira com as atenções passando de sua forte resposta à pandemia de coronavírus para planos ainda em desenvolvimento para fortalecer e alongar a recuperação econômica.

“Os agentes não esperam mudança da taxa no atual intervalo entre 0,00% e 0,25% pelo órgão norte-americano, mas estarão monitorando as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, após a decisão e a divulgação do comunicado pelo comitê”, afirmou a BB Investimentos, em nota a clientes.

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Também no radar está a liberação pela prefeitura de São Paulo para a reabertura de comércios de rua e imobiliárias na nova fase da retomada econômica. Há também expectativa de que a reabertura de shopping centers seja autorizada.

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Destaques

Ações de aéreas caem após altas expressivas na semana (Imagem: Agencia Brasil/ Ravena Rosa)

Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) recuavam 7,5% e 7,4%, respectivamente, após forte valorização recente, que foi apoiada nas expectativas otimistas para a reabertura de economias, além da queda do dólar em relação ao real. Até a véspera, os papéis da Azul acumulavam em junho alta de 80% e os da Gol, 86%.

No setor de viagens, CVC Brasil (CVCB3) caía 4,4%, após acumular valorização de 67% no mês até a terça-feira.

Embraer (EMBR3) perdia 7%, no segundo pregão consecutivo de queda, após avançar mais de 50% em uma série de sete pregões de alta até a segunda-feira.

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Vale (VALE3) perdia 2%, após queda dos preços do minério de ferro na China, em meio a um aumento nos embarques de mineradoras para o país, embora incertezas quanto à oferta ainda estejam no radar devido à pandemia de coronavírus.

Petrobras (PETR3; PETR4) cediam 3,1% e 2,95%, respectivamente, na esteira do declínio dos preços do petróleo no exterior, após dados mostrarem aumento nos estoques nos EUA, o que reviveu preocupações com o excesso de oferta e a demanda fraca devido à crise do coronavírus.

Itaú Unibanco (ITUB4) caía 2,9%, em sessão de forte correção negativa no setor de bancos, na esteira da realização generalizada na bolsa paulista. Bradesco (BBDC4) recuava 3%.

Braskem (BRKM5) avançava 1%, após renovar por mais cinco anos contratos de fornecimento de nafta petroquímica pela Petrobras para unidades da companhia na Bahia e no Rio Grande do Sul. Os contratos preveem preços de 100% da cotação da nafta no Noroeste da Europa (ARA).

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Via Varejo (VVAR3) subia 0,8%. Além da liberação ao comércio na maior cidade brasileira, estrategistas do Itaú BBA adicionaram a ação em sua lista ‘TOP 5’, destacando a exposição à retomada do consumo doméstico, notável agilidade no processo de transformação digital e valuation descontado em comparação aos pares.

Ao mesmo tempo, o Itaú BBA excluiu da carteira Magazine Luiza (MGLU3), que caía 1,3%.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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