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Com aval externo, Ibovespa recupera patamar de 120 mil pontos em dia de vencimentos

14 abr 2021, 10:16 - atualizado em 14 abr 2021, 12:18
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Às 11:44, o Ibovespa subia 0,83%, a 120.288,15 pontos (Imagem: B3/Divulgação)

O Ibovespa (IBOV) engatava a terceira alta seguida nesta quarta-feira, buscando consolidar o sinal positivo no ano e superando os 120 mil pontos, em sessão marcada pelos vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro.

Às 11:44, o Ibovespa subia 0,83%, a 120.288,15 pontos. O volume financeiro somava 10,86 bilhões de reais. O Ibovespa não superava os 120 mil pontos desde fevereiro. Nesse cenário, sobe agora 1,07% em 2021.

Em Wall Street, o sinal positivo prevalecia, com Goldman Sachs e o JPMorgan abrindo a temporada de balanços do primeiro trimestre com fortes resultado, em um contexto de rápida recuperação econômica global liderada pela vacina.

Na visão do economista-chefe da SulAmérica, Newton Rosa, os ativos domésticos devem operar atentos aos Estados Unidos, onde começou a temporada de balanços trimestrais e o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, fala às 13h (horário de Brasília).

A equipe da CM Capital Markets também chamou a atenção para a divulgação às 15h do Livro Bege, relatório que compila a visão do Fed sobre as condições econômicas atuais.

Destaques

Usiminas (USIM5) tinha alta de 4%, com o setor de mineração e siderurgia ainda beneficiado pelas perspectivas de reabertura pós-Covid e estímulos fiscais monetários e econômicos fortes no exterior para reavivar as economias.

Vale (VALE3)  avançava 3,8%. No caso das siderúrgicas, o ambiente favorável para reajuste de preços no país é mais um componente.

CVC BRASIL (CVCB3) mostrava elevação de 4,2%, estendendo a valorização desde o começo de março, em meio a apostas de recuperação conforme o processo de vacinação acelerar no Brasil.

Mais cedo, o ministro da Saúde afirmou que o Brasil receberá mais doses da vacina contra Covid-19 da Pfizer entre abril e junho do que o previsto inicialmente.

Jhsf (JHSF3) avançava 2,6%, na esteira de prévia do segmento de incorporação do primeiro trimestre, com salto total de 247% nas vendas contratadas, para 346,3 milhões de reais. No setor de construção, Mrv (MRVE3)  também era destaque positivo, em alta de 2,45%.

Embraer (EMBR3) subia 3,4%, ampliando os ganhos no ano – ao redor de 84% – e renovando máximas desde março de 2020.

De peno de fundo, estão expectativas de anúncio de novas parcerias de desenvolvimento de produtos sinalizado pelo presidente da fabricante de aviões em março, bem como percepção de melhora dos indicadores antecedentes dos jatos executivos.

Itaú Unibanco (ITUB4)  e Bradesco (BBDC4) subiam 1,6% e 1,4%, respectivamente, embalados pelo clima mais favorável na bolsa como um todo e tendo no radar resultados expressivos de bancos nos EUA.

PETROBRAS (PETR4) valorizava-se 1,8%, na esteira da alta do petróleo no exterior. A pauta da sessão também prevê nova assembleia com acionistas nesta tarde.

No radar, está liminar após pedido da Federação Única dos Petroleiros (FUP) que barra mudança em plano de saúde da companhia e pode afetar dividendos.

Ainda, o Goldman Sachs cortou a recomendação das ações para ‘neutra’.

Eneva (ENEV3) perdia 2,9% , mais uma vez entre os piores desempenhos do Ibovespa. Na véspera, quando a ação recuou 7,09%, houve leilão de venda dos papéis da companhia de energia, representativos de 1,34% do capital, por integrante do conselho de administração da empresa.

De acordo com uma fonte do mercado, esse integrante foi o BTG Pactual.

Cogna (COGN3) caía 4,2% e Yduqs (YDUQ3)  recuava 1,1%.

Analistas do Bradesco BBI cortaram o preço-alvo de Cogna para 5,2 reais e reiteraram recomendação neutra, enquanto Yduqs teve o preço-alvo reduzido a 45 reais, mas a recomendação outperform mantida, com a equipe incorporando uma visão mais negativa para o ciclo de captação do primeiro semestre de 2021.

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