Ibovespa renova máxima intradia pela terceira vez consecutiva e atinge marca inédita dos 136 mil pontos
Há quem diga de depois de qualquer feito repetido por três vezes dá direito a uma música no programa dominical ‘Fantástico’. Sendo assim, o Ibovespa (IBOV) já está apto para fazer o pedido.
Por volta de 15h (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira renovou, mais uma vez, a ultrapassou a marca dos 136 mil pontos, até então inédito, e alcançou os 136.179,21 pontos — o maior nível intradia na história.
O recorde anterior foi batido na última sexta-feira (16), quando o índice atingiu os 134.781,44 pontos — superando a marca registrada na véspera. Acompanhe em Tempo Real.
O Ibovespa erminou a sessão aos 135.777,98 pontos (+1,36%) — o maior nível de fechamento.
Na avaliação do Itaú BBA, o mercado brasileiro segue em movimento de alta no curto prazo e deve alcançar até os 150 mil pontos em breve.
“Se o índice continuar marcando novas máximas ou fechar três pregões pelo menos acima dos 134.400 pontos, mostrará resiliência no movimento e os próximos objetivos estão em 137.000, 141.000 e 150.000 pontos”, escreve Fábio Perina no relatório ‘Diário de Grafista’.
Contudo, os mercados internacionais mantêm tendência de baixa, apenas recuperando parte das perdas acumuladas desde 1º de agosto. “Poderemos ver mais alto em caso de ambos mercados superarem as resistências no curto prazo”, afirma Perina.
“O momento para as próximas semanas é posicionar-se na alta com risco calculado em meio a divergências de curto prazo no mercado e ao mesmo tempo proteger os ganhos obtidos, após as recentes altas”, diz o relatório.
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O que impulsiona o Ibovespa hoje?
O recorde intradia é renovado mais uma vez na retomada de ganhos do Ibovespa, depois de uma breve realização da última sexta-feira (16).
Hoje, o índice avança com o exterior. As bolsas de Nova York iniciaram a sessão desta segunda-feira (19) em alta, com apoio das ações de empresas de biotecnologia que estão desenvolvendo tratamentos para a doença viral Mpox.
As expectativas por declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole, e as apostas de corte nos juros dos Estados Unidos em setembro também impulsionam os índices de Wall Street — e refletem em maior apetite ao risco no Ibovespa.
Mesmo com o fim da temporada de balanços, as notícias corporativas também dão fôlego ao pregão. Entre os destaques do Ibovespa, Petz (PETZ3) estende os ganhos da última sessão e lidera os ganhos do índice ainda repercutindo o acordo de combinação de negócios com a Cobasi. Marfrig (MRFG3) disputa a liderança com alta de mais de 6%.
Em segundo plano, os investidores ainda repercutem dados positivos da economia brasileira na semana anterior.
Entre eles, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), avançar 1,37% em junho na comparação com maio. Economistas consultados pela Reuters esperavam uma alta de 0,50% no mês.
A economia brasileira fechou o segundo trimestre com alta de 1,1% sobre os três meses imediatamente anteriores, de acordo com dados dessazonalizados.
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O cenário fiscal segue no radar. Ao longo da semana, Senado Federal deve votar o projeto de lei da desoneração da folha de pagamentos, que beneficia 17 setores da economia. A matéria deve ser apreciada pelos senadores na próxima terça-feira (20).