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Cenário interno e externo não ajuda e Ibovespa desaba quase 2%

06 out 2021, 10:10 - atualizado em 06 out 2021, 12:03
Ibovespa
Às 11:47 o Ibovespa caía 1,44%, a 108.862.53 pontos (Imagem: Reuters/Rahel Patrasso)

O Ibovespa recuava cerca de 2% nesta quarta-feira, quase perdendo o patamar do 108 mil pontos no pior momento, com a aversão a risco global ampliando a pressão de baixa já exercida nas ações pela miríade de incertezas domésticas.

Às 11:47 o Ibovespa caía 1,44%, a 108.862.53 pontos, com apenas uma ação das 91 que compõem o índice no azul. Na mínima até o momento, chegou a 108.179,76 pontos. O volume financeiro somava 9 bilhões de reais.

No exterior, a crise energética deixa agentes financeiros aflitos, aumentando a preocupação com a inflação e a retomada econômica, em um momento no qual bancos centrais avaliam reduzir estímulos adotados para enfrentar a pandemia de Covid-19.

Em Nova York, o S&P 500 perdia 1%, com dados econômicos dos Estados Unidos também no radar, assim como as discussões sobre o limite da dívida federal norte-americana.

No Brasil, incertezas fiscais permanecem minando a confiança de agentes financeiros, assim como a inflação doméstica, que continua a mostrar relevante persistência, bem como as perspectivas inflacionárias seguem em deterioração.

Em comentário a clientes mais cedo, o diretor de investimentos da TAG Investimentos, Dan H. Kawa, destacou que o Brasil está entrando neste ambiente mais desafiador no exterior em situação bastante delicada e frágil.

Destaques

Petrobras (PETR4) caía 2,5%, afetada pelo declínio dos preços do petróleo no exterior. Investidores também seguem atentos a potenciais medidas de atenuação do efeito da alta dos combustíveis aos consumidores. Na véspera, o presidente da Câmara dos Deputados apresentou proposta a partir de uma mudança na forma de tributação do ICMS sobre o insumo.

Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) recuavam 1,7% e 1,8%, respectivamente, em meio ao movimento mais vendedor generalizado na bolsa, com os destaques negativos no setor sendo Banco Pan (BPAN4), em queda de 6%,  BTG Pactual (BPAC11), com declínio de 4,4%, e Banco Inter (BIDI11), em baixa de 3,7%.

Méliuz (CASH3) perdia 3,6%, após prévia operacional do terceiro trimestre que mostrou queda na abertura de contas por dia útil na comparação com os três meses anteriores. No pior momento, as ações caíram mais de 5%.

Vale (VALE3) rondava a estabilidade, tendo também no radar notícia de que a produção de concentrado de cobre da companhia na mina do Salobo, em Marabá (PA), foi suspensa e estimativas preliminares apontam o retorno até o fim deste mês, após um incêndio atingir parcialmente a correia transportadora da operação.

Rumo (RAIL3) mostrava elevação de 1,4%, única ação em alta do Ibovespa. A operadora de logística estimou em 16 milhões de toneladas o volume total aproximado de grãos migrado de Rondonópolis para outros terminais até 2030 com o terminal rodoferroviário de Rondonópolis a Cuiabá e para Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso.

(Atualizada às 12:03)

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