Mercados

Ibovespa ensaia melhora com bancos e Petrobras; ações da Irani derretem 14%

24 jul 2020, 12:30 - atualizado em 24 jul 2020, 12:34
Bolsa
Ibovespa opera em leve queda por volta do meio-dia (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A bolsa paulista mostrava fraqueza nesta sexta-feira, tendo de pano de fundo viés negativo em praças acionárias no exterior em meio ao aumento da tensão entre Estados Unidos e China, com o Ibovespa caminhando para a primeira perda semanal desde o final de junho.

Às 12:30 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) caía 0,13%, a 102.162,24 pontos. Até o momento, acumula queda de cerca de 1% na semana.

A China ordenou aos EUA que fechem seu consulado na cidade de Chengdu nesta sexta-feira, reagindo à exigência feita por Washington nesta semana para que a Pequim feche seu consulado de Houston.

“O temor é que esse seja só o início da escalada das tensões que põem em xeque uma relação comercial de décadas entre os dois países”, observou a equipe da corretora Rico em nota a clientes.

Em comentários nesta manhã, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, disse que a situação difícil nas relações sino-americanas são causadas pelos EUA e que a China espera alcançar cooperação não-conflituosa.

No exterior, os mini contratos do S&P 500 caíam 0,5%, tendo ainda notícias corporativas no radar, enquanto, na Europa, o FTSEurofirst 300 perdia 1,6%, mesmo após dados sobre a atividade empresarial na zona do euro melhores.

Destaques

P-74 no campo de Búzios no pré-sal da Bacia de Santos
Alta do petróleo internacional e anúncio sobre o Campo de Búzios impulsionam papéis da estatal petroleira (Imagem: Petrobras/ André Ribeiro)

Petrobras (PETR3PETR4) valorizava-se 1,8%, beneficiada pela alta do preço do petróleo no exterior. A companhia também aprovou início dos processos de contratação de três novas plataformas no pré-sal da Bacia de Santos.

Itaú Unibanco (ITUB4) tinha acréscimo de 1,3%, experimentando uma pausa na pressão de venda que derrubou o papel nas últimas duas sessões. Bradesco (BBDC4) avançava 1,2%. Na contramão, BTG Pactual (BPAC11) caía 1,85%.

Cogna (COGN3) recuava 3,9 %, mais uma vez entre os destaques de baixa, em meio a movimentos de correção após divulgação de detalhes na véspera sobre o IPO de sua subsidiária Vasta. Até a quarta-feira, os papéis subiam mais de 40% no mês.

Marfrig (MRFG3) perdia 2,3%, em sessão de ajustes, após renovar nesta semana cotação intradia recorde. No setor, JBS (JBSS3) recuava 1,25% e Minerva (BEEF3) caía 1,1%.

IRB Brasil (IRBR3) subia 6,2%, com operadores atribuindo o movimento a operações de aluguel do papel tendo de pano de fundo aumento de capital via subscrição privada anunciado recentemente pela companhia.

Suzano (SUZB3) mostrava elevação de 4,25%, de novo na ponta positiva do Ibovespa e apoiando a melhor do índice, seguida pela rival Klabin (KLBN11), que avançava 1,3%.

Vale
Ações da mineradora caem junto com a commoditie (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

Vale (VALE3) recuava 0,5%, na esteira do declínio do minério de ferro na China. No setor de mineração e siderurgia, contudo, Usiminas (USIM5) subia 2,87%, seguida por Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3).

AES Tietê (TIET11) cedia 7,4%, revertendo a alta da abertura, tendo no radar notícia de que a Eneva fará nova oferta em torno de 7,5 bilhões de reais para incorporar a companhia, em uma operação envolvendo ações e dinheiro, desde que tenha apoio do BNDESPar. Eneva (ENEV3) perdia 5,1%.

Irani Papel e Embalagem (RANI3) caía 14,3%, no primeiro dia de negociação das ações objeto da oferta subsequente precificada a 4,50 reais por papel na última quarta-feira.

Dimed (PNVL3) recuava 4,95%, também no primeiro dia de negociação das ações objeto da oferta subsequente precificada a 30 reais por papel na última quarta-feira. Dimed (PNVL4) perdia 4,6%.