Ibovespa recupera 99 mil pontos em sessão com vencimentos; B3 sobe 2,76%

O Ibovespa mantinha o viés positivo nesta quarta-feira, recuperando o patamar dos 99 mil pontos perdido em setembro, com B3 entre os maiores suportes em meio a dados positivos sobre o setor de serviços associados ao mercado de capitais.
Às 11:37, o Ibovespa subia 0,83%, a 99.318,27 pontos. O volume financeiro somava 7 bilhões de reais, em sessão também marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa e de contrato futuro do índice.
Análise gráfica da Ágora Investimentos apontou que o Ibovespa venceu a resistência intermediária na linha dos 97.222 pontos, conforme nota a clientes.
“Caso dê continuidade ao movimento nos próximos pregões, poderia tentar a reta traçada a partir de seu topo recente, que passa hoje aos 100.000, sendo este, um dos principais divisores para a retomada da alta no curto prazo”, calculou.
No exterior, após um começo mais misto, Wall Street firmava-se no azul com a alta no setor de tecnologia, em sessão também marcada por resultados divergentes de bancos norte-americanos, com Goldman Sachs e Bank of America entre os destaques.
A equipe da corretora Planner ressaltou que os próximos pregões da B3 deverão também refletir a qualidade dos resultados corporativos além do cenário econômico e político “que precisa mostrar para onde caminha”.
Das empresas que têm ações no Ibovespa, CSN abre a temporada na quinta-feira, após o fechamento.
Na visão do superintendente da mesa de operações da Necton, Marcos Tulli, o clima um pouco melhor no exterior combinando com movimentações no Brasil no sentido de adiar recesso parlamentar para a votação de projetos trazem algum suporte.
Destaques
B3 (B3SA3) subia 2,76%. Pesquisa do IBGE sobre o setor de serviços mostrou que a única contribuição positiva em agosto na comparação com o mesmo mês de 2019 veio de outros serviços (7,2%), impulsionado, sobretudo, pelo aumento de receita das empresas pertencentes aos ramos de administração de bolsas e mercados de balcão organizados; corretoras de títulos e valores mobiliários; e atividades de administração de fundos por contrato ou comissão.
Magazine Luiza (MGLU3) desvalorizava-se 2,5%, a 25,35 reais, após ter sua ação desdobrada na proporção de 1 para 4. Na véspera, o papel fechou a 104 reais, máxima histórica de fechamento. Mais cedo, o papel subiu a 27,25 reais. No setor B2W (BTOW3) cedia 1,32% e Via Varejo (VVAR3) recuava 0,87%.
Petrobras (PETR3; PETR4) mostrava acréscimo de 0,75%, respaldada pela alta dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent ganhava 1,5%.
Vale (VALE3) subia 0,76%, apesar da queda dos preços futuros do minério de ferro na China, enquanto outros papéis do setor de mineração e siderurgia tinham desempenho misto, mas afastando-se das mínimas da sessão. CSN ON, que divulga balanço na quinta-feira, perdia 0,6%.
Analistas do Safra esperam um resultado forte, apoiado em preços e volumes maiores nas divisões de aço e minério da companhia, conforme relatório a clientes.
Itaú Unibanco (ITUB4)mostrava acréscimo de 0,25% e Bradesco (BBDC4) tinha variação positiva de 0,34%, em sessão positiva no setor de bancos do Ibovespa.
XP Inc. (XP) que tem ação negociada em Nova York, avançava 4,4%, após divulgar prévia operacional do terceiro trimestre, o qual encerrou com 563 bilhões de reais em ativos sob custódia, um crescimento de 60% em relação ao mesmo período de 2019 e um aumento de 29% frente ao final do segundo trimestre.