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Ibovespa recua com preocupações sobre retomada de economias

15 out 2020, 11:35 - atualizado em 15 out 2020, 11:35
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Às 11:18, o Ibovespa caía 0,91 %, a 98.428,86 pontos (Imagem: B3/Youtube)

O tom negativo prevalecia na bolsa paulista nesta quinta-feira, com o aumento de casos de Covid-19 na Europa e novas medidas restritivas combinados com sinais pouco animadores sobre novos estímulos fiscais nos Estados Unidos no curto prazo renovando apreensões sobre a recuperação das economias.

A agenda brasileira corroborava as vendas. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 1,06% em agosto na comparação com julho, de acordo com dado dessazonalizado, mas ficou abaixo das expectativas, de alta de 1,60%.

Às 11:18, o Ibovespa caía 0,91 %, a 98.428,86 pontos. A queda vem após dois pregões de alta, em que acumulou elevação de 1,9%. O volume financeiro era de 5,5 bilhões de reais.

Na visão da Guide Investimentos, os mercados refletem a piora do quadro sanitário na Europa e reinstalação de medidas restritivas. “No pano de fundo, resultados corporativos mistos, ausência de suporte fiscal nos EUA e anseios quanto ao Brexit produzem volatilidade adicional”, acrescentou.

Em Wall Street, o S&P 500 recuava 0,8%, com um salto inesperado nos pedidos semanais de auxílio-desemprego exacerbando os temores de uma recuperação econômica estagnada, um dia após o secretário do Tesouro do país esfriar esperanças de mais estímulo fiscal antes da eleição.

Para o chefe de pesquisa de estratégia em ações do Julius Baer, Patrik Lang, apesar do aumento significativo de novas infecções, novos bloqueios em grande escala ainda são improváveis e medidas direcionadas em combinação com normas comportamentais devem ser suficientes para conter o vírus.

“Esperamos que a recuperação econômica global continuamos e positivos em relação a ações”, acrescentou.

Destaques

Petrobras (PETR3PETR4) recuavam 2,25 e 2,4%, respectivamente, acompanhando o forte declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent caía 2,6%, a 42,21 dólares o barril. PetroRio (PRIO3) cedia 5,24%.

Vale (VALE3)perdia 1,05%, contaminada pelas preocupações com o crescimento. No setor de mineração e siderurgia, CSN subia 1,68% antes do balanço, previsto para após o fechamento do mercado.

B3 (B3SA3) recuava 2%, entre as maiores perdas, após forte alta na véspera. Ainda no setor financeiro, Itaú (ITUB4) caía 0,8% e Bradesco (BBDC) cedia 0,62%, também afetados pelo viés mais vendedor.

JBS (JBSS3) avançava 5,63%, ainda apoiada por acordo de sua controladora com a justiça norte-americana, que ajuda a abrir caminho para os planos da JBS em abrir capital de suas operações internacionais nos Estados Unidos.

Magazine Luiza (MGLU3) retomava o viés positivo e subia 0,59%, após figurar entre as maiores perdas na véspera.  B2W (BTOW3) valorizava-se 0,86%, enquanto  Via Varejo (VVAR3) mostrava queda de 0,26%.

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