Bula do Mercado

Ibovespa respira aliviado com chegada dos ‘alckmistas’ e vai animado para pregão pré-Copa do Mundo

18 nov 2022, 8:09 - atualizado em 18 nov 2022, 8:09
Geraldo Alckmin
Vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, tratou de aliviar parte da tensão no mercado financeiro com risco de piora fiscal, o que deve aliviar negócios hoje (Imagem: REUTERS/Andressa Anholete)

O Ibovespa respirou aliviado ontem (17), reduzindo boa parte das perdas na reta final do pregão, após Guido Mantega renunciar ao posto na equipe de transição do governo eleito. A bolsa brasileira deve renovar o ânimo na sessão que antecede o início da Copa do Mundo, com a notícia de que os “alckmistas” estão chegando para moderar o tom do “PT raiz”.

Em entrevista exclusiva, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin tratou de atenuar os temores dos investidores. Ele defendeu a responsabilidade fiscal, garantiu que a PEC da transição é emergencial e que os gastos do governo atual serão revisados pela nova gestão. Alckmin também disse que haverá mecanismos para equilibrar as contas públicas.

Foi, portanto, a mensagem que o mercado doméstico queria ouvir, após mandar recado de que não perdoa os erros de governos passados do PT. Com isso, os ativos de risco devem acalmar os nervos, retirando parte dos prêmios embutidos, principalmente no dólar e nos juros futuros. No Ibovespa, a queda acentuada de mais de 2% foi vista cinco vezes desde a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas.

As palavras mágicas da ala alckmista do novo governo atenuaram os riscos de uma piora da crise fiscal, após o vácuo deixado pelo atual presidente Jair Bolsonaro. Afinal, o orçamento “inexequível” para 2023 foi o que motivou a PEC, com a postura conciliadora do vice-presidente eleito reduzindo a desconfiança da maior parte do mercado com um terceiro mandato de Lula

Copa do Mundo freia liquidez

Esse movimento de recuperação esperado para os negócios por aqui hoje recebe amparo dos mercados internacionais. Ainda mais depois de o nervosismo em torno da PEC ter sido o principal motor do descolamento do mercado local com o exterior. Lá fora, nem mesmo a expectativa de juros mais altos nos Estados Unidos abala os ativos

Porém, isso não significa que o pior já passou nem que a volatilidade tende a diminuir. Ainda mais diante da proximidade dos jogos da seleção brasileira no Catar. Afinal, como se sabe, o Brasil é o país do futebol. Por mais que a B3 funcione normalmente, o investidor deve se preparar para sessões de baixo volume financeiro

A seleção brasileira entra em campo rumo ao hexa na quinta-feira da semana que vem (24). A partir daí, espere por pregões arrastados na bolsa brasileira, o que tende a aguçar movimentos bruscos, inclusive no dólar. Cálculos do BofA afirmam que nos dias de jogos do Brasil no maior torneio de futebol do mundo, o giro negociado chega a ser 36% menor.

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h50:

EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,37%; o do S&P 500 avançava 0,54%; enquanto o Nasdaq tinha alta de 0,73%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) avançava 0,41%, a 29.60 pontos no pré-mercado; nos ADRs, Vale tinha alta de 0,13%, enquanto o da Petrobras subia 0,26%; 

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 ganhava 1,09%; a bolsa de Frankfurt subia 1,00%; a de Paris tinha alta de 1,02% e a de Londres avançava 0,89%;

Câmbio: o índice DXY tinha baixa de 0,20%, a 106.48 pontos; o euro subia 0,12%, a US$ 1,0378; a libra crescia 0,50%, a US$ 1,1925; o dólar tinha queda de 0,30% ante o iene, a 139,79 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,795%, de 3,771% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,476%, de 4,458%, na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro subia 0,22%, a US$ 1.766,90 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI oscilava com -0,04%, a US$ 81,61 o barril; o do petróleo Brent cedia 0,23%, a US$ 89,58 o barril; o contrato futuro mais líquido do minério de ferro negociado em Dalian (China) fechou em alta de 2,19%, a 745,50 yuans a tonelada métrica.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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