Ibovespa: Reforma tributária, BNDES e Vale (VALE3); a semana das empresas
Analistas que cobrem empresas do Ibovespa tem como principal evento da semana no radar corporativo as discussões em torno da reforma tributária. BNDES e Vale (VALE3) também merecem atenção, afirmam.
A depender de como o texto da reforma tributária for sancionado, determinadas empresas podem ser beneficiadas ou prejudicadas, apontam analistas.
Na quinta-feira (6), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto, que propõe unificar cinco impostos em um modelo chamado de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual.
Basicamente, os impostos federais (Pis, Cofins e IPI) serão agregados no Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Já os impostos estaduais e municipais (ICMS e ISS) serão unificados no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
“Existem subgrupos que são beneficiados. Então tem que entender no detalhe como as empresas podem ser afetadas”, disse a analista da Mycap, Julia Monteiro.
A analista acrescenta que o mercado ainda tem que entender também as linhas de crédito do BNDES.
Na semana passada, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, anunciou que o governo vai injetar R$ 106,16 bilhões, nos próximos quatro anos, para a renovação da indústria brasileira.
Segundo ele, a maior parte dos recursos, R$ 65 bilhões, virá do BNDES.
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Vale
Os mercados esperam que a China, maior produtora de aço e consumidora de metais do mundo, revele um pacote de estímulo para apoiar a recuperação econômica pós-pandemia após uma reunião do departamento político do Partido Comunista no final deste mês.
Analistas dizem que aguardam para ver até onde Pequim está disposta a ir para apoiar o setor imobiliário doméstico em dificuldades. No Brasil, a medida pode influenciar a demanda sobre a Vale, produtora de minério de ferro, apontam analistas.
“É improvável que as autoridades chinesas forneçam um estímulo ‘big bang’ visando infraestrutura e propriedades, como muitos parecem pensar”, disse Justin Smirk, economista sênior da Westpac.
“Esperamos ver uma abordagem multifacetada, mas passiva, focada em incentivar compradores e investidores de imóveis; antecipar e apoiar o investimento em infraestrutura; com alguns incentivos modestos para estimular o consumo das famílias.”
*Com informações da Reuters
