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Ibovespa: Os conselhos do Itaú (ITUB4) para passar pela turbulência da bolsa

09 maio 2022, 12:13 - atualizado em 09 maio 2022, 12:42
Rodrigo Lopes
“É preciso ter muito cuidado nesses momentos. Mas, para longo prazo, a bolsa está atrativa”, coloca Rodrigo Lopes (Imagem: Linkedin)

O Ibovespa (IBOV) fechou a última semana em queda de 2,54% e zerou os ganhos do ano. Já na sessão de hoje, o índice vai tombando mais 1,5%.

Nesse momento, muitos investidores se perguntam o que fazer: zerar posição na bolsa e buscar investimentos em outros tipos de produtos, como a renda fixa, ou aproveitar a queda para comprar mais?

Nem um, nem outro. O Money Times conversou com o estrategista de renda variável do Itaú Unibanco (ITUB4), Rodrigo Lopes, sobre as estratégias que o investidor deve buscar agora.

Segundo Lopes, a bolsa brasileira estava descolada de outros mercados de países desenvolvidos e até de emergentes.

“A grande verdade é que o Brasil não é uma ilha. Era esperado que essa volatilidade no mercado internacional chegasse aqui”, coloca.

Ele lista três fatores de risco que podem fazer o Ibovespa tombar ainda mais:

  1. Recessão nos Estados Unidos, provocada pela alta da inflação e correção dos juros pelo Fed, o banco central norte-americano;
  2. Política de Covid Zero da China, que desarma a economia de uma das maiores potências mundiais e prejudica os preços das commodities, principal setor da bolsa brasileira;
  3. Guerra da Ucrânia, que está se arrastando mais do que esperado e cujo fim nenhum analista arrisca dizer;

Precificado

Apesar dos problemas lá fora, no cenário doméstico, a bolsa parece ter precificado os riscos, como alta da Selic e queda da atividade econômica.

“A bolsa brasileira, junto com a chinesa, teve uma das piores performances do mundo desde da Covid. O múltiplo da bolsa como um todo está negociando a um preço sobre lucro para os próximos 12 meses em níveis só vistos antes em 2008, na crise global”, argumenta.

Dessa forma, o especialista recomenda, com cautela e de forma seletiva, investir em ações.

“Temos uma recomendação neutra. Embora vejamos um potencial interessante para a bolsa, nós vemos esses riscos internacionais que podem levar o mercado para níveis mais baixos”, ressalta.

Por isso, não é recomendado “pegar a faca caindo, bancar o herói e sair comprando tudo”. “É preciso ter muito cuidado nesses momentos. Mas, para longo prazo, a bolsa está atrativa”, completa.

Ele lembra que em momentos de risco e volatilidade, a bolsa não costuma ter boa performance, pelo menos do curto prazo.

“Se a bolsa americana está apresentando esse nível de volatilidade e incerteza, imagine a bolsa brasileira, sendo historicamente mais volátil”, completa.

Disclemer

O Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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